segunda-feira, setembro 01, 2014

HÁ QUEM QUEIRA DEIXAR ENTRAR A TURQUIA NA UE COMO RECOMPENSA POR UMA EVENTUAL ACÇÃO DE COMBATE AOS JIHADISTAS DO ESTADO ISLÂMICO...

Fonte:
http://diversitymachtfrei.blogspot.pt/2014/08/british-politician-says-turkey-should.html
http://www.hurriyetdailynews.com/british-mps-ask-turkey-to-stop-flow-of-jihadists.aspx?pageID=238&nID=70838&NewsCatID=351
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Um político britânico, membro do comité de segurança e inteligência da Casa dos Comuns, Sir Menzies Campbell, anterior líder dos liberal-democratas, declarou recentemente que a Turquia tem um «papel vital na prevenção da passagem de jihadistas em direcção a... para se juntar ao Estado Islâmico.» Por isso, é preciso, diz, que haja uma «iniciativa diplomática em alta escala» para aproximar a Turquia da União Europeia (UE) no sentido de permitir que o país turco entre na Europa.

Mais directo foi o secretário de Estado dos negócios estrangeiros sombra, Douglas Alexander, que fez notar as responsabilidades da Turquia como membro da OTAN: «A prioridade agora deve ser para que a Turquia ofereça garantias aos seus parceiros e aliados de que está a tomar os passos necessários para assumir as suas responsabilidades na segurança de áreas chave que representam uma frente vital na luta para conter, prejudicar e derrotar o Estado Islâmico do Iraque e da Síria».

Quer isto dizer que a Turquia só por ser da OTAN já tem responsabilidades para com a Europa e para com o Ocidente - já tem responsabilidade mais que suficiente para agir sem que seja necessário oferecer-lhe seja o que for. Estar a tentar aliciá-la com a entrada na UE seria só mais um sinal de fraqueza da Europa, que se disporia a deixar entrar fronteiras adentro o «menos mau» no caso de este não ser «demasiado mau» e ajudar na luta contra os «maus» - é um bocado como negociar com bandidos para que estes vençam outros bandidos, em vez de combater, prender e se necessário abater todos os inimigos, sem negociação alguma. E, no caso, o facto de a Turquia, mesmo sendo membro da OTAN, ter andado a deixar passar jihadistas para fortalecer o maior inimigo objectivo da Europa, já diz muito sobre o real valor da relação deste Estado asiático com os Europeus.