ELITE POLÍTICA DA SUÉCIA UNE-SE PARA EVITAR ELEIÇÕES

Agradecimentos ao camarada RC por ter transmitido esta notícia: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4314913&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook   (texto original redigido sob o novo acordo ortográfico mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)

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O acordo entre o governo minoritário de centro-esquerda, os Verdes e quatro partidos de centro-direita irá durar até 2022.

Os maiores partidos suecos chegaram hoje a um acordo que permitirá a continuação do governo minoritário de centro-esquerda e pôr à margem os Democratas Suecos, de extrema-direita.

O habitualmente estável cenário político da Suécia sofreu um abanão este mês quando o primeiro-ministro, Stefan Lofven, anunciou que iria convocar eleições antecipadas para Março depois do orçamento do seu governo ser chumbado pela oposição do centro-direita e pelos Democratas Suecos.

"A Suécia tem uma tradição de resolver problemas difíceis", afirmou Lofven. "Estou feliz por termos chegado a um acordo que significa que a Suécia pode ser governada", acrescentou.

O acordo entre os Social Democratas, de centro-esquerda, os Verdes e a Aliança, que envolve os quatro partidos de centro-direita, representa que o primeiro-ministro terá de aceitar o orçamento da oposição no próximo ano, mas que poderá fazer algumas alterações na primavera. A Aliança irá abster-se na votação do orçamento do governo a partir da primavera.

Desta forma, as lesgislativas que estavam marcadas para 22 de Março foram canceladas.

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Assim se vê o habitual medito que as elites políticas reinantes têm da Democracia - porque percebem que a Democracia dá cada vez mais força à Extrema-Direita, isto é, ao Nacionalismo. O partido que na Suécia representa os Nacionalistas, o dos Democratas Suecos, já tinha declarado que as próximas eleições, já marcadas, e agora canceladas, iam ser um referendo à imigração - e o resto da classe política, da Esquerda ao Centro-Direita, ultrapassou as comparativamente ridículas questiúnculas que os opõem entre si para fazer frente comum contra os Nacionalistas, isto é, entenda-se, contra um crescente apoio popular, democrático, contra a imigração.

Comprova-se, mais uma vez, e mais uma, e mais uma ainda, sempre mais uma, que o grande combate político do mundo actual é, de um lado, a mundialização que a elite quer impingir a todos e, do outro, a resistência popular a essa tentativa. Esta resistência popular é feita através da Democracia, isto é, através do voto, que continua a ser a arma do povo - do voto no Nacionalismo, que é o instinto de estirpe organizado e sistematizado em forma política.