AS JANEIRAS - EVENTUAL ELEMENTO PAGÃO LATINO DO FOLCLORE PORTUGUÊS
Daqui e daqui, retiram-se trechos para compor este texto:
As Janeiras ou cantar as Janeiras é uma tradição em Portugal que consiste na reunião de grupos que se passeiam pelas ruas no início do ano, cantando de porta em porta e desejando às pessoas um feliz ano novo.
Realizam-se em Janeiro. Este mês era consagrado a Jano, o Deus das Portas e das Passagens. Era o Porteiro dos Céus e por isso muito importante para os Romanos que esperavam a Sua protecção. Era-Lhe pedido que afastasse das casas os espiritos maus, sendo especialmente invocado no Seu mês, o primeiro.
Era tradição que os Romanos se saudassem em Sua honra no começar de um novo ano e daí derivam as Janeiras.
O Dicionário da Porto Editora (4ª Edição) define Janeiras como “Cantigas de boas-festas por ocasião do Ano Novo”.
Assim sendo, não podemos deixar de relacioná-las com Janeiro, o primeiro mês do ano, assim chamado em honra do Deus Jano (de janua = porta, entrada). Este Deus ocupa um lugar muito importante na mitologia romana, sendo o Seu nome invocado antes de Júpiter. Jano é o Porteiro Celestial, e, consequentemente, o Deus das Portas, que as abria e fechava, esperando-se a Sua protecção na partida e no regresso. Considerado um Deus dos começos, Jano era invocado para afastar das casas os espíritos funestos e não podia deixar de ser invocado no mês de Janeiro, começo do novo ano. Em Sua honra aproveitariam os Romanos para se saudarem uns aos outros. Parece, portanto, que as Janeiras têm origem nesses cultos pagãos, que o cristianismo não conseguiu apagar e que se foram transmitindo de geração em geração.
A tradição geral e mais acentuada, é que grupos de amigos ou vizinhos se juntem, com ou sem instrumentos (no caso de os haver, são mais comuns os folclóricos: pandeireta, bombo, flauta, viola, etc.). Depois do grupo feito, e de destribuídas as letras e os instrumentos, vão cantar de porta em porta pela vizinhança.
Terminada a canção numa casa, espera-se que os donos tragam as janeiras (castanhas, nozes, maçãs, chouriço, morcela, etc. Por comodidade, é hoje costume dar-se chocolates e dinheiro, embora não seja essa a tradição).
No fim da caminhada, o grupo reúne-se e divide o resultado, ou então, comem todos juntos aquilo que receberam.
As músicas utilizadas, são por norma já conhecidas, embora a letra seja diferente em cada terra.
A mais conhecida parece ser esta:
Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte
Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra
Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza
Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura
Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte
Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra
Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza
Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura
Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Detalhe da tradição das Janeiras no Minho
Janeiras na Quinta da Saudade, Algarve
É de lembrar que já na obra «De Correctione Rusticorum», do século VI, se lê (Ponto 10) que já nessa altura o Povo considerava o início de Janeiro (as Calendas de Janeiro) como o início do ano, ao passo que no Cristianismo da época se afirmava, conforme diz o autor, que o ano só começava no equinócio da Primavera...
É de lembrar que já na obra «De Correctione Rusticorum», do século VI, se lê (Ponto 10) que já nessa altura o Povo considerava o início de Janeiro (as Calendas de Janeiro) como o início do ano, ao passo que no Cristianismo da época se afirmava, conforme diz o autor, que o ano só começava no equinócio da Primavera...
13 Comments:
LEGAL NÃO LEMBRO DE PRESTAR ATENÇÃO NO RADICAL E ETIMOLOGIA DE JAN-EIRO OS DIAS DA SEMANA EM OUTROS IDIOMAS ISSO PARECE MAIS NA CARA DIA DO SOL DIA DA LUA ETC
O FEIRA DEVE SER MEDIEVAL
CREDO NO MEDIEVO A ROTINA ERA SÓ ISSO?FEIRAS?
