quarta-feira, setembro 24, 2014

MAIORIA DOS MUÇULMANOS EM SOLO EUROPEU PÕE A CHARIA POR CIMA DA DEMOCRACIA

Notícia referida pelo camarada RC: http://www.clarionproject.org/analysis/majority-europes-muslims-favor-sharia-over-democracy
* * *
Um estudo relativamente recente, publicado a 11 de Dezembro de 2013 pelo Centro de Ciências Sociais de Berlim WZB - um dos maiores institutos de ciências sociais da Europa - indica que a maioria dos muçulmanos em solo europeu acredita que a lei islâmica (charia) deve sobrepor-se às constituições laicas e às leis dos países europeus que os acolhem.
A pesquisa, intitulada «Pesquisa Comparativa de Integração dos Imigrantes em Seis Países» - estudo levado a cabo durante cinco anos a respeito de imigrantes marroquinos e turcos na Áustria, na Bélgica, em França, na Alemanha, na Holanda e na Suécia - mostra que sessenta e cinco por cento (65%) dos muçulmanos entrevistados acha que a charia é mais importante do que as leis dos países em que vivem.
Mostra também que setenta e cinco por cento (75%) dos que responderam acham que só há uma interpretação legítima do Alcorão, que deve aplicar-se a todos os muçulmanos, e cerca de sessenta por cento (60%) da mesma amostra acredita que a sua comunidade deveria retornar às suas «raízes islâmicas».
Sempre segundo a pesquisa, quarenta e quatro por cento (44%) dos marroquinos e dos turcos entrevistados concorda com todas as afirmações islamistas acima referidas, o que faz deles «fundamentalistas consistentes», enquanto as atitudes fundamentalistas estão tão disseminadas entre os muçulmanos mais novos como entre os muçulmanos mais velhos.
De entre os seis países europeus mencionados, a Áustria é aquele em que as respostas se enquadraram mais no campo do fundamentalismo (ver números na ligação http://www.clarionproject.org/analysis/majority-europes-muslims-favor-sharia-over-democracy). O autor do estudo, de origem holandesa, Ruud Koopmans, afirma que «as comparações com outros estudos alemães revela padrões notoriamente similares. Por exemplo, no estudo Muslime in Deutschland, de 2007, quarenta e sete por cento (47%) dos muçulmanos alemães concordaram com a asserção de que seguir as regras da sua religião era mais importante do que a democracia, número praticamente idêntico aos quarenta e sete por cento (47%) da nossa pesquisa que dizem que as regras do Alcorão são mais importantes do que as leis da Alemanha.»

A pesquisa também indica que há uma considerável hostilidade muçulmana em relação aos outros grupos, vistos aí como ameaçadores ao grupo religioso muçulmano. Por exemplo, perto de sessenta por cento (60%) dos muçulmanos entrevistados rejeitam os homossexuais como amigos e quarenta e cinco por cento (45%) diz que não se pode confiar nos Judeus.
Mais uma vez, os muçulmanos da Áustria são os mais radicais - sessenta e três por cento acha que os Judeus não são dignos de confiança e sessenta e seis por cento acredita que o Ocidente quer destruir o Islão.
Em comparação, os europeus não muçulmanos dos seis países citados têm opiniões bem diversas: oito por cento desconfia dos Judeus, dez por cento é contra os homossexuais, vinte e um por cento é contra os muçulmanos e 1.4% é contra todos estes grupos.
Segundo diz Koopmans, o fundamentalismo islâmico «não é uma forma inocente de estrita religiosidade... enquanto um em cada cinco autóctones europeus pode ser considerado como islamófobo, o nível de fobia contra o Ocidente entre os muçulmanos - curiosamente não se inventou ainda um termo para isto, talvez se possa chamar-lhe «Ocidentofobia» - é muito mais alto, com cinquenta e quatro por cento dos muçulmanos a achar que o Ocidente quer destruir o Islão.»

Koopmans conclui: «Estes dados contradizem claramente a pretensão muitas vezes ouvida de que o fundamentalismo religioso islâmico é um fenómeno marginal na Europa Ocidental ou que não difere do nível de fundamentalismo no seio da maioria cristã. Ambas as afirmações são flagrantemente falsas, uma vez que quase metade dos muçulmanos da Europa concorda que os muçulmanos devem retornar às raízes do Islão, que só há uma interpretação do Alcorão e que as regras alcorânicas são mais importantes do que as leis laicas. Entre os nativos cristãos, menos de um em cada vinte e cinco pode ser caracterizado como fundamentalista neste sentido. O fundamentalismo religioso não é, de resto, uma forma inocente de religiosidade estrita, como demonstra - tanto entre cristãos como entre muçulmanos - a sua forte relação com a hostilidade para com outros grupos.
Tanto a dimensão do fundamentalismo religioso muçulmano e os seus correlacionados - homofobia, anti-semitismo e "ocidentofobia" - devem ser causas de séria preocupação para os autores das políticas bem como para os líderes das comunidades muçulmanas. Claro que o fundamentalismo religioso não deve ser considerado como a mesma coisa que a disposição para apoiar, muito menos de efectuar a violência religiosamente motivada. Mas dada a sua forte relação com a hostilidade para com outros grupos, o fundamentalismo religioso tem forte propensão para alimentar um ambiente de radicalização.»

No comentário ao estudo, o jornal alemão Die Welt comenta: «Os dados não são apropriados para conclusões simples. Mas tem de ser reconhecido isto: as democracias devem ter cuidado com os que acreditam que uma sociedade livre é algo que precisa de ser vencido.»


Que é, recorde-se, o que já John Locke dizia, há séculos, e dizia-o precisamente a respeito dos muçulmanos em solo europeu...