sexta-feira, maio 15, 2015

PNR MADEIRA EM DEFESA DA CANA DE AÇÚCAR AUTÓCTONE


O PNR Madeira visitou esta semana o Engenho do Ribeiro Sêco, onde se fabrica um excelente mel de cana-de-açúcar, para elogiar não só este engenho, mas sim todos os engenhos da Madeira, cujo contributo para a nossa economia regional tem sido fundamental. Sem eles, não haveria produção de cana-de-açúcar na Madeira. 

Infelizmente, o Sr. Secretário Regional da Agricultura e Pescas afirmou recentemente que, neste momento, começa a haver um excedente de cana-de-açúcar e que os proprietários dos engenhos têm alguma dificuldade em escoar o produto transformado. Para colmatar este excedente, o Sr. Secretário referiu ser necessário produzir qualidade em vez de quantidade. 
Na opinião do PNR Madeira, com tal afirmação o Sr. Secretário quis dizer indirectamente para os agricultores não plantarem mais cana-de-açúcar. Parece contudo esquecer-se de que o rendimento mensal dos agricultores é bem diferente do seu, que ascende a cerca de 5000€ mensais.
O PNR Madeira valoriza os produtos regionais e nacionais porque é com produção que o nosso país vai em frente. Da nossa parte, defendemos que a produção de cana-de-açúcar deveria aumentar muito mais, mas, para isso, o Governo Regional tem de intervir na redução da burocracia e nos custos com a exportação. Desta forma, os derivados da cana-de-açúcar iriam ter maior escoamento e todos iriam lucrar. O Governo Regional é que decide se quer ou não facilitar e aumentar a exportação dos derivados da cana. As opções são simples: ou se aumenta a produção e se cria mais postos de trabalho, ou reduz-se e aumenta o desemprego.
Por outro lado, o PNR Madeira apela às duas eurodeputadas da Madeira para trabalharem no sentido de obterem uma compensação europeia no mínimo de 15 cêntimos por quilo de cana-de-açúcar produzido na nossa região. Se as ajudas existem, devemos aproveitá-las, como fazem os outros. Dessa compensação, 10 cêntimos seriam para o produtor (que actualmente recebe apenas 27 cêntimos por quilo) e 5 cêntimos para o comprador (engenho). Melhorar-se-ia desta forma o escoamento dos produtos transformados, o que permitiria um aumento quer da produção quer do escoamento propriamente dito.

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Fonte: página de Facebook do PNR Madeira