terça-feira, março 12, 2013

NA SUÉCIA - CRÍTICOS QUEREM IMPEDIR QUE MÚSICA DE WAGNER SEJA OUVIDA EM LUGARES PÚBLICOS

Tem-se vindo a planear na Suécia a difusão da música do compositor alemão Richard Wagner em praças e parques públicos. Todavia, alguns investigadores levantaram oposição a esta ideia, argumentando que a música wagneriana, do século XIX, contém uma «mensagem nazi» e tem uma «herança racista». Um destes críticos é o músico Gunno Klingfors, que chega a acusar Wagner de «abrir caminho aos nazis e a Adolf Hitler».
Ora Wagner morreu em 1883, cerca de meio século antes de o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP, em Alemão: Nazional-Sozialistiche Deutsche Arbeit Partei), o de Hitler, subir ao poder na Alemanha. Wagner era de facto anti-judeu e cultor da cultura germânica, mas acusá-lo seja do que for em matéria de (alegadas) barbáries é seguramente pior que acusar o judeu Karl Marx pelos gulagues...
Na opinião de Klingsor, os trabalhos de Wagner têm sido utilizados como símbolo de que «a raça branca é a única que é boa», e ter tal opinião, já se sabe, constitui o pecado mortal por excelência de acordo com a Boa e Sã Doutrina da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente...
Gunno Klingfors alvitra entretanto que a música de Wagner cria um ambiente místico que ameaça os Judeus, assinalando que Wagner considerava serem os Judeus inimigos da raça árica. Na verdade, Wagner dizia que a música da sua época tinha de lutar contra a comercialização criada por judeus da sua geração.

E, independentemente das ideias de Wagner, não haja dúvida que a sua música constitui um ponto alto da cultura europeia da época contemporânea. E até já em Israel ela é tocada...

Aproveita-se a deixa para aqui expor uma magnífica parte da sua obra «O Ouro do Reno», muito pouco ouvida popularmente - a entrada dos Deuses no Valhalla (que na tradição escandinava é o palácio dos heróis mortos em combate mas que na versão wagneriana do mito é o palácio dos Deuses):