terça-feira, junho 21, 2016

TRANSCRIÇÃO DO QUE DISSE À POLÍCIA O MUÇULMANO QUE MASSACROU QUASE MEIA CENTENA DE PESSOAS EM ORLANDO, EUA

Durante três horas seguidas, Omar Mateen matou e feriu mais de meia centena de pessoas, numa discoteca em Orlando. O FBI revela, esta Lues, a transcrição da primeira chamada que o atirador fez para falar com a polícia.
O atacante exigiu que a América parasse de bombardear a Síria e o Afeganistão, sublinhando que essa era a razão da sua presença naquele clube nocturno.
Durante essas comunicações com a polícia Omar Mateen afirmou-se um "soldado islâmico".
A primeira chamada, hoje revelada, tem cerca de 50 segundos e foi transcrita pela BBC.

Polícia: Emergência 911, esta chamda está a ser gravada.
Mateen: Em nome de Deus, o Misericordioso, o benfeitor [em Árabe]
Polícia: O quê?
Matten: Louvado seja Deus e os seus oradores, a paz esteja com o seu profeta [em Árabe]. Eu digo-lhe, estou em Orlando e fiz os disparos.
Polícia: Como se chama?
Mateen: O meu nome é a promessa de fidelidade a [omitido]
Polícia: Certo, qual é o seu nome?
Mateen: Eu presto fidelidade a [omitido], deixai Deus protegê-lo em nome de [omitido]
Polícia: Tudo bem. Onde se encontra?
Matten: Em Orlando.
Polícia: Em Orlando, onde?
[Fim da chamada]

Um porta-voz do FBI disse aos jornalistas que Matten falou de forma “relaxada, calma e deliberada”. O representante do FBI referiu, também, que Mateen era um radical doméstico,  não havendo nenhum grupo terrorista estrangeiro por detrás do tiroteio.
Da transcrição revelada hoje, o FBI omitiu os nomes dos grupos e pessoas a quem o atirador jurou fidelidade. Anteriormente, a polícia alegou que Matten revelou ter ligações a Abu Bakr al-Badhdadi, o líder do auto-proclamado Estado Islâmico.
Alguns dos sobreviventes da tragédia de Orlando disseram à polícia que o sequestrador ameaçou colocar quatro coletes de explosivos nas vítimas, mas nenhum desses coletes foi encontrado.

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Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/internacional/estado-islamico/eu-sou-um-soldado-islamico-diz-o-responsavel-pelo-atentado-de-orlando