PORQUE COMEÇA O ANO EM JANEIRO - POR CAUSA DO PODERIO CELTIBÉRICO...

Fontes:

http://www.abc.es/local-aragon/20121230/abci-segeda-zaragoza-ciudad-celtibera-201212301049.html

http://es.wikipedia.org/wiki/Segeda

 

Porque acaba o ano a 31 de Dezembro e começa a 1 de Janeiro?

Porque Roma tinha pressa de declarar guerra ao povo celtibérico de Segeda (onde é hoje a cidade de Mara, Catalayud, Saragoça), que eram os Belos (Belli), e a lei romana só o permitia se Roma já tivesse elegido os seus cônsules. Ora esta eleição só acontecia a quinze de Março, primeiro dia do ano político-administrativo romano. Mas a cidade celtibérica de Segeda, ou Secaiza, estava a tornar-se demasiado poderosa, até já cunhava moeda, e as autoridades romanas consideraram necessário atacá-la sem demora, e com um exército de trinta mil homens, liderado por um cônsul, Quinto Fúlvio Nobilior. Por isso, alterou-se a data da eleição dos cônsules para o primeiro de Janeiro e desde então o ano tem começado nesta data.

Mais pormenores...

No ano de 179 a.c., Secaiza e Roma selaram um acordo de paz. Em troca de certos impostos e do compromisso de não edificarem novas cidades no seu território, os Bellos poderiam viver em paz e cunhar a sua própria moeda. Sucede que em 154 a.c. Segeda iniciou a ampliação das suas muralhas para que viessem a alcançar oito quilómetros de perímetro. Roma interpretou tal acto como um sinal de hostilidade que enfraquecia o acordo de paz acima referido. Se as autoridades romanas tivessem de esperar até à eleição de quinze de Março, os preparativos demorariam tanto tempo que a força de ataque só estaria pronta em Setembro ou Outubro, perdendo-se assim a oportunidade de combater na época estival, já que a invernal era especialmente dura.

O resultado do primeiro embate, acontecido em 153 a.c., foi favorável aos Celtiberos, tendo aí tombado cerca de seis mil romanos. Segeda acabou todavia por ser destruída, nesse mesmo ano.

 

 

Pode ver-se no mapa acima que os Belos ficavam imediatamente a sul dos Lusões, possíveis parentes dos Lusitanos.

 

«Nós, descendentes de Celtas e Iberos, não tenhamos vergonha de dizer em agradável verso os nomes um tanto duros da nossa terra.»

 

Marcial, Epigr. IV.