O QUE O LÍDER DA OPOSIÇÃO SOCIALISTA TEM FEITO NA CAPITAL
Embora a meio gás, António Costa continua a presidir aos destinos da Câmara Municipal de Lisboa. As últimas semanas de gestão autárquica são uma boa amostra do desastre que nos cairia em cima se ele algum dia chegasse a governar Portugal.
Em apenas duas semanas, o líder do PS e (ainda) presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, desbaratou os últimos resquícios de simpatia que ainda pudesse despertar na alma mais cândida e paciente.
Os actos públicos de Costa, nos últimos tempos, são a síntese da desorientação que parece ter tomado conta da cúpula socialista.
Para que lado se há-de voltar? Que problema atacar com prioridade?
Como captar o apoio de A sem perder o de B?
Como agradar a gregos e a troianos no caso do Syriza – com os syrizinhas nacionais à sua volta e o eleitorado burguês à sua frente, medindo-lhe as palavras?
Como parecer “politicamente correcto”?
Como aparecer (ainda) mais na televisão?
Como aparecer (ainda) mais, seja onde for?
Não é difícil imaginar como roda a cabeça de António Costa neste momento crucial da sua aposta política. E o momento não lhe vai de feição: os seus camaradas socialistas começam a querer resultados e não apenas palavras, “carisma” em vez de mensagem empastelada; partidos congéneres são varridos do mapa noutros países da Europa; o Governo tem por fim estatísticas económicas e financeiras a seu favor e volta a tomar a iniciativa na marcação da agenda política nacional.
Diga-se que o zigue-zague de António Costa face à questão grega e ao Syriza será a menor das suas dores de cabeça – tanto que já se mostrou mestre na arte de empatar o remate, fintando à direita e à esquerda sem jamais se decidir.
De resto, neste caso, a posição do PS poderá ser gerida gota a gota, à medida que as negociações gregas com a União decorrerem, dando a Costa tempo para pesar o que diz. O problema é que, pedalando em seco na política nacional e internacional, o líder do Partido Socialista teve de voltar-se nas últimas semanas para a política local, algo que sempre lhe rende fotos sorridentes e cortes de fitas nos telejornais.
Mas também aqui António Costa está a borrar a pintura. Embora a meio gás, António Costa continua a presidir aos destinos da Câmara Municipal de Lisboa. As últimas semanas de gestão autárquica são uma boa amostra do desastre que nos cairia em cima se ele algum dia chegasse a governar Portugal.
Factura a dobrar
Comecemos pela bem disfarçada queda do autarca para esmifrar o contribuinte municipal. Este mês, os lisboetas ficaram surpreendidos ao receberem a conta da água referente a Janeiro: em alguns casos, o total tinha mais do que duplicado.
Leia este artigo na íntegra na edição impressa desta semana.
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Fonte: http://jornaldiabo.com/nacional/costa-governo/
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