terça-feira, janeiro 01, 2013

COMEÇA O MÊS CONSAGRADO AO DEUS DOS INÍCIOS...


Estátua de Janus junto à Ponte Fabricio, sobre o rio Tibre, em Roma; a estátua está aí desde a construção original da ponte, em 62 a.c.. Até aos dias de hoje há na população a crença de que dá sorte tocar a cabeça desta estátua de Janus ao atravessar a ponte.

Janus, Deus dos Começos, o Primeiro dos Deuses, Porteiro dos Céus, Cuja chave como símbolo foi mais tarde «usurpada» por «São» Pedro, o porteiro do céu na tradição cristã...
 
A celebração do Ano Novo em Janeiro tem clara origem pagã, tendo inclusivamente sido combatida pelas autoridades cristãs. Há diversos testemunhos de que as igrejas cristãs a condenaram na Península Ibérica - condenaram o festejo das Calendas (primeiro dia) de Janeiro, festejo este que data do tempo da república romana. Martinho de Braga criticou no século VI o costume de celebrar o Ano Novo durante as calendas de Janeiro («De Correctione Rusticorum» 10, 1-2) e não durante a Páscoa, como mandava a tradição judaico-cristã primitiva. Antes disso, no século IV, o bispo Paciano de Barcino, de Barcelona, lamentou num texto (El Cervulus) que se continuasse a praticar o velho costume hispânico de trajar peles e cornos de animais (cervos, novilhos, touros) para festejar a entrada no Novo Ano durante as calendas de Janeiro, quando a população formava coros, cantava e bailava. O cânone do concílio IV  de Toledo (em 633) predica a dedicação de um dia especial, no início do ano, para jejum e abstinência, em contraposição ao costume pagão de celebrar a data. Esta tradição pagã está igualmente atestada no sul da Gália, segundo Cesareo de Arlés. E ainda hoje sucede que em Los Molinos, povoado da Serra de Madrid, se realizam mascaradas no começo do ano, em que homens se cobrem com peles e cornos taurinos (segundo J.M. Blázquez), o que também acontece noutras áreas da meseta ibérica e ainda nos Pirinéus, mas durante o Carnaval.
 
Em Portugal não sei, que este texto (a parte a itálico) saquei-o de uma site em Castelhano...

1 Comments:

Anonymous gilson said...

ainda remete pro mito platonico do androgino :)

"Na leitura completa do mito do andrógino, segundo Platão, havia, na origem da Humanidade, três seres: Andros, Gynos e Androgynos, sendo Andros entidade masculina composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas, Gynos entidade feminina, mas com características semelhantes, e Androgynos composto por metade masculina, metade feminina. Porque eram muito poderosos, os deuses resolveram separá-los: seccionado Andros, originaram-se dois homens, que, apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um por o outro. O mesmo ocorre com os outros dois. Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos, às lésbicas e Androgynos, aos heterossexuais. Segundo Aristófanes, seriam então divididos aos terços os heterossexuais e homossexuais".

gostei muito do seu post!!..

1 de janeiro de 2013 às 14:35:00 WET  

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