O QUE QUEREM REALMENTE OS MUÇULMANOS SEGUNDO UM CLÉRIGO MUÇULMANO QUE CRITICA O RÓTULO DE «RADICAL»

Agradecimentos a quem aqui trouxe este esclarecedor vídeo:

Como acima se pode ouvir, o clérigo muçulmano quer demonstrar com clareza o que é que os muçulmanos comuns pensam, naturalmente, sobre a justiça e a moral: os muçulmanos comuns pensam mesmo que a segregação dos sexos, a pena de morte por adultério bem como todas as outras punições que o Alcorão e a Suna decretam - o que implica, note-se, a execução de apóstatas e homossexuais, etc. -  tudo isso está correcto, tudo isso constitui a melhor solução possível e tudo isso deve ser aplicado em todo o mundo, porque Alá assim o ordena. O clérigo critica então os políticos que chamam «muçulmanos radicais» a todos os muçulmanos que defendem os supra-mencionados pontos de vista.

Não sei quem é este clérigo, se é agente infiltrado da CIA ou da Mossad para desacreditar o Islão ou se é simplesmente um tanso a dar um tiro no pé, ou se é nada mais que um clérigo muçulmano igual aos outros e já com as costas quentes, mas, até prova em contrário, está a discursar perante muçulmanos «normais» e demarca-se do rótulo de «radical», portanto deve ser um dito moderado... não deixa de ter uma piada doida que o clérigo venha dar toda a razão aos «islamófobos» que dizem que o Islão é verdadeiramente incompatível com a cultura tolerante do Ocidente. Além de dar razão aos islamófobos, disfere brutal coice na politicagem correcta que marra na crença de que a maioria dos muçulmanos é tolerantíssima e perfeitamente integrável na vivência europeia e etc. e tal.

Traz-me à memória uma passagem muito curiosa de um filme de terror, «O Anel» («The Ring»), no qual uma criança, Samara Morgan, diz a dada altura que quer mesmo magoar gente, cito: 

Dr. Scott: You don't want to hurt anyone. (Tu não queres magoar ninguém.) 

Samara Morgan: But I do, and I'm sorry. It won't stop. (Mas eu quero, e lamento. Isto não vai parar.) 

É interessante que a criança ao dizer que quer magoar di-lo com ar angélico, inofensivo, cândido, e portanto o conteúdo do que está a declarar escapa porventura à maioria dos espectadores e à personagem do Dr. Scott, que pelo meio do diálogo nem percebem que a criança está a dizer com toda a clareza, preto no branco, que quer mesmo prejudicar pessoas. E não percebem porquê? Porque se tem por adquirido, pelo menos na mentalidade ocidental dos dias que correm, que as crianças são puras e inofensivas e boazinhas, e portanto as pessoas, ou a maioria delas, partem do princípio, aliás, dão por adquirido, que uma criança não pode querer fazer mal a ninguém, e portanto nem notam que a personagem infantil em questão está de facto a dizer quer quer magoar gente e que vai continuar a fazê-lo. Assim é com a politicagem correcta ocidental relativamente ao Islão - parte do princípio de que as religiões querem todas a mesma paz e bondade e tal, e portanto dá por adquirido que o Islão, que ainda por cima se declara «a religião da paz», também só pode ser pregador de paz e bondade e, implicitamente, de tolerância. Por conseguinte, esta mesma politicagem correcta, simpatizante do Islão, rotula como «radicais», isto é, erroneamente exagerados, os muçulmanos que promovem perspectivas intolerantes. A verdade está todavia bem explícita e só não a vê quem não quer.