FORTALECE-SE O APOIO DO NACIONALISMO EUROPEU À INTEGRAÇÃO EUROPEIA DA RÚSSIA

Fonte: http://www.alertadigital.com/2013/08/08/marine-le-pen-defiende-la-salida-de-francia-de-la-otan-y-un-mayor-acercamiento-a-rusia/

Em França, a líder da Frente Nacional (FN) Marine Le Pen declarou, em entrevista ao diário Kmmoersant, ser favorável à saída do seu país da OTAN e da zona euro, afirmando por outro lado que Moscovo deveria cooperar em maior grau com políticos que, tal como ela própria, defendem a integração da Rússia na Europa: «a Rússia não é suficientemente activa na hora de fomentar as relações com actores e políticos europeus que, como eu, simpatizam com ela».

A carismÁtica e pertinaz loira, filha do fundador da FN, o bretão zarolho Jean-Marie Le Pen, fez em Junho a sua primeira visita oficial à Rússia. Diz não se sentir no direito de «dar lições de Democracia» ao Estado Russo e confessa sentir «uma certa admiração» por Vladimir Putin, primeiro-ministro russo e candidato do partido oficialista Rússia Unida às eleições presidenciais do próximo mês de Março: «parece-me que Vladimir Putin tem carácter e visão do futuro, necessário para assegurar à Rússia a prosperidade que merece. Uma cooperação mais activa com França e outras nações europeias poderia acelerar este processo.»

Afirma que, em matéria de civilização, Paris tem mais interesses em comum com Moscovo do que com Washington, mas o presidente Sarkozy, diz, «volta as costas aos Russos» e a imprensa francesa, na esteira dos EUA, «demoniza a Rússia».

Marine Le Pen está convencida de que a Frente Nacional é o único partido que segue a política do general Charles de Gaulle na defesa de uma França autónoma, forte e influente. Pronuncia-se por isso no sentido de «recuperar a soberania financeira e a moeda própria», dizendo que, se ganhar as eleições, a França irá separar-se da OTAN. Censurou por outro lado a intervenção do Ocidente no norte de África e sugeriu que se confiassem as resoluções dos problemas da Líbia, do Egipto e da Tunísia aos seus vizinhos africanos e árabes.

Não deixou entretanto de salientar a necessidade de «reduzir até um mínimo imprescindível» a imigração em França, que acolheu dez milhões de pessoas nos últimos trinta anos: «está na hora de travar esta invasão», lembrando as palavras de Putin segundo as quais «a França pode vir a tornar-se numa colónia das suas antigas colónias.»

Mais um bom exemplo da FN sob a liderança de Marine Le Pen, pelo menos até ver. A Rússia é, de facto, uma nação europeia, mas o carácter polémico da sua democraticidade deve ser observado de perto. De qualquer modo a influência de tendência ideológica etnicista que o urso eslavo pode exercer na política do ocidente europeu tem a todo o custo de ser aproveitada.