TRUMP VOLTA A ATACAR A IMIGRAÇÃO MEXICANA

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: 

 - http://thehill.com/blogs/ballot-box/246982-trump-infectious-disease-is-pouring-across-the-border

 - http://www.theblaze.com/contributions/why-the-democrats-will-do-and-say-anything-to-stop-donald-trump/#

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Nos EUA, o multimilionário Donald Trump, candidato presidencial pelos Republicanos para as eleições presidenciais de 2016, não desarma nem se cala a respeito da imigração mexicana. Depois de ter sido praticamente expulso da estação de televisão que lhe dava voz, a CNN - como foi noticiado no Gladius - agora chegou ao ponto de declarar que há uma «doença infecciosa a atravessar a fronteira» com o México; que, a respeito da morte de uma mulher assassinada em S. Francisco por um indivíduo que tinha sido deportado para o México cinco vezes, «isto é apenas um em milhares de outros incidentes similares nos EUA. Por outras palavras, os piores elementos do México estão a ser empurrados para os EUA pelo governo mexicano.»

Trump acrescenta que os cartéis de droga mexicanos estão a usar os imigrantes para traficar heroína, cocaína e outras drogas ilícitas para dentro da pátria ianque: «A Patrulha da Fronteira sabe disto. Do mesmo modo, uma tremenda doença infecciosa está a atravessar a fronteira.»

Há três semanas, quando fez as primeiras declarações polémicas contra a imigração oriunda do México, a Univision, a NBCUniversal, a Macy's, a NASCAR e a Serta anunciaram que cortariam os seus negócios com Trump. A ESPN seguiu a mesma esteira, anunciando que não mais realizaria o evento ESPY Celebrity Golf Classic no Trump National Golf Club, em Los Angeles.

Posteriormente, Trump viria a acusar os média de terem «deliberadamente distorcido» as suas palavras e explicou: «Tenho grande respeito pelo México e amo a sua gente e grande espírito do seu povo. O problema é, que, todavia, os seus líderes são muito mais espertos, mais astuciosos e melhores negociadores do que os nossos», referindo-se aqui à política de transacções.

Consta pois, como seria de prever, que os mé(r)dia em peso estão contra Trump. Pudera, o sujeito cometeu aquilo que a Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente considera como sendo o pecado capital - atreveu-se a falar contra a imigração oriunda do terceiro-mundo. Porque o terá feito, fica por averiguar - se foi por acreditar mesmo no que diz ou para chamar a si os votos da América conservadora e «xenófoba/racista», num estilo populista, talvez à imagem das forças populistas europeias. Ou por ambas as coisas, não é impossível. O artigo cujo link se vê mais acima em segunda posição, este http://www.theblaze.com/contributions/why-the-democrats-will-do-and-say-anything-to-stop-donald-trump/#, quase faz do ricaço uma espécie de salvador da pátria que vai pôr tudo nos eixos, com um estilo perfeitamente populista: um homem duro, rude, sincero, bonacheirão, que, sozinho, poderoso e destemido, estaria ao lado do povo, da classe média sobretudo, contra as forças da elite corrupta e plutocrata. Pode estar a ser sincero, pode ser só um oportunista, mas uma coisa é certa - esperto como porventura é, sabe que na narrativa da anti-imigração tem um filão sem igual para explorar em termos democráticos, percebe que isso pode levá-lo ao poder. Entende portanto o que já toda a gente da elite teme: que o «racismo/xenofobia», ou por outra, o espírito do «Nós» em contraste com «Eles», alógenos, é a tendência política com maior potencial de crescimento, pelo que quanto mais democrático for o sistema mais poder terá aí a perspectiva anti-imigração.