terça-feira, julho 07, 2015

GRANDE CRIADOR DA MAIORIA DOS MAIS FAMOSOS SUPER-HERÓIS DIZ QUE ESTAS PERSONAGENS QUE FOREM BRANCAS E HETEROSSEXUAIS ASSIM DEVEM CONTINUAR

Fontes: 
 - http://h1noticias.com/stan-lee-acredita-que-homem-aranha-nao-deveria-ser-negro-ou-gay/
 - http://www.sdpnoticias.com/geek/2015/06/23/quieren-personajes-homosexuales-creen-nuevos-personajes-homosexuales-stan-lee
 - http://cinefilos.tv/homem-aranha-tem-que-ser-branco-e-heterossexual/
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Durante a semana passada [em Junho] o site Wikileaks divulgou mais de 276 000 ficheiros privados, onde se encontravam emails e informações financeiras, proveniente do ataque pirata aos servidores da Sony Pictures.
A informação é referente a Setembro de 2011 e uma das informações existentes eram as clausulas do contrato da personagem de Peter Parker, também conhecido por Homem-Aranha, onde no acordo estava especifico que Homem-Aranha não podia ser homossexual ou ser de cor.
Segundo o acordo, a personagem deve seguir a seguinte lista de características: Masculino; não faz tortura; não mata em sua defesa ou de terceiros; não usa linguagem inadequada a idades inferiores a 13 anos; não fuma; não distribui drogas; não bebe bebidas alcoólicas; não pode ter relações sexuais antes dos 16 anos, nem com pessoas com idades inferiores; tem que ser caucasiano e não pode ser homossexual (a não ser que a Marvel retrate o seu alter ego como homossexual).
O acordo também inclui as exigências de manter o seu nome original, a sua origem, a sua educação com os tios Ben e May, as cores do uniforme, a forma como ganhou os seus poderes e a cidade onde cresceu.
Homem-Aranha foi criado por Stan Lee e Steve Ditko em 1962 e apareceu pela primeira vez na revista “Amazing Fantasy #15”. Desde 2000, a personagem já foi adaptada para o cinema cinco vezes. No passado mês de Fevereiro a Sony Pictures e a Marvel Studios chegaram a acordo para a personagem fazer parte do universo cinematográfico da Marvel, em que a personagem passará a fazer parte dos próximos filmes da Marvel e a Sony continuaria com o controlo criativo.
Os representantes da Marvel e da Sony Pictures recusam-se a comentar a fuga de informação.

O norte-americano de ascendência judaica «romena» Stan Lee,  grande reformador da Marvel no dealbar dos anos sessenta, foi depois, ou antes, ouvido em entrevista a declarar que as personagens de banda desenhada devem manter a identidade racial e a orientação sexual com que foram criadas. Nomeadamente a respeito daquele que é talvez o seu produto mais famoso, o Homem-Aranha, Stan Lee - nome artístico de Stanley Martin Lieber - diz que não concorda com a ideia de o fazer afro-americano ou homossexual. A seu ver, o mito, estabelecido, não precisa de ser alterado e quem quiser que haja super-heróis negros ou homossexuais que os crie: «Se Peter Parker (alter-ego do Homem-Aranha) fosse originalmente negro, latino, hindu ou qualquer outra coisa, dever-se-ia manter assim. Mas foi criado como branco. Não vejo razão para alterar isso. Creio que há lugar para super-heróis gays. Mas não vejo razão para alterar a orientação sexual de uma personagem que já foi estabelecida. Não tenho nenhum inconveniente em criar novos super-heróis homossexuais. Não tem nada a ver com ser anti-gay, anti-negro, anti-latino ou qualquer coisa assim. As personagens latinas deveriam continuar a ser latinas. O Pantera Negra nunca deveria ser suíço. Não vejo razão para alterar estas coisas já estabelecidas quando é tão fácil criar novas personagens. Digo que dever-se-iam criar novas personagens da forma que se queiram. Que diabo, até já o fiz.»

Saúde-se a coragem do sujeito, gigante da nona arte, vulto cultural do século XX - goste-se ou não de banda desenhada, ou da sua obra em particular, de um simplismo vitalista juvenil cujo vigor é difícil de igualar. À sua maneira é um génio. Teve, digo eu, um certo ar oportunista na orientação política das suas criações - quando a América estava a atirar-se ao Vietname, criou super-heróis combativos, nomeadamente o capitalista Homem-de-Ferro, contra os comunistas vietcongs, e a adaptação do Deus nórdico Thor à banda desenhada; quando, no final da década de sessenta, crescia a olhos vistos a contestação popular esquerdista da guerra, anti-imperialista e anti-americana, lembrou-se o escriba de engendrar uma espécie de hippie do espaço, Surfista Prateado, pacifista interestelar em revolta contra um tirano galáctico que vinha aí consumir a Terra... Mostra de qualquer modo uma firmeza exemplar, desta vez, ao enfrentar a politiquice-correcta que domina os mé(r)dia no seio dos quais fez a sua vida.


1 Comments:

Blogger Afonso de Portugal said...

A verdade é que ele já está tão velho que não tem nada a perder. Mas não me surepreenderia se ele deixasse de fazer o seu habitual "cameo" nos filmes da Marvel...

8 de julho de 2015 às 00:04:00 WEST  

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