sexta-feira, novembro 06, 2015

FOLK METAL É «RACISTA» E «SEXISTA», DIZ ESTUDO UNIVERSITÁRIO


De acordo com um estudo da Universidade Leeds Beckett, http://eprints.leedsbeckett.ac.uk/1664/3/MMS%20Special%20Issue%20-%20Metal%20and%20Marginalisation-spracklen-folkmetal-RESUBMITTED%2022%20Maydocx.pdf, do Reino Unido, o Folk Metal é um género musical que conduz ao racismo e ao sexismo.
O racismo branco europeu, entenda-se, que esse é que é preocupante, porque sim, porque é, e já se vai ver como...

Alega o professor Karl Spracklen que, passo a citar, «a obsessão do Folk Metal com guerreiros e pureza cultural, exibida através de histórias de Víquingues e uso de indumentária víquingue em palco, reduz a pertença e a identidade numa sociedade multicultural e cosmopolita a uns poucos mitos exclusivistas. Mostra aos homens brancos como ser homem branco e mostra às mulheres e às minorias étnicas o seu lugar na sociedade europeia.»
Mais: «As bandas em estudo - cinco bandas: Turisas (Finlândia), Finntroll (Finlândia), Týr (Faroe/Dinamarca), Eluveitie (Suiça), In Extremo (Alemanha) e Cruachan (Irlanda) - estão todas a tentar identificar-se com alguma alegada cultura folk que existiu antes dos tempos modernos - uma cultura de gente puramente branca, mono-cultural e mono-racial. Nalgumas bandas, há um propósito explicitamente racista para a sua adopção do martelo de Tor, a imagética e os mitos pagãos e heróicos víquingues. Embora eu não pense que as bandas de Folk Metal focadas nesta pesquisa sejam explicitamente racistas, são certamente nacionalistas românticas, conservadoras, que vendem a ideia do mito da pureza racial. Reduzem ideias complexas de raízes, identidade e pertença a comunidades simples, imaginadas e imaginárias definidas pela raça e pela nação.»

Ui, isto é que não pode ser, porque não, porque a identidade é «muito mais complexa», conforme se dá por adquirido nos meios que ele e quejandos frequentam, se calhar apostados em menorizar a importância da raça/nação - numa palavra, da Estirpe - para terem espaço de maneira a meterem a sua colherada «sociológica», que permita inserir pessoas doutras raças de maneira «natural» numa determinada identidade... quem não os conhecer não percebe que aquilo que realmente os incomoda é que haja fronteiras e a sua preferência é precisamente pelas comunidades multi-raciais. É uma questão de gosto, formado e deformado por uma determinada ideologia, a Boa e Sã Doutrina da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente. E, como tal, é um gosto que, de acordo com o que lhes foi ensinado, entendem dever impingir ao resto da humanidade, porque sim, porque, tal como cristãos e muçulmanos acham mal que existam outras religiões e por isso mesmo combatem-nas onde quer que tenham força para isso, também os anti-racistas acham mal que se goste de viver só entre brancos e combatem este «racismo» com todas as armas e mais algumas.

Tudo porque não aceitam o óbvio - que a identidade é mesmo, mas mesmo, tão simples como isto: é raça, é etnia, é nação. É, é mesmo só isso. Não é mais nada senão isso, pelo menos no que concerne às identidades existentes, antes que os clérigos do Anti-racismo consigam criar uma humanidade sem-raça...

Diz também, o prof., que o Folk Metal «preserva uma estrutura antiquada de poder em que os homens brancos europeus são superiores.» e que «o Folk Metal serve como espaço de divertimento confortável para aqueles que perderam o poder em décadas recentes: os homens brancos europeus da classe trabalhadora, cujos privilégios dados por adquiridos têm sido desafiados pelas mulheres, pela globalização, pela imigração e pela pós-modernidade. No entanto, ao mesmo tempo não deve ser facilmente posto de lado desta maneira, e eu acredito que permanece central na ideia do Heavy Metal como forma de divertimento que faz da masculinidade e da brancura a norma.»
Afirma ainda que «o ponto importante do Folk Metal é que há aí uma pretensão de que estas bandas estão a basear-se em música folk antiga e mitos pagãos para fazer música que é autenticamente local e nacional. Os mitos são geralmente de proezas masculinas e da busca guerreira por glória. Contudo, muitos fãs vêem algumas das bandas como não autênticas e não realmente pagãs enveredando ocasionalmente por imprecisões históricas e cantando em Inglês onde esta não é a primeira língua nacional.»

