O CALIFADO A POUCOS QUILÓMETROS DA PENÍNSULA IBÉRICA
Fonte: http://www.elconfidencialdigital.com/seguridad/califato-islamico-kilometros-Espana_0_2405759418.html
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Os serviços de segurança do país irmão exibem já a sua preocupação por constatar que há grupos jihadistas na Argélia e na Tunísia a jurar lealdade ao Estado Islâmico da Síria e do Iraque (EISI). Pior ainda, há também em Marrocos cada vez mais apoio a este califado - Estado islâmico - do Médio Oriente.
A Espanha está particularmente em risco - da Argélia a Melilla. possessão espanhola no norte de África, distam não mais de cinquenta quilómetros.
Tal como advertem as fontes consultadas, especializadas na luta contra o jihadismo no norte de África, a delicada situação política do Magrebe pós-Primavera Árabe permitiu a estes grupos crescer “para além do esperado em número e tempo”. Os pontos quentes são o Egipto, a Líbia, Tunes e Argélia. Também Marrocos, ainda que em menor medida.
A Argélia tem três facções terroristas oficialmente irmanadas com o EISI. Converteu-se assim num dos maiores ponto de apoio ao EISI fora da Síria e do Iraque. O Paquistão, país muçulmano com armas nucleares, tem tantos grupos que juraram lealdade ao califado - o EISI - como a Argélia.
O grupo argelino mais perigoso, de entre os que apoia o EISI, é o «Jund al Jalifa» ou «Soldados do Califado», derivação local da Alcaida do Magrebe. Tornou-se famosa depois da decapitação de um alpinista francês em Setembro. O exército regular argelino abateu na passada semana o líder deste grupo, Abdelmalek al Guri, auto-proclamado emir do Estado Islâmico da Argélia.
Os serviços anti-terroristas espanhóis avisam contudo que estes grupos continuam a ganhar capacidade logística e operativa. Asseguram, os especialistas, que «este tipo de terrorismo é nómada por conceito, o seu desejo é expandir-se e tentarão fazê-lo até Marrocos e até Espanha.»
A Tunísia é outro do países onde também estalou a dita Primavera Árabe - e onde também proliferam jihadistas. De facto, foi o país donde partiram mais combatentes para lutar a favor do califado na Síria e no Iraque - mais de três mil indivíduos com passaporte tunisino juntaram-se às fileiras do EISI. Alguns destes jihadistas continuam a sua luta em terra tunisina: há poucos dias, um dos principais foruns jihadistas foi plataforma para disseminar um vídeo de sete minutos em que três combatentes tunisinos incitam os seus compatriotas a boicotar as próximas eleições e a jurar lealdade ao califado. Ameaçam, além disso, retornar como parte de uma «força expedicionária» para deitar abaixo o actual governo e instaurar o califado na Tunísia.
Em Marrocos, país muçulmano tido como moderado, há já sinais de disseminação da mensagem do EISI. Cita-se o caso dos cânticos de futebol em que os «ultras» saudaram os ataques terroristas e as decapitações na Síria e no Iraque. E os combatentes retornados do EISI ultrapassam já os três milhares. As autoridades marroquinas solicitaram por isso a colaboração de Espanha para lidar com a ameaça.
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