quarta-feira, março 06, 2013

SOBRE A ASCENSÃO DEMOCRÁTICA DO NACIONALISMO - AS EVIDÊNCIAS QUE ASSUSTAM A ELITE



Em 5 de Março de 1933, o partido nacional-socialista da Alemanha conseguiu um resultado brilhante nas eleições legislativas – 45%. Este foi o início que permitiu a Adolf Hitler mudar radicalmente o caminho da História mundial.
Hoje, a correlação de forças nos parlamentos europeus faz lembrar cada vez mais a situação existente há 80 anos. Há cada vez mais partidos de direita e de extrema-direita, cujas declarações e acções têm que ser tidas em conta pela maioria.
Nas eleições parlamentares e presidenciais nos países da União Europeia, os partidos de direita têm tido altos resultados.
A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, obteve 18% na primeira volta das eleições presidenciais francesas. Na Grã-Bretanha, o Partido da Independência, conseguiu em média 14% nas eleições locais. Os gregos deram 7% dos votos ao partido de extrema-direita Aurora Dourada nas eleições legislativas antecipadas.
Alguns analistas já comparam a disposição de forças nos parlamentos europeus e também nas ex-repúblicas soviéticas com a República de Weimar.
Por enquanto, os partidos de direita não têm a maioria nos parlamentos europeus mas podem formar coligações e grupos parlamentares. Tal como há 80 anos, tudo isto acontece numa altura de crise económica. Foi precisamente a crise que motivou o crescimento das tendências radicais, considera Vladimir Zorin, vice-diretor do Instituto de Etnologia e Antropologia da Academia das Ciências da Rússia:
“A União Europeia não resolve a questão do desenvolvimento equilibrado das várias regiões. Em muitos países, especialmente nos que perderam na Segunda Guerra Mundial, há sentimentos revanchistas. Este revanchismo é o motor do radicalismo e de tentativas de rever a História”.
Hoje, em países como a França, a Finlândia, a Áustria, a Grécia, as forças de direita deram um salto colossal. São apoiadas por 10-15% da população, conforme os países. Estes eleitores, na sua maioria, são jovens e a parte mais activa da sociedade, diz o vice-presidente do Centro de Comunicações Estratégicas, Dmitri Abzalov:
“A crise europeia levou ao crescimento dos mais diversos partidos radicais. Em grande parte, isso é produto dos padrões duplos em relação à condenação do nazismo. Na Ucrânia e nos países bálticos, o nazismo foi “perdoado” e justificado a nível oficial.
Na França e no Norte da Europa, as hipóteses de partidos radicais de direita terem representação parlamentar aumentaram significativamente, o que era difícil de imaginar há 5 ou 10 anos”.
A crise económica deu possibilidade às forças políticas de tipo nacionalista de obterem um apoio sério entre a população. A crise também foi a razão do fracasso das ideias de multiculturalismo. Não aconteceu uma interpenetração de culturas e tradições, começou, pelo contrário, uma contraposição entre elas.
Na onda das ideias de direita, cada vez mais populares, começou a erosão do conceito de “nazismo”. Parte dos políticos, apoiados a nível oficial, estão até prontos a rever os resultados da Segunda Guerra Mundial, considera Vladimir Zorin.
“O mundo está no limiar de novas mudanças geopolíticas. Isto tem a ver com os acontecimentos no Norte de África, com o que se passa no mundo árabe. Em muitos lugares, a situação é tensa. Muitos tentam utilizar o nacionalismo e o racismo para resolver os problemas actuais. Isto é muito preocupante e um factor importante de uma destabilização futura. Por isso, todas as forças que defendem a verdade histórica, a continuação do desenvolvimento da Europa e do mundo em geral, devem estar vigilantes”.
(...)
A usual conversa da treta sobre o que motiva o crescimento do Nacionalismo em toda a Europa - como de costume, os alegados «analistas» que nem tentam esconder o seu anti-nacionalismo primário, tal é o à vontade com que falam debaixo da cobertura dos donos, garantem que é «por causa da crise» que a população vota cada vez mais na Extrema-Direita. O ardil moral é óbvio: este voto constitui uma manifestação de desespero e se as pessoas não estiverem tão assustadas podem pensar melhor e votar portanto noutros partidos, mais consentâneos com os «valores« que a elite impinge ao povo de cima para baixo...
Claro que referir o facto, incontestado, de que mesmo antes da crise o Nacionalismo já crescia em toda a Europa é pormenor que não vem a propósito, porque pode ser que a memória das pessoas seja curta e isso caia no esquecimento... e claro que se as pessoas estão assustadas é porque têm razão para isso - porque a elite reinante conduziu, factualmente, a esta situação. Se o voto nacionalista fosse pois apenas uma questão de desespero, constituíria nada mais que uma prova da sabedoria popular - tempos drásticos exigem medidas drásticas e as forças vitais do organismo reagem como podem, saudavelmente, combatendo a infecção como podem e as desordens genéticas internas também...

4 Comments:

Anonymous PEDRO LOPES said...


Eu gosto dessa gaulesa. É uma guerreira.
Força Maria.

6 de março de 2013 às 12:06:00 WET  
Anonymous PEDRO LOPES said...


Qualquer partido nacionalista, mesmo que não se identifique com o nazismo tem de levar logo com essa mocada do nazismo.
Nunca vi um artigo na imprensa controlada a tentar rebater os seus argumentos. Apenas atiram nazismos, racismo para cima.

Espero que um dia todos estes globalistas de esquerda e de direita se fodam e desapareçam para sempre.

6 de março de 2013 às 12:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Espero que um dia todos estes globalistas de esquerda e de direita se fodam e desapareçam para sempre."


isso não vai acontecer só por o desejarmos.
eles só vão desaparecer, se forem eliminados (politicamente é claro, como diz o Caturo).
não vão desaparecer espontaneamente, e muito menos de livre vontade.

6 de março de 2013 às 17:40:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Caturo disse...
«...e as forças vitais do organismo reagem como podem, saudavelmente, combatendo a infecção como podem e as desordens genéticas internas também...

[Modo antifa activado]

Ai, que alarvidade! Toda a gente sabe que esses mecanismos racistas foram desenvolvidos porque vivíamos em tribos, mas agora são anacrónicos e contraproducentes, porque não existem raças, a raça é uma construção social, somos todos cidadãos do mundo, e somos todos iguais na nossa condição de escravos do capital e do imperialismo, devias dedicar o teu tempo a combater a injustiça social e o desemprego e não a fomentar ódios, blá blá blá...

[Modo antifa desactivado]

É óbvio que se trata realmente de uma infecção. E que só quem não ama os seus - e a si próprio - é que pode dizer o contrário.

7 de março de 2013 às 12:45:00 WET  

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