«NOITE DAS BRUXAS» - CELEBRAÇÃO MAIOR DO OCIDENTE EUROPEU
Endovélico
Deus céltico «lusitano» oracular do Outro Mundo e da Medicina
Morrigan
Reconstituição hipotética do santuário de Cabeço das Fráguas, onde foi encontrada uma inscrição em língua alegadamente lusitana descrevendo um sacrifício a Laebo, Trebopala, Iccona Loiminna, Trebaruna e Reve; possível local de culto nesta festividade, a deduzir a partir de informação fornecida por Vasco Adriano Rodrigues a respeito de determinado costume foclórico da área da Guarda; a imagem imediatamente seguinte mostra a área tal como está na actualidade.
ou «Grande Rainha», Deusa irlandesa do Outro Mundo, da Magia e da Guerra, possivelmente equivalente à lusitana Trebaruna
Reconstituição hipotética do santuário de Cabeço das Fráguas, onde foi encontrada uma inscrição em língua alegadamente lusitana descrevendo um sacrifício a Laebo, Trebopala, Iccona Loiminna, Trebaruna e Reve; possível local de culto nesta festividade, a deduzir a partir de informação fornecida por Vasco Adriano Rodrigues a respeito de determinado costume foclórico da área da Guarda; a imagem imediatamente seguinte mostra a área tal como está na actualidade.
E agora, no fim do dia trinta e um, e (simbolicamente) antes do início do primeiro dia de Novembro, falemos de coisas sérias...
Esta noite celebra-se a passagem do ano na antiga religião céltica do Ocidente europeu.
Na Gália, chamava-se Samonios; na Irlanda, Samhain. O termo designa o fim do Verão, isto é, o terminus da estação quente, luminosa, e o início da estação fria e sombria, princípio do ano no calendário celta. Efectivamente, do mesmo modo que os povos célticos contavam o tempo por noites, não por dias, também o seu ano começava em tempo de escuridão.
Acreditavam este povos que nesta altura do ano se tornava especialmente efectivo o contacto entre o mundo dos vivos e o Outro Mundo, o dos mortos. Uma vez que se tratava aqui de um tempo caótico, um tempo simbolicamente entre os tempos, ou seja, antes do ano seguinte e depois do ano anterior, era socialmente lícito assumir comportamentos desregrados e desordenados. Neste contexto inserem-se as mascaradas e a folia pela noite dentro.
Na Gália, chamava-se Samonios; na Irlanda, Samhain. O termo designa o fim do Verão, isto é, o terminus da estação quente, luminosa, e o início da estação fria e sombria, princípio do ano no calendário celta. Efectivamente, do mesmo modo que os povos célticos contavam o tempo por noites, não por dias, também o seu ano começava em tempo de escuridão.
Acreditavam este povos que nesta altura do ano se tornava especialmente efectivo o contacto entre o mundo dos vivos e o Outro Mundo, o dos mortos. Uma vez que se tratava aqui de um tempo caótico, um tempo simbolicamente entre os tempos, ou seja, antes do ano seguinte e depois do ano anterior, era socialmente lícito assumir comportamentos desregrados e desordenados. Neste contexto inserem-se as mascaradas e a folia pela noite dentro.
Era também nesta data que na mitologia irlandesa se situava a mítica Cath Mag Tuireadh, grande batalha entre os Deuses Tuatha de Dannan e os monstruosos Fomor.
Nuada
Rei dos Tuatha de Dannan, em batalha, sendo esta data marcada, entre outras coisas, pela segunda grande batalha entre os Deuses e as forças do caos
Um dos Deuses que teriam sido adorados na Irlanda na época do Samhain é Crom Cruaich, possível equivalente do Crouga lusitano-galaico.
Trata-se de um elemento da mais genuína cultura europeia; esta celebração só se popularizou na América por intermédio da maciça imigração irlandesa, visto que, inicialmente, os puritanos dos EUA a reprimiam, isto é, adoptavam a postura cristã mais rígida, enquanto, antes disso, a Igreja tinha adoptado a postura cristã mais maleável e manhosa, que consistiu em cristianizar as festas pagãs, daí o Samhain ter originado o «Halloween» e, em Portugal, o Dia de Todos os Santos. Como se pode ler nesta notícia,
A festa de todos os mártires era nos primeiros séculos da cristandade a 13 de Maio. Passou para Todos-os-Santos a 1 de Novembro de 835 com vista a ocupara tradição do Samhain, que era o Ano Novo para os pagãos celtas.
