domingo, setembro 14, 2014

NO CALIFADO DA SÍRIA E DO IRAQUE - MULHERES SÃO VENDIDAS PARA ESCRAVATURA SEXUAL

Agradecimentos ao camarada R. Vilhena por ter aqui trazido esta notícia: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_09_12/Combatentes-do-Estado-Islamico-vendem-cristas-para-escravatura-sexual-7082/
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Os combatentes do Estado Islâmico (EI), que actuam no Iraque e na Síria, raptaram para escravatura sexual milhares de mulheres capturadas por eles como troféus. As prisioneiras são colocadas numa espécie de bordéis e são obrigadas a servir os combatentes. Jornalistas britânicos descobriram que alguns desses bordéis são dirigidos por mulheres muçulmanas com passaportes europeus.
A activista iraquiana dos direitos humanos Hana Edward contou à Voz da Rússia pormenores dessa história:
– Os média divulgaram que os combatentes do EI escravizam mulheres no Iraque para serem vendidas. Até que ponto essas notícias são credíveis?
– Essas notícias surgiram logo após a conquista de Mossul. Eles raptam jovens e meninas adolescentes, principalmente cristãs e yazidis. Pouco depois soube-se que elas são vendidas como escravas. Tentamos registar oficialmente casos de tráfico de escravas, mas esse processo não ocorre abertamente na rua. Geralmente as vendas são feitas dentro do próprio EI, os cabecilhas vendem as mulheres raptadas aos combatentes. Mas também acontece venderem-nas a alguém de fora que queira pagar. Sabe-se, nomeadamente, que os habitantes de Mossul conseguiram libertar algumas meninas, que tinham sido feitas escravas, resgatando-as aos extremistas.
Depois disso surge outro problema: a reabilitação das moças libertadas. A maioria delas foi sujeita a violência sexual. Uma menina, por exemplo, contou que a cada 18 dias era “casada” com um combatente diferente. Muitas das meninas que regressaram a casa eram mortas por seus próprios pais, porque depois de estupradas são consideradas uma desonra para a família. Trabalhamos para destruir esses estereótipos e evitar casos semelhantes.
– Onde se encontram as mulheres raptadas?
– Segundo as últimas informações, uma grande quantidade de reféns foi colocada na prisão de Badush. Algumas estão em al-Baaj, perto da fronteira com a Síria. Algumas foram levadas para a Síria, para a província de Raqqa, ocupada pelos extremistas. Em geral, as informações são bastante vagas, porque os militantes, quando são atacados, retiram-se juntamente com as prisioneiras, porque elas podem vir a ser usadas para chantagem ou trocadas por terroristas capturados.
– Existe alguma informação sobre crianças raptadas nas regiões controladas por esses combatentes?
– Os meninos a partir dos 14 anos de idade são recrutados e treinados para combater. Dessa forma as suas mentes ficam mutiladas, porque cadáveres em decomposição, corpos destroçados e feridos não são um bom espectáculo para uma mente ainda frágil. As crianças são quem mais sofre com os actuais acontecimentos. Soubemos, por exemplo, do que aconteceu com uma menina pequena chamada Cristina. Há algum tempo foi raptada pelos combatentes e neste momento permanece em cativeiro. Os pais tentam libertá-la, mas por enquanto sem sucesso. Imagine o horror que uma menina pequena sente!
Os extremistas ainda tomam aquilo a que chamam medidas educativas. Podem pegar num adolescente que foi, por exemplo, apanhado a fumar e partirem os seus dedos diante de todos (nos territórios ocupados pelo EI é proibido fumar – N.R.). As crianças testemunham tratamentos bárbaros infligidos a outras crianças. A crueldade deforma as suas consciências,  traumatiza-as para toda a vida.