Nisto tenho de dar razão ao prof., é enjoativo que tantas bandas desta onda cantem sempre ou quase sempre em Inglês, e nisso incluem-se os supracitados Turisas, Týr (que também tem canções na língua autóctone), Cruachan, bem como por exemplo os Enslaved (que dantes cantavam em Norueguês), entre outros. Nisso salvam a honra do Folk Metal bandas como Arkona (foto acima) da Rússia, Skyforger da Letónia, Heidevolk da Holanda, Dalriada da Hungria (que estou a ouvir enquanto escrevo isto), entre outras. 

Continua Spracklen: «ao longo do estudo, descobri que embora mulheres fãs de Heavy Metal apreciem Folk Metal com o mesmo tipo de paixão e intensidade que os fãs masculinos, e não há dúvida de que elas encontram identidade e pertença através da música, o coração do Folk Metal é predominantemente masculino. O mito do guerreiro em que o Folk Metal está focado normaliza esta predominância masculina no nosso mundo moderno - os homens ainda têm enorme poder político, social e cultural.»

O prof. é especialista no estudo de formas de entretenimento, das quais diz o seguinte: «O lazer é uma necessidade humana que emerge da nossa consciência do eu, que se expressa a si mesmo através do desenvolvimento da linguagem, da cultura e da arte. A música popular é uma forma de lazer. As pessoas criam sentido nas suas vidas através da audição de música e de conversa sobre música com os seus amigos. Encontram identidade e comunidade em cenas, através de modas, maquilhagem e penteados.» «A música popular alternativa deu forma a um espaço de lazer contra-cultural desde os anos sessenta, com sub-culturas alternativas a serem eventualmente apropriadas pela cultura dominante ("mainstream", no original), o que está correntemente a acontecer no Metal, e isto cria uma sensação de pertença e de controlo

Como alguns saberão, o Folk Metal é basicamente Heavy Metal com influência da música folk, folclórica, tradicional - incluindo gaitas de foles, etc.. - e difundiu-se a partir do início dos anos noventa com o surgimento da banda inglesa Skyclad, consequência da celtização pagã da cultura alternativa no Reino Unido nos anos oitenta. Há quem diga que o Folk Metal começou com outras bandas, igualmente britânicas, nos anos oitenta, mas a mais conhecida foi precisamente Skyclad, do genial Martin Walkyier. 
Skyclad, quando Walkyier (em baixo à direita) ainda fazia parte do grupo
Rapidamente se desenvolveu, o género, na Escandinávia e no leste eslavo. 
Continua, entretanto, a ser minoritário no contexto do Heavy Metal, como seria de esperar, nunca tendo tido uma divulgação de «mainstream», como teve o deprimente Nu Metal (com influência «street», negróide). 
O autor apresenta, no estudo http://eprints.leedsbeckett.ac.uk/1664/3/MMS%20Special%20Issue%20-%20Metal%20and%20Marginalisation-spracklen-folkmetal-RESUBMITTED%2022%20Maydocx.pdf, uma tabela de comparação de «gostos» ou «likes» recebidos pelas cinco bandas que estudou com os «likes» de bandas maiores, como os Metallica e os Gun'n'Roses.

Quanto à acusação de «sexismo» que o prof. Spracklen desenvolve, é pura e simples bacorada. Nunca as mulheres são no Folk Metal excluídas, como ele próprio admite, referindo o caso dos suíços Eluveitie (cujo nome significaria, em Gaulês, «Eu sou helvécio», se não for na verdade uma designação etrusca da tribo dos Helvetii, acrescenta o autor), que incluem duas mulheres; há até figuras femininas proeminentes neste estilo musical, como é disso exemplo a famosa - no meio - Masha, vocalista dos russos Arkona (ver imagem acima). Um artigo destes não podia estar completo sem um exemplo concreto do que é música folk, pelo que nem é tarde nem é cedo, cá vai, precisamente dos Arkona, cantado em Russo e com legendagem em Inglês:



De notar, já agora, que no Folk Metal não há «jovens» em poses amacacadamente sexuais a chamar «bitches» às «suas» fêmeas, como há, «por exemplo», no rap e/ou hip-hop...



