sábado, agosto 24, 2013

SOBRE MAIS UM ANUNCIOZITO DE QUE A SEGURANÇA SOCIAL NÃO SE SUSTENTA...

Os efeitos da crise e do envelhecimento da população voltam a colocar no centro das atenções a questão da sustentabilidade da Segurança Social. No final de um mês de trabalho os portugueses descontam 11 por cento do salário bruto para a segurança social e assim estão a contribuir para o sistema. Em Junho deste ano, não chegaram a três milhões de trabalhadores que o fizeram, nunca foram tão poucos.
O desemprego e o envelhecimento da população estão na base destes dados. O número dos empregados que contribui para a Segurança Social está a baixar e o dos reformados não pára de crescer. No mês de Junho, já havia mais de dois milhões de pessoas a receberem pensões de velhice, entre os quais cerca de 711 mil com pensões de sobrevivência e 270 reformadas por invalidez.
Para além destes beneficiários, o sistema suporta ainda outros subsídios e apoios sociais. Em Junho, a Segurança Social pagou perto de 400 mil prestações de desemprego. São cada vez menos pessoas a contribuírem, mas mais a receberem. Os dados são recentes, mas em 2011, Pedro Mota Soares dizia que havia um problema de sustentabilidade na Segurança Social.
O ministro tem defendido um tecto máximo nos descontos. A partir de determinado rendimento, o trabalhador passaria a poder optar em descontar para o sistema público ou para privados. A segurança social deixaria de pagar algumas pensões mais elevadas, mas entretanto deveria diminuir o valor das contribuições, contudo esta a medida tem sido adiada.
O que o governo quer mudar já no próximo ano é a idade para poder pedir a reforma, que passa dos 65 para os 66 anos. A proposta foi enviada aos parceiros sociais há pouco mais de duas semanas.

De facto, com  a política neo-liberal que provoca despedimentos em massa, não pode haver demasiada gente a contribuir, não pode não... quanto aos que, por terem ordenados demasiadamente baixos, também não contribuem para a segurança social, entre eles encontram-se imigrantes em barda. Sobre isso nem piu, de qualquer dos lados da cambada partidária dominante.

Quanto ao resto, será útil lembrar o que diz Raquel Varela - http://gladio.blogspot.pt/2013/07/a-seguranca-social-e-sustentavel-livro.html