quarta-feira, julho 31, 2013

SOBRE O VÉRTICE SUPERIOR DA HERANÇA RELIGIOSA EUROPEIA


«Contemplai essa luz que brilha lá no Alto, a Quem todos chamam Júpiter!»
«Àquilo que em mim reside, essa luz ou o que quer que seja, lanço o meu brado.»

Énio, citado por Cícero em «Da Natureza dos Deuses»


«Vês o sublime e ilimitado fluir do éter, que tudo enlaça no Seu terno abraço? Este devemos ter como o sumo Deus. Chama-O pois Júpiter

Eurípedes, citado por Cícero, op. cit..


«Já o próprio nome "Júpiter", isto é, "o Pai que ajuda", quando declinado fica "Iovem", do verbo iuvare ("ajudar"). Dizem os poetas que Ele é "o pai dos Deuses e dos homens" e os nossos antepassados dizem que ele é o Melhor e o Maior (Optimus Maximus), e colocam o epíteto "Melhor" primeiro porque, realmente, Ele é o que mais benefícios traz, e é pois mais digno de reconhecimento ser útil a todos do que ter muitos recursos

Cícero, op. cit..


Zeus é o equivalente grego de Júpiter, e a iconografia helénica acabou por muito influenciar a romana, pelo que o aspecto de Júpiter ou de Zeus será, na Arte, basicamente o mesmo; mas não apenas o aspecto e sim também a essência, e isto já não se deve provavelmente à influência grega em Roma, mas sim à comunidade de origem étnica entre Gregos e Romanos, que é indo-europeia ou «ariana». Zeus e Júpiter são pois, respectivamente, a versão grega e a romana do grande Deus indo-europeu do céu luminoso, que é Diaus Pitar na Índia, Dievs no Báltico e, provavelmente, Tiuz na Germânia Tyr na Escandinávia. Alguns investigadores consideram que o Seu nome original, entre os mais antigos Indo-Europeus, antes da expansão das tribos vários milénios a.c., seria qualquer coisa como *Dyeus Pater, o Pai Céu, Deus do Céu Brilhante. Porque, independentemente da etimologia imaginada por Cícero, que acima se pode ler (e que é importante para compreender a noção que os seus contemporâneos tinham dos Deuses), a Linguística científica identificou a raiz dos teónimos referidos com o radical indo-europeu *Dei-, que exprime um significado de brilho relacionado com o céu, e que originou duas séries de palavras:
- teónimos, como os já mencionados;
- substantivos: «Deus» e «dia». Por exemplo, em Irlandês «Deus» diz-se «Dia», e pronuncia-se, e escreve-se, como em Português.

Coincidentemente, tanto o Diaus Pitar ariano como o Júpiter latino têm consigo relacionada a cor vermelha.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Salve Pai Céu! Que brilhe sempre no cimo mais alto.

31 de julho de 2013 às 23:17:00 WEST  

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