Putin já mostrou ser um grande defensor da continuidade étnica Caucasiana em todas as Nações Europeias e mostra também que isso não implica ser nazi e muito menos anti-semita.Muita da luta pela sobrevivência dos povos Europeus é também a mesma luta que trava Israel e seu Povo diariamente,Putin sabe muito bem que isso é verdade,GRANDE PUTIN,com uma mão esbofeteia a esquerda e direita Neo-liberal e com a outra esmurra todos aqueles que abraçam a causa nazi.PUTIN,O GRANDE
https://www.rt.com/politics/329517-putin-offers-russia-refuge-to/
Sanções contra a Rússia provocam crise econômica na Finlândia
Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20160121/3353247/russia-finlandia-sancoes.html#ixzz3xtipD2q3
http://br.sputniknews.com/opiniao/20160121/3359820/opiniao-mensagem-putin-judeus-europa-momento-oportuno.html
http://pt.euronews.com/2016/01/21/fmi-diz-que-os-refugiados-podem-ser-a-solucao/
Concordo plenamente:
Analista: Europa e Rússia pertencem a uma única civilização
Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20160122/3365440/analista-europa-russia-cooperacao.html#ixzz3xyBuJizA
Bielorrussa fala em guerra híbrida que está a ser empregue na Europa através da imigração e diz que o seu país não cederá um milímetro daquilo que é seu ao ocupante,nem que para isso tenha que gastar todo o dinheiro que possui pois a segurança do Povo está acima de tudo:
O dignitário lembrou-se do problema do terrorismo (mundial) e dos refugiados (na Europa). Citando o conceito de guerras híbridas, com o uso de "alavancas informacionais" para formar a opinião pública, destacou que essas exigem uma reação adequada.
Leia mais: http://br.sputniknews.com/defesa/20160122/3366381/doutrina-militar-para-a-paz.html#ixzz3xypcIeTm
SÓ MOSTRA QUE OS JUDEUS ESTÃO POR TRAS DE DESTRUIR O OESTE E FAZER DO LESTE UM SEGURO DE VIDA CASO AFUNDEM POR TODOS OS LADOS
Pois pois, os Judeus é que controlam a humanidade toda, até controlam a Rússia e provavelmente a China e a Coreia do Norte, só não controlam meia dúzia de «espertos» que «topam» as «jogadas sionistas», claro...
Enfim, mais anti-sionismo baratucho que só serve para desviar as atenções do que realmente interessa.
«Recordando o início do século XX, o analista italiano Francesco Alberoni, citado pelo site What They Say About USA, diz que já nessa época em muitos países islâmicos estavam crescendo sentimentos contra o Ocidente. Ao mesmo tempo, ninguém estudou o assunto seriamente.
(...)
“A Europa sempre satisfez todas as fantasias dos EUA e, mesmo após o colapso da União Soviética, Washington continuou a Guerra Fria contra Moscovo, provocando a ameaça de expansão da OTAN, introduzindo sanções em relação à Crimeia, e mesmo separando a Rússia da Europa – que sempre foi parte desta, cultural e politicamente”.
Assim, o analista sublinha que os Estados Unidos não só falharam em prever a ameaça do islamismo radical, como também se afastaram do país que obviamente poderia ser o seu aliado na luta contra o terrorismo.»
http://br.sputniknews.com/mundo/20160122/3365440/analista-europa-russia-cooperacao.html#ixzz3y03sc7HU
Valioso, sem dúvida.
«O FEIRA DEVE SER MEDIEVAL»
«Feria» significava originalmente dia em que os escravos não trabalhavam. Era dia de celebração. A Igreja passou a ter as suas feria, em que todos os fiéis tinham de estar reunidos. A dada altura, os «feria» passaram a ser dias de mercado, por conveniência e utilidade. Na nomenclatura litúrgica, «feria» era inicialmente aplicado aos dias da semana da Páscoa, que eram todos santos»; mas como todos os domingos são «dias do senhor» menores, isto é, dias «menores» de Páscoa, o termo «feria» passou a aplicar-se a todos os dias a seguir ao domingo, até ao sábado.
Enviar um comentário
<< Home