segunda-feira, junho 20, 2016

GOVERNO PSD/CDS USOU DINHEIRO DO ADSE PARA MAQUILHAR CONTAS PÚBLICAS

De repente, a ADSE encheu as notícias. Na maioria dos jornais, refere-se que o sistema é insustentável, criando um alarmante clima de insegurança para os beneficiários desta protecção. O alarme e a polémica geram interesse, e o interesse gera vendas. Mas poucos foram os jornais que referiram que um dos principais motivos que explicam este desacerto de contas é a instrumentalização que o Governo de Passos Coelho fez deste subsistema de saúde, quando aumentou a taxa de desconto de 1,5% para 3,5%, a partir de 2013, criando um excedente desnecessário e que foi usado para equilibrar as contas públicas. Poucos dos jornais que hoje dão esta notícia explicam que este tipo de manobra é ilegal. E nenhum desses jornais explica que foi precisamente uma manobra desta natureza que valeu o processo de destituição a Dilma Rousseff, pela alegada prática de pedaladas fiscais. Importa manter o alarme e a polémica, para gerar mais algumas vendas, por isso, os jornais também não explicam que há mais de três meses que o actual Governo sinalizou este problema e que tem, neste preciso momento, uma comissão de especialistas do Ministério da Saúde empenhada em estudar a reforma da ADSE, para garantir a protecção dos seus cotizados a longo prazo.
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Fontes e referências:
https://www.publico.pt/economia/noticia/governo-cria-comissao-para-estudar-mudancas-na-adse-1724871
http://www.tsf.pt/economia/interior/adse-com-lucro-inutil-e-usado-abusivamente-pelo-governo-4685080.html
http://rr.sapo.pt/noticia/56640/governo_de_passos_coelho_usou_adse_para_maquilhar_contas_publicas
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Fonte: https://www.facebook.com/UmaPaginaNumaRedeSocial/photos/a.447738648619447.103313.447710301955615/1119012431492062/?type=3&pnref=story

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Salienta-se:
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O Tribunal de Contas entende como riscos para a sustentabilidade da ADSE a diminuição do número de quotizados e o seu envelhecimento, a concorrência do sector segurador e a administração do sistema por parte dos Governos que a têm instrumentalizado para realizarem as suas políticas financeiras e sociais.
Nas conclusões, a instituição começa por indicar que praticamente nenhuma recomendação formulada no anterior relatório foi acolhida. O aumento da taxa de desconto para 3,5% gerou excedentes, financiados pelos próprios quotizados, que foram e continuam a ser usados para maquilhar as contas públicas.
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Fonte: http://rr.sapo.pt/noticia/56640/governo_de_passos_coelho_usou_adse_para_maquilhar_contas_publicas