quarta-feira, agosto 21, 2013

PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO AVANÇADA DA EUROPA NÃO ERA DE ORIGEM NORTE-AFRICANA MAS SIM EUROPEIA, POSSIVELMENTE «ARIANA»



Análises de ADN mitocondrial (herança genética transmitida por via matrilinear) de esqueletos minóicos recentemente efectuadas por uma equipa de estudiosos gregos e norte-americanos indicam que eram brancos europeus os Minóicos, os quais há cerca de cinco mil anos estabeleceram em Creta a primeira cultura avançada da Idade do Bronze.
A civilização minóica terá emergido no vigésimo século antes de c., tendo florescido até ao século quinze igualmente a.c.. Devido às convulsões políticas que aí se deram, esta civilização caiu em relativo esquecimento até que em 1900, depois da libertação do jugo otomano, o arqueólogo Sir Arthur Evans descobriu os seus restos em Creta, encontrando quase de imediato um palácio. Evans acreditava que tal cultura, à qual chamou Minóica a partir do nome do lendário rei Minos, tinha sido para aí levada por refugiados oriundos do norte do  Egipto, parecer este que se baseava na parecença entre os artefactos minóicos com os do Egipto e da Líbia . Vários arqueólogos puseram em dúvida tal hipótese, preferindo situar na Turquia, nas Balcãs ou no Médio Oriente a origem desta população - e agora o estudo por via da genética deita por terra a teoria do supracitado arqueólogo inglês e sugere que este arcaico Povo descendia dos primeiros humanos da área, agricultores vindos da Anatólia que se estabeleceram nas ilhas há cerca de nove mil anos (época do Neolítico) e que pertenciam ao mesmo grupo humano oriundo do leste que mais tarde povoou o resto da Europa. Isto pode significar que estes Minóicos eram realmente proto-indo-europeus, o que ajudaria a traduzir as famosas inscrições do Linear A, até agora dadas como não indo-europeias. A civilização minóica teria sido destruída, crê-se, ou por uma erupção do vulcão Thera, da ilha de Santorini, ou pela invasão dos indo-europeus fundadores de Micenas, ancestrais directos dos modernos Gregos.
Foram comparadas amostras de trinta e sete esqueletos encontrados numa caverna em Lassithi, Creta, com amostras de cento e trinta e cinco esqueletos modernos e antigos. As minóicas mostraram vinte e uma variações mitocondriais distintas, das quais seis eram exclusivamente minóicas e quinze partilhadas com populações modernas e antigas. Nenhuma das amostras minóicas tinha qualquer variação de ADN característica de populações africanas. Análises posteriores revelaram que os Minóicos só muito remotamente tinham parentesco com populações egípcias, líbias e outras do norte de África. A maior percentagem de variação mitocondrial de ADN dos Minóicos é partilhada com populações europeias actuais, especialmente do norte e ocidente da Europa. Por ordem de proximidade relativamente aos Minóicos estão pois a Europa ocidental, a Europa meridional actual, as ilhas mediterrânicas, o Cáucaso, o Médio Oriente e o norte de África. A maior percentagem das variações mitocondriais de ADN partilhadas foram encontradas nas populações neolíticas da Europa do Sul. A análise mostra também um elevado grau de similitude entre a actual população do planalto de Lassithi e a Grécia. A informação genética maternal transmitida ao longo de gerações está ainda presente nos actuais residentes da área onde os esqueletos minóicos foram encontrados. 
Fontes:
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2325768/The-Minoans-Caucasian-DNA-debunks-longstanding-theory-Europes-advanced-culture-Africa.html#ixzz2cXz55wRu 
http://www.livescience.com/31983-minoans-were-genetically-european.html 


3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Então, provavelmente os Minóicos seriam aparentados aos Etruscos, que também teriam vindo da Anatólia.
Povos proto-indo-europeus, portanto.
Isto deita por terra a hipótese da "Old Europe": nunca existiram povos pré-Indo-Europeus, porque todos os europeus são, de uma forma ou outra, Indo-Europeus, mais ou menos arcaicos.
Muito provavelmente, os Iberos e os Bascos formariam outro ramo Indo-Europeu, mas mais diferenciado e remotamente relacionado. Outro tanto se passará certamente com os Pelasgos, os povos do Cáucaso, Pictos, Lígures, Cónios, Turdetanos, Norte Picenos e Aquitanos. Possivelmente também os Burushaski farão parte, embora com parentesco distante.
Asgravuras rupestres de Foz Côa foram executadas por grupos humanos proto-Indo-Europeus autóctones, ou então, os primeiros a chegar à região.
À excepção dos povos da família Semita, todos os caucasóides pertencem à família etno-linguística Indo-Europeia ou Árica.

22 de agosto de 2013 às 18:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Bom saber disto.

22 de agosto de 2013 às 23:16:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«À excepção dos povos da família Semita, todos os caucasóides pertencem à família etno-linguística Indo-Europeia ou Árica.»

A ideia é sedutora, mas parece aventurosa de mais, pelo menos por enquanto.

23 de agosto de 2013 às 00:20:00 WEST  

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