quarta-feira, outubro 23, 2013

A CRISTANDADE COMO QUINTA-COLUNA E TRAIÇÃO DO MUNDO ANTIGO FRENTE À BARBÁRIE

«No dia 24 de Agosto do ano de 410, Alarico, rei dos Visigodos, depois de assediar Roma durante várias semanas, penetra de noite na cidade pela porta Salária. É uma patrícia conversa ao Cristianismo, Proba Faltonia, da família dos Anícios, que, depois de enviar os seus escravos para ocupar a porta, a entrega ao inimigo. Os Visigodos são cristãos e a solidariedade espiritual e ideológica deu os seus frutos. Os Anícios, dos quais Amiano Marcelino (XVI, 8) diz que tinham fama de insaciáveis, eram conhecidos como fanáticos do partido católico. O saque de Roma que se seguiu foi descrito pelos autores cristãos com palavras amáveis. Louvou-se a “clemência” de Alarico. Será que os vencidos eram culpáveis?”, perguntará Georges Sorel. Do chefe visigodo, disse Santo Agostinho que foi enviado por Deus e era o vingador do Cristianismo.»
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«No século III, no seu Carmen Apologeticum um autor cristão, Comodiano, fala dos Germanos (mais precisamente dos Godos) como "executantes dos desígnios de Deus". No século seguinte, Orósio afirma por sua vez que as invasões dos bárbaros são "julgamento de Deus" que acontece "como castigo pelas culpas dos romanos" (poenaliter accidisse). É o equivalente das "pragas" de que Moisés se serviu para culpar o faraó.»

Alain de Benoist, Fevereiro de 1977.