sexta-feira, setembro 18, 2015

ENTREVISTA A REPRESENTANTE DO PNR: «O SISTEMA DE SAÚDE TEM DE SER PAGO COM OS NOSSOS IMPOSTOS»

Fonte: http://www.rtp.pt/noticias/politica/pnr-avanca-contra-vinda-de-refugiados-se-fosse-primeiro-ministro-nao-recebia-estas-pessoas_v858863   -   Página com vídeo incorporado   -   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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A crise dos refugiados foi o mote para dar início à última entrevista daPágina 2 aos partidos sem assento parlamentar. O Partido Nacional Renovador apresenta-se contra a vinda de refugiados para Portugal.

Vítor Ramalho explicou a João Fernando Ramos que os refugiados devem ficar na Europa “o tempo necessário para serem alimentados, tratados e depois devem ir para os países deles”. 
“A Europa não consegue aguentar um êxodo tão grande”, frisa o representante do partido de extrema-direita, que teme repercussões no emprego, economia e segurança-social.


O PNR admite, no entanto, que a Europa é “coprodutora deste problema”, por ter “apoiado as políticas suicidas nesta zona do globo”. O PNR denuncia, nomeadamente, o apoio à primavera árabe e à luta contra o regime sírio.

“As primaveras árabes fizeram com que se tirasse do poder, em alguns países, políticos que (…) não eram muito correctos mas que tinham uma política que não nos afrontavam. Agora, fizemos com que ficasse o pior do que existe naquela religião”, afirma Vítor Ramalho, em entrevista ao Página 2.
O Partido Nacional Renovador acredita que a esmagadora maioria dos migrantes “são homens em idade de poderem trabalhar e, se calhar, de combater nos próprios países e resolverem aquela situação”. O PNR acredita também que o auto-proclamado Estado Islâmico está a infiltrar guerrilheiros no meio dos refugiados. 
“Não temos nenhuma máquina que nos permita dizer quais são os bons e quais são os maus”, explicita.
O PNR defende que é preciso cuidar das pessoas nos campos de refugiados mas refuta a sua distribuição pela Europa. “Se fosse primeiro-ministro de Portugal não recebia refugiados”, afirma Vítor Ramalho.
Ataque à saúde
O PNR defende que o actual sistema de saúde é “perfeito”, lamentando o encerramento de centros de saúde e urgências. Vítor Ramalho considera que o sistema deve ser “tendencialmente gratuito”, com isenção para os mais necessitados e taxas de acordo com os rendimentos.


Um sistema de saúde nunca vai dar lucro, tem de ser pago com os nossos impostos”, assegura. Ramalho lamenta o "ataque" ao sistema e a sua entrega aos privados, no que diz ser um cópia do sistema norte-americano.

“Quem tem seguro tem saúde, quem não tem seguro, se calhar, morre à porta do hospital”, lamenta.
O PNR defende que os principais sectores da economia estejam na mão do Estado, mas admite que alguns possam estar sob alçada dos privados. 

Com a entrevista a Vítor Ramalho, chega ao fim o ciclo de conversas com representantes dos partidos sem assento parlamentar. Todas as entrevistas podem ser revistas aqui.