sexta-feira, junho 26, 2015

PARLAMENTO GREGO DÁ NACIONALIDADE A IMIGRANTES

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=4643509&utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter&page=-1
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Era uma questão que se mantinha em suspenso há vários anos. O parlamento grego aprovou hoje uma lei que permite aos filhos de imigrantes que nasceram e cresceram na Grécia obter a nacionalidade grega.
Apresentada pela ministra da Imigração grega, Tassia Christodulopulu, activista dos direitos humanos, a lei foi aprovada com os votos a favor dos deputados do Syriza, partido de esquerda no poder, do Pasok, socialista, e do partido de centro-esquerda Potami.
Em contrapartida, o principal partido da oposição, a Nova-Democracia (conservadores), o partido neonazi Aurora Dourada e o pequeno partido dos Gregos Independentes, que formou uma coligação governamental com o Syriza, votaram contra o projecto-lei, naquele que foi o primeiro desacordo entre estes dois últimos partidos.
Sem surpresas, o partido Aurora Dourada mostrou-se o mais virulento, com o deputado Christos Pappas a rasgar o documento da lei perante os outros parlamentares.
"Que devemos nós dizer a todos os imigrantes que, apesar dos obstáculos, ficaram na Grécia e desejam que os seus filhos sejam gregos? Que os seus filhos são imigrantes? Não são. A sua única pátria é a Grécia", declarou durante o debate parlamentar a ministra da Imigração.
A lei prevê o acesso à nacionalidade grega das crianças nascidas na Grécia que estudam no país, com a condição de um dos pais aí residir durante um determinado período de tempo.
Aqueles que concluíram a faculdade ou o ensino secundário e que residem na Grécia, bem como os que são diplomados por uma universidade grega terão igualmente direito à nacionalidade grega.
Após a votação na generalidade hoje, os artigos do projecto-lei serão discutidos e votados um a um.
Até agora, o acesso à nacionalidade grega era regulamentado de forma rígida, assentando essencialmente no direito de sangue.
Em 2010, o Governo socialista de Georges Papandreu fez aprovar uma lei autorizando a atribuição da nacionalidade aos filhos dos imigrantes, mas o Conselho de Estado revogou-a em 2013.
Na altura, o Governo de coligação direita-socialistas-Esquerda Democrática (ND-Pasok-Dimar) prometeu legislar novamente sobre a matéria, mas a questão manteve-se em suspenso.
"A votação desta lei é um passo importante, porque rompe com a decisão xenófoba e injusta do Conselho de Estado e resolve um problema que durante décadas não foi regulamentado", declarou Alexandra Zavos, professora na Universidade de Panthéon sobre as questões migratórias, citada pela agência de notícias francesa, AFP.
A académica lamentou, todavia, como o fazem muitas comunidades de migrantes, que algumas questões, como as relacionadas com o acesso à nacionalidade dos pais que residem há vários anos na Grécia, não estejam previstas nesta nova lei.

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Agora sim, agora é que o Syriza lixou a pátria. 
Numa época em que predomina o Economês, e em que, de facto, há uma urgência em termos económicos, uma facada destas na Nacionalidade passa quase despercebida nos grandes mé(r)dia; de resto, se porventura fosse notada, toda a cambada que bota faladura nestes meios de comunicação sucial dominantes aprovaria este gesto da Esquerda no poder, uma vez que vai ao encontro do universalismo reinante no seio da elite político-cultural que controla o Ocidente. Para esta espécie de gente, o próprio conceito de identidade étnica tem de ser deitado abaixo, especialmente se a identidade étnica em questão for a sua própria, do seu próprio Povo, tal é a repulsa que a sua mundivisão nutre pela diferenciação de raiz entre pessoas com base na sua ascendência. Para quem quer impingir a tudo e a todos um mundo sem fronteiras - isto sim, é o verdadeiro «ódio à diferença», expressão com que, descaradamente, costumam rotular o pensamento «racista» - para quem alimenta este ideal, tudo o que sejam diferenças irredutíveis e incontornáveis entre grupos de pessoas é odioso,e valorizá-las é pecado, o pecado capital, isto de acordo com a Boa e Sã Doutrina da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente, que é, ao fim ao cabo, a sua religião...
Esteve bem o partido dos Gregos Independentes bem como a Aurora Dourada e até o Nova-Democracia. E antes que esta nova lei tenha efeitos nocivos para a Hélada é bom que a Direita volte a ter maioria parlamentar e faça o que o Conselho de Estado fez em 2013, enquanto a Grécia é helénica e para que continue a sê-lo.


4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Está a ver o que lhe disse a propósito das vitórias da extrema direita, aqui há uns dias? É bom mas não chega. Porque passados uns dias, chega sempre uma notícia cujo efeito prático é bem pior.

Com esta Europa não vamos lá. E com democracia também não (quem é que deu o poder a este syriza? Quem são as hordas de alienados do políticamente correcto que não os eleitores?)

E pronto, se não quiser publicar o comentário também não tenho problema com isso. A chafarica é sua e eu não ganho nada com a publicação ou não publicação.

26 de junho de 2015 às 07:36:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Já era de esperar. Mas a diferença entre o que o Syriza fez e outros partidos globalistas, mas de "Direita", fariam é apenas uma: a Esquerda torna o processo de decadência mais rápido, mas também quanto mais rápido ao fundo se for, mas rápido de lá se sairá.

26 de junho de 2015 às 11:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Agora,os mesmos gregos que apoiaram este lixo de partido vão ter que aguentar as consequências de suas ações,com o possível aumento de imigrantes e surgimento de crimes,bem como a miscigenação.

26 de junho de 2015 às 15:46:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Está a ver o que lhe disse a propósito das vitórias da extrema direita, aqui há uns dias? É bom mas não chega. Porque passados uns dias, chega sempre uma notícia cujo efeito prático é bem pior.»

É sinal de que o combate continua e o tempo urge. Que o inimigo tenha à sua disposição meios mais poderosos servirá entretanto para desencorajar e até imobilizar os mais fracos entre nós, já se sabe como é.



«Com esta Europa não vamos lá. E com democracia também não»

Pois não, vamos é com um g'anda golpe de Estado que deve estar em preparação algures, se calhar entre os militares, ah mas os militares também estão infiltrados!!!, então, enfim, deixa cá ver... a polícia? Talvez os bombeiros?... Se calhar o pessoal da enfermagem?... Bem, o melhor para já é deixarmo-nos de Democracia e ficarmos no nosso cantinho a mandar bocas, do alto da nossa superioridade elitisto-cavaleira-dos-últimos-tempos-do-apocalipse, no gueto, ou «de pé entre as ruínas», como queria «mestre» Evola, exprimindo o nosso desprezo pela maralha, isso sim, é uma posição ajuizada...


«(quem é que deu o poder a este syriza? Quem são as hordas de alienados do políticamente correcto que não os eleitores?)»

(Quem estava farto da miséria em que vivia e não tinha uma alternativa de Direita nacionalista credível e forte, como existe em França, na Áustria, na Holanda, na Suécia, na Dinamarca, até na Noruega, bem como na Suíça... curiosamente aí os partidos de Esquerda radical não têm grande hipótese, por vezes até são engolidos pela Extrema-Direita, como aconteceu em França... porque será? )

26 de junho de 2015 às 19:37:00 WEST  

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