O autor do estudo insiste apesar disso em bater na tecla dos «modelos» de actuação «guerreiros» como prova de que o género musical que ora estuda é machista. Se calhar não «see the big picture», como dizem no mundo anglo-saxónico, isto é, não se apercebe do contexto em que se insere aquilo de que fala... escapa-lhe talvez que tudo o que é feito por jovens, sejam de que ideologia forem, terá o mais das vezes uma componente central de agressividade, quando não de manifesta violência, tanto agora como há dois ou três mil anos, quando os jovens das sociedades indo-europeias constituíam frequentemente as «mannerbünde», ou «sociedades de homens», grupos de guerreiros que viviam de algum modo afastados do resto da sociedade, embrenhados nos seus códigos de honra & porrada... tal como os skinheads, os hooligans da bola e os gangues afros dos dias de hoje. Os próprios Víquingues não eram ao fim ao cabo mais do que isso - longe de constituírem Povos inteiros, os víquingues eram simplesmente os jovens escandinavos desapossados (nas sociedades nórdicas de então, a propriedade era inteiramente herdada pelo filho mais velho) que, nada tendo a perder, lançavam-se à aventura pelo mar fora, sendo precisamente a isso que se chamava «ir em víquingue». As sociedades escandinavas da época eram notoriamente ordeiras, geralmente pacíficas até, enquanto os elementos mais naturalmente bélicos dessas sociedades estavam a «arranjar problemas» (e também a negociar, até a reinar, mais tarde, nalguns casos) na Inglaterra, na Escócia, na Irlanda, no norte de França, nas costas ibéricas, no Mediterrâneo, na Rússia, cuja primeira dinastia foi precisamente fundada por víquingues suecos, aliás, «Rússia» vem de «Rus», que era um dos nomes pelos quais os Víquingues suecos eram conhecidos nessas paragens (e em Portugal há o apelido «Rus», não sei se terá algo a ver com isso). 

Sendo o conflito parte integrante, tantas vezes central, da vida de crianças e jovens, do que hão-de eles falar quando querem dizer algo que para si tenha significado? De combatentes. De guerreiros, de competidores de qualquer género. Se não pensam em simpaticamente distantes Víquingues, Gauleses ou Eslavos, que hoje não matam ninguém, parecendo simplesmente bonacheirões Pais-Natais com espadas, interessam-se por atletas do UFC, por pugilistas ou por gangsters, ou por soldados nazis («amaldiçoados», logo, «rebeldes»), e quando se interessam por jihadistas, aí sim, aí é que o caldo pode bem estar entornado. Concentrarem-se em sábios, feiticeiros, ourives, escritores, poetas ou artistas doutro género é bem menos frequente, por motivos óbvios, até porque na vizinhança, na creche, no infantário, na escola e nas ruas é bem mais útil a capacidade de confronto físico do que qualquer talento artístico (que a maioria, de resto, não tem). 
Do que falam, por exemplo, os «rappers», senão de confrontos violentos com a polícia «racista», até de confrontos com rivais do bairro? E a sua constante ladainha de quem se diz vitimado pelo «racismo» não é um apelo à revolta violenta contra a «sociedade racista» (entenda-se, branca)? Não está tudo isto eivado, de uma ponta à outra, de conflito?