Os Irlandeses celebravam-na por isso com grande fervor e levaram essa tradição para além mar. Ver mais pormenores aqui, num curto documentário, um bocado simplificado e básico (na linha da americanice por vezes bacoca que agora domina o canal de História da TVCabo), mas suficientemente claro e informativo.
A festa de todos os mártires era nos primeiros séculos da cristandade a 13 de Maio. Passou para Todos-os-Santos a 1 de Novembro de 835 com vista a ocupara tradição do Samhain, que era o Ano Novo para os pagãos celtas.
Os Irlandeses celebravam-na por isso com grande fervor e levaram essa tradição para além mar. Ver mais pormenores aqui, num curto documentário, um bocado simplificado e básico (na linha da americanice por vezes bacoca que agora domina o canal de História da TVCabo), mas suficientemente claro e informativo.
O mais interessante nesta celebração é que a sua forma comercializada é essencialmente semelhante à forma tradicional portuguesa - crianças que, em conjunto, batem à porta a pedir comida a coberto de uma simbologia, ou um poder sobrenatural (os fantasmas das máscaras americanas, o «pão por Deus» em coro das crianças portuguesas), e que, em vendo-lhes recusado o pedido, lançam sobre o morador não generoso alguma forma de maldição.
Quanto ao aspecto sombrio, que tão marcadamente caracteriza o «Halloween» anglo-saxónico, também existe na tradição portuguesa - segundo Leite de Vasconcellos, citado por Consiglieri Pedroso, há em Mondim da Beira a crença de que «as almas fazem na noite de Todos os Santos uma procissão com muitas luzes».
A festividade tem profundas raizes na tradição portuguesa, que serão eventualmente de origem pré-romana: vale a pena lembrar o que diz o professor Adriano Vasco Rodrigues na sua obra «Os Lusitanos - Mito e Realidade»: segundo o autor, a festa do Primeiro de Novembro era a mais importante do ano para os pastores da Serra da Estrela, mais até do que o Natal, sendo também celebração de primeiro plano na Estremadura.
E porquê?
Porque o Natal consiste na celebração do solstício de Inverno, sendo por isso uma festividade típica de povos sedentários e agrícolas, enquanto o Primeiro de Novembro, marcando o começo da estação sombria (por oposição à luminosidade do Verão e da Primavera), é próprio de povos nómadas, semi-nómadas, enfim, gentes de economia pastoril, que nesta altura recolhem o gado e abatem a parte deste que não podem guardar.
Mais adianta, Vasco Rodrigues, que, na aldeia de Longroiva (possível descendente do castro de Longóbriga), os jovens subiam ao Morro da Faia, monte íngreme, levando consigo figos e uma cabaça de vinho ou de aguardente, e, uma vez no seu topo, lançavam pedras, evocando um santo a cada lançamento e bebendo um trago de vinho em sua honra.
Estas pedras podem bem ser resquícios das cabeças de gado que outrora eram sacrificadas pelos Celtas em grandes hecatombes, pois que esta era a altura de abater todas as reses que não fossem necessárias à criação. Assim, na Serra da Estrela, é este o momento em que os pastores se reúnem e abatem o gado que não podem guardar no Inverno. Tomei conhecimento, já não sei onde, que há um ritual similar em aldeias escocesas, isto é, em plena nação celta...
E porquê?
Porque o Natal consiste na celebração do solstício de Inverno, sendo por isso uma festividade típica de povos sedentários e agrícolas, enquanto o Primeiro de Novembro, marcando o começo da estação sombria (por oposição à luminosidade do Verão e da Primavera), é próprio de povos nómadas, semi-nómadas, enfim, gentes de economia pastoril, que nesta altura recolhem o gado e abatem a parte deste que não podem guardar.
Mais adianta, Vasco Rodrigues, que, na aldeia de Longroiva (possível descendente do castro de Longóbriga), os jovens subiam ao Morro da Faia, monte íngreme, levando consigo figos e uma cabaça de vinho ou de aguardente, e, uma vez no seu topo, lançavam pedras, evocando um santo a cada lançamento e bebendo um trago de vinho em sua honra.
Estas pedras podem bem ser resquícios das cabeças de gado que outrora eram sacrificadas pelos Celtas em grandes hecatombes, pois que esta era a altura de abater todas as reses que não fossem necessárias à criação. Assim, na Serra da Estrela, é este o momento em que os pastores se reúnem e abatem o gado que não podem guardar no Inverno. Tomei conhecimento, já não sei onde, que há um ritual similar em aldeias escocesas, isto é, em plena nação celta...
