CAÇAS DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA INTERCEPTAM PELA SEGUNDA VEZ AVIÕES MILITARES RUSSOS EM ESPAÇO AÉREO PORTUGUÊS
Imagem divulgada na página oficial da Força Aérea na rede social Facebook quinta feira, dia 30 /
Caças F-16 da Força Aérea Portuguesa voltaram a interceptar esta sexta-feira mais dois aviões militares russos, que estariam a sobrevoar espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa, avança a agência Lusa. Mas desta vez os aviões russos demoraram muito mais tempo a abandonar o espaço de responsabilidade nacional, o que levou a que a primeira parelha de F-16 tivesse de ser substituída por outros dois caças portugueses a meio da operação. Foram precisas mais de duas horas de acompanhamento até os bombardeiros russos abandonarem o espaço, apurou o Observador.
É a segunda vez na mesma semana que o episódio se repete. Na quarta-feira dois caças F-16 da Força Aérea portuguesa já tinham sido destacados da base aérea de Monte Real, em Leiria, para interceptar e escoltar duas aeronaves militares russas que estavam a sobrevoar espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa sem responderem aos pedidos de contacto dos militares portugueses.
Desta vez os dois bombardeiros russos interceptados terão ido até à zona de Sagres, acrescenta o Diário de Notícias, portanto muito mais abaixo do local onde, da primeira vez, os russos inverteram a rota para norte. Na quarta-feira fizeram-no na zona de Peniche, e por isso a operação decorreu mais rapidamente.
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À semelhança do que aconteceu na quarta-feira, os aparelhos russos mantiveram-se a cerca de 100 milhas da costa portuguesa e voltaram a não responder aos pedidos de contacto dos militares portugueses, que estavam numa missão da NATO.
Mas o Governo reagiu muito mais rapidamente esta sexta-feira do que no episódio anterior, quando a notícia foi divulgada pela missão da NATO num momento em que o ministro da Defesa Nacional estava na Colômbia. Nessa altura foram precisas algumas horas até José Pedro Aguiar Branco estar pronto para prestar declarações sobre o caso. Acontece que desta vez foi o próprio ministério da Defesa que quis informar sobre o episódio, através da agência Lusa, e Aguiar Branco reagiu logo minutos depois, à chegada ao aeroporto da Portela. E foi perentório: a Força Aérea reagiu com “eficácia e prontidão”.
Em declarações à RTP, Aguiar Branco não quis confirmar pormenores deste segundo incidente com aeronaves russas, mas quis sublinhar que “o sistema funcionou” dentro dos requisitos da NATO. “A Força Aérea agiu com eficácia, serenidade e prontidão”, repetiu várias vezes.
Sobre o primeiro incidente, a embaixada russa em Portugal chegou a afirmar, na quinta-feira, que os aviões russos interceptados estavam a cumprir o Direito Internacional, realizando voos “em espaço aéreo sobre águas internacionais, não entrando de modo nenhum em espaços aéreos de outros Estados”, segundo um comunicado enviado à agência Lusa.
De acordo com o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), nesse primeiro caso, foram “detectadas duas aeronaves não identificadas em espaço aéreo de responsabilidade portuguesa” e ” accionados os meios de alerta previstos neste tipo de situações no quadro da NATO, tendo dois caças F-16 portugueses identificado duas aeronaves militares russas, que encaminharam para fora do espaço aéreo de responsabilidade nacional”.
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Fonte: http://observador.pt/2014/10/31/mais-dois-avioes-militares-russos-intercetados-espaco-de-responsabilidade-portuguesa/ (artigo originalmente redigido sob o novo acordo ortográfico mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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Haverá poucas dúvidas de que a atitude russa é de ameaça, talvez por resposta ao facto de há coisa de dias ou uma semana ter havido caças F-16 da FAP a escoltar um avião militar russo, IL-20, para fora do espaço aéreo da Estónia ( http://www.radiolajes.pt/aviao-russo-intercetado-na-estonia-por-f-16-portugueses ). Não surpreenderia que os Russos estivessem agora a querer mostrar a Portugal que os seus bombardeiros podem facilmente atingir território português - e a mostrar a toda a Europa que podem chegar a qualquer parte do território europeu, por mais distante que esteja da Rússia.
De notar que no Verão a Rússia simulou no Verão um ataque aéreo à Dinamarca, mais concretamente à ilha dinamarquesa de Bornholm quando aí se encontravam reunidos inúmeros políticos e jornalistas para o tradicional evento político anual do Folkemødet, como aqui se pode ler: http://www.thelocal.dk/20141031/russia-simulated-a-military-attack-on-denmark. Tratou-se do maior e mais agressivo exercício militar russo na região do Báltico desde 1991.
2 Comments:
Se a russia consegue autonomia de voo pra chegar nos atlas circundando a europa atlantica imagina se eles tomassem noronha e os cabos do extremo lne do mainland sulamericano no atlantico central poderiam atacar lisboa e ny ao mesmo tempo kk
a russia anda cada vez mais maluca. Vamos ver onde param as anexações. Ja foi a Ossétia do Sul e outra. Agora bocados da Ucrania. Parece que se sentem maiores e melhores a anexar kms. A identidade e raça não interessa.
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