segunda-feira, outubro 29, 2012

MAIOR AUTORIDADE ESPIRITUAL DO MUNDO ISLÂMICO CONSIDERA A RÚSSIA COMO A MAIOR INIMIGA MUNDIAL DO ISLÃO

Mais um bom indício de que a Rússia constituiria a maior esperança do mundo europeu...
 
“Irmãos, nestes dias Moscovo tornou-se o inimigo do islão e dos muçulmanos, o inimigo número um”. Esta declaração sensacionalista foi feita por um dos principais estudiosos sunitas do mundo, o teólogo e xeque Yusuf Al-Qaradawi. Ele considera que a Rússia é responsável pelos assassinatos de civis na Síria.
Esta declaração é uma ameaça e não simplesmente uma explosão emocional. O xeque Yusuf Al-Qaradawi é o teólogo mais respeitado no mundo sunita. É o líder espiritual da organização terrorista Irmandade Muçulmana no Egipto, na Síria, na Líbia e em outros países do mundo muçulmano. Basta Al-Qaradawi declarar um país inimigo número um para todos os seus seguidores ouvem o seu chamado para acções activas. Al-Qaradawi escreveu mais de 120 livros, recebeu oito prémios internacionais pela contribuição inestimável para os conhecimentos fundamentais muçulmanos. Hoje é o teólogo mais influente do mundo. Está em terceiro lugar na lista dos “homens mais intelectuais do mundo” segundo a versão da revista britânica Prospect Magazine e da revista americana Foreign Policy. Na qualidade de líder espiritual do movimento Hamas, apoiou o método mais eficaz e sanguinário de actividade terrorista dos terroristas suicidas. “Milhares de teólogos islâmicos partilham da minha opinião,” declarou há oito anos Al-Qaradawi. Até mesmo quando a população civil de Israel sofreu com as explosões de terroristas-suicidas, declarou à BBC britânica que “as mulheres de Israel não são mulheres, são soldados”. Justamente depois desta declaração o movimento Hamas iniciou activas operações de combate no território de Israel. Como disse à Voz da Rússia Amit Assa, ex-coronel do Serviço geral de Segurança de Israel (Shabak) agora consultor de segurança internacional, a declaração do xeque Yusuf Al-Qaradawi colocou em risco a vida de russos no mundo inteiro. “Tal declaração hostil é um guia de acção para a Al-Qaeda, Irmandade Muçulmana e muitas outras organizações radicais. É um chamado para atacar russos em toda parte. Ele não precisa de dizer “matem os russos”. Eles têm as suas mensagens cifradas. E a declaração de “inimigo número um” é justamente uma mensagem dessas, um chamado a operações activas”. Esta é a primeira manifestação semelhante contra a Rússia. Até mesmo Ruhollah Musavi Khomeini, líder da revolução islâmica de 1979 no Irão, não chamou à Rússia inimigo número um, apesar de sempre a ter considerado “pequeno Satanás”, depois dos EUA e Israel. Muitos teólogos sunitas radicais abstiveram-se de semelhantes ataques contra a Rússia, apesar de recordarem a URSS e a sua ajuda de muitos milhões aos árabes.
O xeque Yusuf Al-Qaradawi esteve envolvido com a Al-Qaeda e outros rebeldes muçulmanos no Afeganistão. Mas ninguém poderia imaginar que chamariam à Rússia inimigo número um.
O xeque Abdul Hadi Palazzi, secretário geral da Associação Muçulmana Italiana disse à Voz da Rússia:
“Eu espero que todos os chefes espirituais dos muçulmanos da Rússia condenem semelhante declaração de Al-Qaradawi e continuem a seguir a política de paz e lealdade em relação à Rússia.”
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