PRESIDENTE DE CÂMARA FRANCÊS ACUSADO DE RACISMO POR AFIRMAR A IDENTIDADE ÉTNICA DO SEU PRÓPRIO PAÍS

Robert Ménard é o presidente da câmara de Béziers, uma cidade localizada no sul de França.

Em declarações feitas à estação televisiva LCI na segunda-feira, o responsável considerou inadmissível que existam mais alunos muçulmanos nas escolas do que alunos católicos.

“Numa escola na cidade onde moro 91% das crianças são muçulmanas. Evidentemente que isto é um problema, há níveis de tolerância. Vocês não colocam lá os vossos filhos a estudar, vão procurar uma escola privada”, vincou.

Na mesma intervenção, Robert Ménard disse ainda que “ser francês é também, como dizia o general De Gaulle, ser europeu, branco e católico”.

A ministra francesa Ericka Bareigts já se mostrou revoltada com as palavras de Robert, considerando que “esta França não existe”.

“Aos que sonham com a uniformidade, eu oponho-me com a riqueza da nossa diversidade”, escreveu a governante no Twitter.

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Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/649852/ser-frances-e-ser-branco-e-catolico-diz-autarca-de-cidade-francesa

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Quando ainda não era ministra, Ericka Bareigts, na época deputada, já havia criticado as palavras pronunciadas em Setembro de 2015 pela eurodeputada conservadora Nadine Morano, que havia dito que a França é um "país de raça branca".
"Para mim, deputada negra da República, a França descrita pela senhora Morano não é a minha", afirmou no Parlamento, provocando aplausos da Esquerda.
Oito meses antes da eleição presidencial na França, os temas de identidade e da imigração estão omnipresentes nos discursos políticos de todas as tendências.

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Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/ser-frances-e-ser-branco-frase-de-prefeito-gera-polemica-na-franca.html

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Ménard só falha em acrescentar «católico» à descrição de francês - de resto, além de ser evidentemente verdade que todo o verdadeiro francês é branco e europeu, é também óbvio que o indivíduo está na sua própria terra a falar sobre a sua própria gente, o que lhe dá toda a autoridade do mundo. Mais grave é uma alógena ter o inacreditável descaramento de o censurar com o argumento de que «esse país já não existe», como quem diz: «quem me pôs aqui e me deu cidadania e poder, já deu cabo do vosso poder sobre a vossa própria terra». Só isto já daria direito a um convite oficial para que quem assim falou abandonasse o país como persona non grata.