O INÍCIO DE OUTUBRO VISTO PELO PNR
> Impunidade. O Ministério Público arquivou o inquérito relativo aos documentos bancários (constituição de offshore e movimentos de dinheiro) de Celestino Monteiro, tio do ex-primeiro-ministro José Sócrates, por não revelaram, só por si, qualquer ilícito criminal.
Nunca será possível o país sair da crise se, desde logo, a Justiça não funciona, servindo antes para dar cobertura aos crimes dos poderosos. Como é possível que se arquive um processo destes? Será normal a família de José Sócrates ser assim tão rica, fruto do seu trabalho honesto? Só com o PNR haveria coragem para se encetar uma verdadeira “Operação mãos limpas” que desse caça aos políticos corruptos e ladrões, responsabilizando-os, condenando-os e obrigando-os a devolver o que saquearam à Nação.
> O polvo. Maçonaria domina aparelho do PSD. Quem pensava que as ligações à Maçonaria eram só de elementos do PS, desengane-se: membros da Grande Loja Legal de Portugal controlam Lisboa e Porto, as duas maiores distritais. Objectivo: influenciar escolha de candidatos às autárquicas. A maior distrital do País (Porto) tem na sua direcção várias figuras com ligação à maçonaria, nomeadamente o secretário-geral, Ricardo Almeida, e o vice-presidente Miguel Santos.
Esta sinistra organização alastra como um vírus. Para a curar não bastam “analgésicos” ou “antibióticos”, mas sim uma verdadeira operação: a Operação Mãos Limpas, defendida pelo PNR, para extirpar os corpos estranhos e nocivos que atacam a sociedade portuguesa e a Nação em geral.
> Faz de conta. Três quartos dos quase 200 milhões de euros que o Governo pretendia reduzir à despesa através da proposta de extinção de algumas fundações e do corte no financiamento a outras é conseguido através da eliminação das verbas transferidas para a Fundação das Comunicações Móveis, responsável pelos computadores Magalhães.
A montanha pariu um rato. Mais uma forma vergonhosa de enganar os portugueses. O corte sério nas fundações permitia, por exemplo, baixar o em IVA 2%.
> Banca ganha com dívida externa. A carteira de dívida pública portuguesa dos bancos nacionais, a mais de um ano, valorizou-se, em menos de três meses, em mais de cinco mil milhões de euros.
Mais uma notícia sobre o mundo do capital não produtivo, onde as regras do jogo são constantemente falseadas, com os governos a emprestarem a bancos para estes emprestarem aos governos. Urge mudar o paradigma materialista da engenharia financeira que sustenta este sistema, baseado na usura e no poder desmesurado da banca. Há que estabelecer ordem e regras muito claras neste sector.
> Roubar a todo o custo. Em conferência de imprensa após a reunião com os parceiros sociais, o primeiro-ministro sinalizou que será pelo agravamento de impostos – IRS, tributação sobre o capital e o património, e uma taxa sobre parte ou a totalidade do subsídio de Natal dos privados -, que se compensará a queda da Taxa Social Única e que se contornará o veto do Tribunal Constitucional.
Deixada cair a TSU, vai-se roubar noutra esquina, com aplicação de um imposto nos subsídios e mais, ainda, no IRS, com a diminuição de escalões. E com isto continuam a ir só às algibeiras dos assalariados. E não é preciso ser-se economista para se perceber que se existir menos dinheiro nos orçamentos familiares, logo o consumo interno ressente-se, com o resultante agravamento do desemprego e aumento de falências. Lá tocarem nos interesses dos amigos maçons e outros lóbis, é que não. As PPP continuam quase intocáveis, as adjudicações directas continuam alegremente, as consultorias e estudos continuam a “comer” fortunas ao Orçamento de Estado, e isto para não se falar das fundações, das benesses à banca, grandes ordenados e por aí fora…
> Derrapagem. O Banco Central Europeu anunciou que o custo associado à construção da sua nova sede em Frankfurt derrapou para um total próximo de 1,2 mil milhões de euros. O custo derrapou 40% face ao orçamentado inicialmente.
As derrapagens não são só um apanágio dos portugueses: também fazem parte desta Europa doente. Numa altura de contenção, esta obra é um insulto aos povos europeus, sobretudo àqueles a quem são pedidos maiores sacrifícios, pois é com o dinheiro dos juros dos empréstimos a esses países que se fazem estas obras faraónicas, envoltas também na nebulosa vergonha das derrapagens.
> Dependência externa… As rações de combate das Forças Armadas estão a ser compradas em Espanha. As associações militares estão preocupadas com esta dependência. O Ministério da Defesa admite alterar os critérios de aquisição.
Para além de nos tornar dependentes em caso de conflito bélico, também é uma contradição e mostra a hipocrisia de um governo que apela à produção nacional e depois permite que se compre em Espanha produtos que podem ser encontrados em Portugal. Essa situação das rações de combate espanholas nas Forças Armadas já acontece há bastantes anos porquê só agora a notícia? Deram cabo da Indústria de Defesa Portuguesa, e nunca nenhum órgão de comunicação social se preocupou com isso. Então, porquê agora a notícia? Miserável, esta comunicação social que temos! E, já agora, porque não investigam “eles” a capacidade das nossas reservas de guerra, que é quase nula? Este assunto já há muito tinha sido abordado pelo PNR e enviado – como habitualmente – à imprensa que, mais uma vez, não fez eco da nossa opinião sobre o assunto.
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