Ao mesmo tempo, é curioso que na tradição anglo-saxónica haja um só dia de celebração nesta festividade, ao passo que na tradição portuguesa há dois: o Dia de Todos os Santos, primeiro, e, a seguir, o Dia dos Mortos. Ora, sabendo-se que o Catolicismo aniquilou o politeísmo por meio da substituição dos Deuses por Santos, e que, em total contraste, os protestantes, mais radicais e austeros, pura e simplesmente suprimiram por completo tudo o que se parecesse com o politeísmo, acabando com o culto dos Deuses sem «dar» ao Povo nada em troca (daí que o Protestantismo seja geralmente considerado mais seco e frio do que o Catolicismo), pode pensar-se se «Dia de Todos os Santos» não será sucedâneo do «Dia de Todos os Deuses», talvez porque esta fosse para os pagãos da Lusitânia a celebração religiosa por excelência.
Celebre-se portanto esta data com quanto vigor for possível, é realmente aqui que está um dos baluartes da identidade mais autenticamente europeia - no contacto com as tradições mais sagradas da herança étnica ancestral.
O Caldeirão, elemento que na cultura popular moderna se associa de imediato à bruxaria e que no mundo céltico pagão (Irlanda) era um dos objectos sagrados de Dagda, o «Bom Deus», possível equivalente de Endovélico, se estiver correcta etimologia proposta por Leite de Vasconcellos para este último: «Nd + Well», ou «O Muito Bom» |
19 Comments:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/bocas-a-namorada-dao-morte-a-facada
Independentemente das raízes da "noite das bruxas", a verdade é que esta nada tem a ver com a cultura do nosso povo. Para todos os efeitos, não passa de um importação muito recente - veiculada sobretudo pelos professores de Inglês das nossas escolas. No fundo, trata-se apenas de mais uma "americanice"...
Demônios, demônios e mais demônios, é só isso que tu invocas com está maldita praga que tu chamas de religião. És um completo idiota, um boçal ridículo e estúpido. Quero ver esta sua horrenda face pagã arder no fogo do inferno.
http://oll.libertyfund.org/?option=com_staticxt&staticfile=show.php%3Ftitle=585&chapter=89814&layout=html&Itemid=27
Eis, para quem se interessar por esta temática, o link para o texto original e integral (em inglês) da obra maior de Hobbes, "Leviathan".
"Independentemente das raízes da "noite das bruxas", a verdade é que esta nada tem a ver com a cultura do nosso povo. Para todos os efeitos, não passa de um importação muito recente - veiculada sobretudo pelos professores de Inglês das nossas escolas. No fundo, trata-se apenas de mais uma "americanice"..."
Ora bem.
«Demônios, demônios e mais demônios, é só isso que tu invocas com está maldita praga»
Uma maldita praga tens tu na peida. E outra dentro dos cornos, por isso é que passas a vida a fazer triste figura de beato a pingar baba das rancorosas e cretinas beiças e a pôr por escrito a imundice mentecapta que és, tu e afins. Não percebeste ainda que a tua religião tem mesmo, mesmo, de ser deitada abaixo em solo ocidental, e os seus locais de culto roubados aos pagãos devem ser retirados às igrejas. A ainda nominal dominação cristã constitui, só por si, uma ofensa obscena à Europa.
«Independentemente das raízes da "noite das bruxas", a verdade é que esta nada tem a ver com a cultura do nosso povo. Para todos os efeitos, não passa de um importação muito recente - veiculada sobretudo pelos professores de Inglês das nossas escolas. No fundo, trata-se apenas de mais uma "americanice"...»
Não é assim. O Halloween é mais semelhante do que dissemelhante em relação às nossas tradições: tanto este como o Dia de Todos os Santos têm a mesma origem céltica, e, já agora, até a designação é igual: «All hallows's evening > Haloween».
Quanto à celebração com abóboras e etc. é simplesmente a versão comercial da coisa - e embora isso possa parecer irritante a quem não gosta do estilo expansivo e alegro-quase-negróide dos Ianques (e eu não gosto), a verdade é que dinamiza, fertiliza, uma festividade antiga. O comércio, em si, não tem mal nenhum. Comércio é vida. E em Fátima observa-se isso mesmo...
Esta é pois uma «importação» assaz salutar, que vivifica a nossa própria herança, que em última análise é pagã indo-europeia.
uma "americanice"...
