domingo, agosto 31, 2014

PNR EXIGE MAIS RIGOR NO BANCO DE PORTUGAL

Faz parte das competências especiais do Banco de Portugal “velar pela estabilidade do sistema financeiro nacional, assegurando, com essa finalidade, designadamente, a função de refinanciador de última instância”.
Assim, o Banco exerce a supervisão prudencial das instituições de crédito, das sociedades financeiras e das instituições de pagamento. O Governador do Banco de Portugal preside ao Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, entidade que integra o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e o Instituto de Seguros de Portugal.
Ora, mais uma vez, no recente escândalo que levou ao fim do BES, verificou-se que, a exemplo do que já acontecera no “caso BPN”, o Banco de Portugal não fiscalizou, não fez a supervisão e não exerceu o seu poder no CNSF para que a CMVM supervisionasse as movimentações bolsistas da entidade bancária em questão. Alguns dirão que foi laxismo, outros que foi incompetência. O PNR considera que foi um misto dos dois, mas que sobretudo houve influências e pressões para que o Banco de Portugal não actuasse, pressões essas que terão sido fruto da promiscuidade política de que o banco regulador sofre, a exemplo de muitas outras instituições que deviam mostrar a sua independência face aos partidos e ao poder politico e económico.
Antes de mais, há que denunciar que o Banco de Portugal é uma instituição cujo Governador, Carlos Costa, recebe a avultada maquia de € 213.278,00 por ano (€ 15.234,14 mês, vezes 14), enquanto o seu vice-presidente, Pedro Duarte Neves, aufere por ano € 199.948,10 e os dois outros membros do Conselho de Administração, José Silveira Godinho e João José Amaral Tomaz, recebem anualmente € 186.618,30 cada um. Ou seja, o Conselho de Administração do Banco de Portugal, com os 4 referidos membros, custa aos contribuintes portugueses o total de € 786.462,70 por ano. O Governador do Banco de Portugal ganha assim mais € 49.099,10 € (ou seja, mais 32%) do que a Presidente da Reserva Federal Americana, e o Conselho de Administração daquela entidade portuguesa é € 93.815,70 (ou seja 13,5%) mais caro do que o Conselho de Administração desta sua congénere norte-americana. Tendo em conta a diferença de dimensão entre Portugal e os EUA, podemos dizer que os valores auferidos pelo Conselho de Administração do Banco de Portugal ultrapassam o obsceno!
Por outro lado, o Banco de Portugal revela-se uma instituição cuja acção (ou inacção) a torna alvo de acérrimas e muito justificadas críticas, andando na boca do mundo devido a questões pouco claras ou mesmo moralmente condenáveis, que roçam mesmo o ilícito criminal: a recente admissão de um dos filhos de Durão Barroso nos quadros deste banco provocou uma onda de contestação, quer pelo vencimento que o funcionário em questão vai auferir, quer pela forma pouco clara como foi admitido. De recordar também a “progressão salarial” por “mérito”, mais benefícios salariais, atribuída a Vítor Bento (actual Presidente do BES) no ano de 2007 – facto muito estranho, pois este “funcionário” não esteve ao serviço efectivo no banco durante o ano em questão.
O PNR considera que o Banco de Portugal é uma pedra basilar para a economia da Nação Portuguesa. Lamentavelmente, contudo, esta instituição presta neste momento um mau serviço a Portugal, pelo que propomos:

> Uma investigação rigorosa a toda a actividade do Banco de Portugal e dos seus principais responsáveis.

> A substituição de todo o Conselho de Administração do Banco de Portugal, tendo em conta que a actual se encontra completamente desacreditada.

> A revisão dos salários dos elementos que compõem o Conselho de Administração do Banco de Portugal, para valores dignos da responsabilidade que os cargos em questão implicam, mas consideravelmente mais reduzidos do que os valores actuais.

> A criação de uma carreira profissional no Banco de Portugal, que faça com que o mesmo seja gerido por funcionários públicos de carreira contratados para o efeito, gerando-se assim uma situação em que os elementos da Administração tenham sempre o traquejo e a formação adquiridos ao longo de anos de experiência e impedindo-se por conseguinte as nomeações ao sabor do cartão partidário ou de interesses pouco claros.
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Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/incompetencias-banco-de-portugal/

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O Banco de Portugal nunca sabe de nada. Não sabia nada do BPN, não sabia nada agora com esse caso do BES, não sabe de nada quando o filho desse traidor desse Barroso foi ocupar um cargo sem ter havido concurso...
Tudo uma maravilha neste país; o crime organizado é impune e goza com a nossa cara. O que essa gente merece é pena capital por lesa-pátria. Sem contemplação.

31 de agosto de 2014 às 17:09:00 WEST  

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