Agora, a questão do «racismo»...
Repare-se que o Folk Metal não incita a ódio algum contra outras raças - não me lembro de ler uma só letra de alguma música de Folk Metal que referisse sequer a existência doutras gentes. Por conseguinte, o género musical em epígrafe não mostra coisíssima nenhuma «às minorias étnicas o seu lugar na sociedade europeia.» Pura e simplesmente não as refere, acabou. Mas o fulano que faz o estudo acha que isso é «racismo». Trata-se de um pensamento absolutamente típico da elite político-cultural reinante, que controla as universidades - o tema em si, o do Folk Metal, é, até ver, pouco relevante, mas o que aqui se destaca é o padrão mental da análise em si. Quero com isto dizer que a politiquice correcta chega já ao ponto de considerar que querer-se estar entre os seus, da sua estirpe, e não pensar em gente de fora, isto assim, só assim, já é «racismo». A ideia parece ser a de reduzir, reduzir e reduzir, sempre mais, todo o espaço vital do Europeu, a ponto de não lhe permitir ter qualquer área só sua. Aquilo que a politicagem correcta reconhece aos indígenas da Amazónia (por enquanto...), a todos os níveis, até em termos de espaço físico, não quer admitir ao Europeu, nem sequer em sonhos. Nem sequer em sonhos, nem sequer em devaneios musicais. Nada. Faz lembrar o título de um livro de ficção científica de há umas décadas, «Na Terra em parte alguma», que descrevia uma distopia na qual o cidadão era vigiado a todo o momento, por polícias telepatas, de maneira tal que em lugar algum do mundo poderia estar só consigo próprio, a pensar o que lhe apetecesse. Não é a primeira vez que se observa este extremismo nas fileiras anti-racistas, longe disso, pelo contrário, há anos que se ouvem nos mé(r)dia as vozes que criticam a «excessiva» brancura dos elencos de filmes como «O Senhor dos Anéis», a ponto tal que na trilogia do mesmo realizador que se seguiu, «O Hobbit», lá acabou por se incluir um certo número, felizmente reduzido, de rostos não europeus, para acalmar a histeria do anti-racistame...

Depois queixam-se que haja cada vez mais votos na Extrema-Direita... acham porventura estranho que não se goste de ser encurralado e obrigado a conviver numa sociedade multirracial, como se o convívio com a «diversidade» fosse um dever moral em lugar de ser aquilo que é, uma monstruosidade impingida aos Povos para os diluir em nome de um ideal fraternalista totalitário e inimigo das identidades...

* * *

Fontes da informação do texto acima:
 - http://eprints.leedsbeckett.ac.uk/1664/3/MMS%20Special%20Issue%20-%20Metal%20and%20Marginalisation-spracklen-folkmetal-RESUBMITTED%2022%20Maydocx.pdf
 - http://www.infowars.com/more-things-that-are-now-racist-thor-heavy-metal-music-viking-cosplay/
 - http://www.leedsbeckett.ac.uk/news/1015-racism-and-sexism-in-heavy-metal-highlighted-in-new-study

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

OBVIO TUDO O QUE VEM DOS EUA GERALMENTE VEM CONTAMINADO POR ISSO AS BANDAS DE METAL EUROPEIAS DO NORTE TENDEM A SEREM MELHORES

6 de novembro de 2015 às 04:11:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

lol a paranoia de dizer mal a tudo o que é europeu é incrivel.

Se fosse feito por negros e muçulmanos diria-se maravilhas. Que tinham letras fantasticas, muita criatividade e que era um modo de honrar a sua cultura e passado. Era sinal de um povo culto, etc.

Mas como é feito de europeus a falar do seu passado e historia enfim, já é racista, so pensam neles. O europeu nao pode ter orgulho da sua etnia. O europeu so pode pensar na humanidade toda como igual e nao andar aqui a falar de tribos, povos, passado medieval, nem fazer bandas de musica so com brancos, etc.

6 de novembro de 2015 às 14:48:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"lol a paranoia de dizer mal a tudo o que é europeu é incrivel."

Paranoia mas é de elitistas e esquerditos, pois o povo comum mesmo é "racista e sexista", e não engole imbecilidades politicamente correctas, por mais que tentem fazê-los engolir.

7 de novembro de 2015 às 22:47:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Pois, não apenas o Folk Metal, mas praticamente o Metal em geral é voltado para homens brancos. E isto não é mau. Há até algumas bandas que metem mulheres, "gays" e até não-brancos, mas são uma minoria. Quem conhece a maioria do "underground" sabe que a realidade é de facto "racista e sexista", mas raramente isto causou problemas ou degenerações como as merdas de minorias étnicas e feministas que há por aí.

7 de novembro de 2015 às 23:06:00 WET  

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