1 de Novembro de 2012 13:56:00 WET
TA, MAS DE ORIGEM IRLANDESA
"O Halloween é mais semelhante do que dissemelhante em relação às nossas tradições: tanto este como o Dia de Todos os Santos têm a mesma origem céltica, e, já agora, até a designação é igual: «All hallows's evening > Haloween»."
E quais são os registos que demonstram que os povos celtas localizados na península ibérica tinham algum culto aos mortos no dia findado?
"Esta é pois uma «importação» assaz salutar, que vivifica a nossa própria herança, que em última análise é pagã indo-europeia."
Eu não vou passar a dar doces aos miúdos no dia de Halloween. E se eu quiser me mascarar faço-o no Carnaval.
Eu não dou doces a crianças que não conheço de lado nenhum, mas também nunca dei «pão por Deus». E agora tanto me posso mascarar no Carnaval como na «Noite das Bruxas».
«E quais são os registos que demonstram que os povos celtas localizados na península ibérica tinham algum culto aos mortos no dia findado?»
Teriam pelo menos qualquer tipo de celebração de primordial importância, como parecem indicar os factos referidos neste tópico, nomeadamente no que se refere à celebração do Primeiro de Novembro por parte dos pastores da Serra da Estrela. E o facto de o «culto dos mortos» nesta data fazer hoje parte da cultura tradicional portuguesa, indica, ou que já existia antes da cristianização, ou que foi trazida pela cristianização, mas ainda assim tem uma origem pagã céltica, na medida em que se celebra nesta altura do ano.
"Teriam pelo menos qualquer tipo de celebração de primordial importância..."
Isso não chega.
Depende do que se procure.
Excelente texto ......
És um ousado e desgraçado pagão insignificante, suas considerações sobre a verdadeira religião européia não abalarão a verdade; o paganismo está morto, isto é fato, o que tu e outros estafermos denominam de paganismo, não passa de uma orgia colorida de homossexuais, lésbicas e doentes mentais.
O politeísmo de verdade que vertia sangue em seus cultos foi exterminado pela ação dos corajosos guerreiros de outrora.
Queria ver tu pedires socorro a estas suas divindades pagãs porcas quando estiveres queimando no inferno. Será completamente inútil.
Mais inútil és tu - e por mais que guinches, a verdade é que os verdadeiros Deuses europeus ascendem em solo ocidental enquanto o teu desgraçado crucificado vai a pique, perdendo igreja atrás de igreja. E mete nesses cornos de beato capado que valia mais ir para o inferno na companhia de outros pagãos do que ir para o céu do teu «Deus» judeu. Isto se o que dizes tivesse qualquer préstimo, claro - porque se alguém for para o inferno pelas suas crenças, será seguramente a beatagem branca que souber da existência do culto aos seus Deuses ancestrais e mesmo assim persistir em pôr-se de joelhos diante de um judeu morto.
«És um ousado e desgraçado pagão insignificante,»
Ora se eu sou insignificante mas tu estás sempre aqui, todos os dias, a pingar baba de rancor por tudo quanto escrevo, isso então faz de ti o cúmulo da insignificância - mas tu até gostas de proceder assim, a auto-humilhação condiz com o Cristianismo. :)
«suas considerações sobre a verdadeira religião européia»
Já te expliquei, rato de sacristia, porco da sé, lúmpen das batinas, Burro do Presépio, Basbaque de Cristo, que a verdadeira religião europeia é a do culto a Júpiter, Lug, Thor, Perun, e todos os outros Deuses dos nossos ancestrais, que são honrados de pé. Só isto é religião europeia. A imposição à Europa do culto a um judeu crucificado foi a maior tragédia, e o maior insulto, da História conhecida - uma verdadeira obscenidade, que um dia terá de ser compensada.
«o paganismo está morto, isto é fato,»
Não, favelado, não é facto - o único facto concreto é que o Paganismo está a disseminar-se por toda a Europa, bem como na América do Norte, na Austrália, até no Brasil. Isto sim, é facto. O resto é chiadeira de beato com mau perder.
«o que tu e outros estafermos denominam de paganismo, não passa de uma orgia colorida de homossexuais, »
Alto... estás a baralhar as coisas. As orgias realizadas no «Vaticano» recentemente divulgadas, bem como os incontáveis milhares de casos de pedofilia panasca na Bélgica, EUA, Portugal, Alemanha, etc., não são para aqui chamados. Vai-te calando...
«O politeísmo de verdade que vertia sangue em seus cultos»
Não, tanso, havia Politeísmo sem sangue, como já te expliquei e provei.
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