segunda-feira, julho 11, 2016

ISRAEL ACUSA FACEBOOK DE PERMITIR INCITAÇÃO DE ÓDIO AO ESTADO JUDAICO

O ministro israelita da Segurança Pública, Gilad Erdan, do partido direitista Likud, lançou a acusação contra o Facebook a propósito do homicídio da jovem Hallel Yaffa Ariel, mortalmente esfaqueada na quinta feira passada no colonato onde vivia.
Erdan, em declarações ao Canal 2 da televisão israelita, reproduzidas pelo jornal Times of Israel, reclamou do Facebook que censurasse os conteúdos de incitamento ao ódio e à violência e criticou-o por, alegadamente, não fazer tal coisa.
O "monstro" Facebook, com as mãos "sujas de sangue"
Nas palavras do ministro, "o Facebook, que trouxe ao mundo uma revolução positiva, tornou-se um monstro desde o surgimento do 'Estado Islâmico' e da vaga de terror". E acrescentou que "o diálogo, o incitamento, as mentiras da jovem geração palestiniana estão a acontecer na plataforma do Facebook".
A isto acrescentou Erdan que, "para meu grande desgosto, [está nas mãos de Zuckerberg] parte do sangue dos que foram assassinados, incluindo nos últimos ataques, de Hallel". E explicou a acusação, dizendo que o Facebook não denunciara uma série de afirmações postadas pelo homicida na sua página durante os últimos meses, manifestando a vontade de se tornar um mártir da causa palestiniana.
Por o Facebook não ter denunciado essas afirmações, o ministro acusou-o ainda de "sabotar o trabalho da polícia israelita" e de se "recusar a cooperar" com os pedidos de ajuda que a mesma polícia lhe tem dirigido. Além disso, acrescentou, o Facebook coloca uma "fasquia de exigências muito alta" para aceder a qualquer pedido no sentido de apagar conteúdos de incitamento.

Resposta do Facebook
Em resposta, numa declaração distribuída em Hebreu, o Facebook afirmou que trabalha "com regularidade com organizações de segurança e com responsáveis políticos de todo o mundo, incluindo Israel, de modo a garantir que as pessoas saibam como usar o Facebook com segurança".
A isto acrescenta que "não há lugar na nossa plataforma para conteúdo que encoraje a violência, ameaças directas, terror ou violência verbal. Temos uma série de normas claras que ajudam as pessoas a entender o que é permitido no Facebook, e apelamos a que as pessoas usem as nossas ferramentas para assinalar algum conteúdo que entendam violar essas normas, de modo a avaliarmos cada incidente e tomarmos medidas rapidamente".

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Fonte: http://www.rtp.pt/noticias/mundo/israel-acusa-facebook-de-ter-as-maos-sujas-de-sangue_n932067

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De facto o Facebook não prima pela imparcialidade. Recordo-me bem de ter ficado sem a conta nas vésperas de um acto eleitoral em que o PNR iria participar... eu e vários camaradas meus do PNR, note-se, sob acusação de «incitação à violência», depois quando perguntei de que «incitação à violência» se falava, responderam-me que «incitação à violência ou ao racismo é a mesma coisa», e quando perguntei que incitação ao «racismo» foi essa, nenhuma resposta me foi dada, aliás, nem a mim nem a nenhum outro militante, a não ser um texto sem qualquer referência a casos concretos, ou sequer «em geral», e no fim até disse «esta é a última mensagem que receberás» (a tratar-me por «tu» sem me conhecer de lado nenhum, à moda ianque...). A esquerdalhice primária e descarada do FB é pois uma evidência.