terça-feira, outubro 20, 2015

RÚSSIA NEGA QUE PKK SEJA TERRORISTA

Fonte: http://www.nrttv.com/EN/Details.aspx?Jimare=3872
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O embaixador da Rússia na Turquia, Andrey Karlov, declarou dia dezassete do corrente que o seu país não considera o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como grupo terrorista, isto no contexto de relatórios segundo os quais há alianças entre potências ocidentais e combatentes curdos na região.
Falando à agência noticiosa russa Ria Novosti, Karlov deixou claro que enquanto a Rússia entende as preocupações turcas com o perigo dos atentados terroristas, não qualifica todavia o PKK, bem como o seu parceiro do norte da Síria, o Partido da União Democrática (PYD), como organizações terroristas: «Nem o PKK nem o PYD são considerados como organizações terroristas quer pela Rússia quer pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.»
A tensão entre a Rússia e a Turquia já crescia desde o envolvimento de forças militares russas no confronto contra o califado, vá-se lá saber porquê, pois se também Ancara está contra o mesmíssimo califado, isto apesar de o seu primeiro-ministro ter declarado há uns meses que os militantes do Estado Islâmico não são assim tão maus como isso e de a Turquia ser o primeiro, e penso que ainda único, Estado no mundo a ter um consulado do califado, que o mesmo é dizer que lhe reconhece autoridade de tipo estatal...
O Estado Turco tem acusado a Rússia de apoiar o PYD e as Unidades de Protecção do Povo (YPG) desde que os ataques russos começaram, há escassas semanas.

De notar que o PKK, o PYD e as YPG são organizações curdas, em confronto directo quer com o califado quer com a Turquia, no caso do PKK pelo menos, uma vez que os curdos lutam pela independência do Curdistão, nação actualmente dividida entre vários Estados: a maior parte está na Turquia, mas também há solo curdo na Síria, no Iraque, no Irão, na Síria, na Arménia e no Azerbaijão. Os Curdos são um Povo de origem indo-europeia e de confissão maioritariamente muçulmana, contendo no seu seio uma minoria religiosa de dimensão apreciável, a dos Iazidis, que são os curdos que escolheram permanecer leais à religião étnica curda, a qual consiste no culto de Melek-Taus, como já foi referido no Gladius.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoğlu, declarou na semana passada que «ninguém pode garantir que as armas dadas ao PYD hoje não caiam nas mãos do PKK amanhã e sejam usadas contra a Turquia. A Turquia não pode aceitar qualquer espécie de cooperação com organizações terroristas que declararam guerra à Turquia.»

Karlov nega que a Rússia tenha fornecido armas ao PYD, embora confirme que houve contactos entre esta organização e Moscovo.


Uma boa ideia, ajudar os Curdos, isto numa perspectiva nacionalista, que diz que toda a Nação deve ter o seu próprio Estado soberano, e também ocidentalista, uma vez que os Curdos, mercê da sua posição no terreno e, porque não, da sua origem étnica indo-europeia, seriam aliados naturais do Ocidente contra o islamismo, o pan-arabismo e o pan-turquismo, todos eles etnicamente estranhos à Europa e politicamente hostis aos Povos de raiz europeia. Os Curdos funcionariam também como um elo de ligação à Índia, outra potencial aliada do Ocidente, quer contra o Islão quer, também, diante do colosso chinês.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"independência do Curdistão, nação actualmente dividida entre vários Estados: a maior parte está na Turquia, mas também há solo curdo na Síria, no Iraque, no Irão, na Síria, na Arménia e no Azerbaijão."

seria muito bom se fossem independentes e enfraqueceria a turquia e todos aqueles paises muçulmanos.

20 de outubro de 2015 às 14:04:00 WEST  

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