A CRISTANDADE COMO QUINTA-COLUNA E TRAIÇÃO DO MUNDO ANTIGO FRENTE À BARBÁRIE
«No dia 24 de Agosto do ano de 410,
Alarico, rei dos Visigodos, depois de assediar Roma durante várias
semanas, penetra de noite na cidade pela porta Salária. É uma
patrícia conversa ao Cristianismo, Proba Faltonia, da família dos
Anícios, que, depois de enviar os seus escravos para ocupar a porta,
a entrega ao inimigo. Os Visigodos são cristãos e a solidariedade
espiritual e ideológica deu os seus frutos. Os Anícios, dos quais
Amiano Marcelino (XVI, 8) diz que tinham fama de insaciáveis, eram
conhecidos como fanáticos do partido católico. O saque de Roma que
se seguiu foi descrito pelos autores cristãos com palavras amáveis.
Louvou-se a “clemência” de Alarico. Será que os vencidos eram
culpáveis?”, perguntará Georges Sorel. Do chefe visigodo, disse
Santo Agostinho que foi enviado por Deus e era o vingador do
Cristianismo.»
(...)
«No século III, no seu Carmen Apologeticum um autor cristão, Comodiano, fala dos Germanos (mais precisamente dos Godos) como "executantes dos desígnios de Deus". No século seguinte, Orósio afirma por sua vez que as invasões dos bárbaros são "julgamento de Deus" que acontece "como castigo pelas culpas dos romanos" (poenaliter accidisse). É o equivalente das "pragas" de que Moisés se serviu para culpar o faraó.»
Alain
de Benoist, Fevereiro de 1977.
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