EDIÇÃO DA VISÃO: «PORTUGAL NO TEMPO DOS ROMANOS»
Recomendo a aquisição de uma edição da revista «Visão» sobre a Romanidade na região que é hoje Portugal e que a própria revista anuncia assim:
Sabe que os antigos Romanos - e, com eles, os nossos antepassados "portugueses" de há dois mil anos - iam todos os dias aos banhos públicos? Que muitas cidades do nosso território possuíam então imponentes teatros e anfiteatros? Que Bracara Augusta (a actual Braga) era maior e mais importante do que Lisboa? Que Tróia, em frente de Setúbal, era um importante centro de fabrico de conservas de peixe exportadas para os quatro cantos do mundo conhecido? Que no Sotavento algarvio se erguia uma vasta cidade chamada Balsa? E isto tudo um bom milénio antes de D. Afonso Henriques ter nascido, quando Portugal ainda não existia como entidade política mas quando, evidentemente, já era habitado por mulheres, homens e crianças - por sinal mais "civilizados" na aceção corrente do termo do que os contemporâneos do nosso primeiro rei.
Pois bem: estas e muitas outras revelações - chamemos-lhes assim, pois embora não se trate de novidades são sem dúvida realidades bastante esquecidas - são feitas no número 17 da VISÃO História, posto à venda a partir de 27 de Setembro, inteiramente dedicado ao Portugal Romano.
Se não encontrar a VISÃO História na banca, pode encomendá-la através do telefone 707 200 350, contacto telefónico através do qual também é possível fazer uma assinatura da revista, ou em www.assineja.pt.
Os textos são redigidos por especialistas na matéria e apresentam, pelo que até agora pude ver em sucinta vista de olhos, uma panorâmica resumida mas assaz informativa. Destaco, por interesse pessoal, os artigos relativos à Religião e à Lusitânia.
Claro está que muita da informação contida neste volume pode facilmente ser encontrada, «gratuitamente», na Internet. Mas na prática a esmagadora maioria das pessoas não tem o chamado vagar para ler longos textos no ecrã, além de que, iludida pela relativa facilidade de acesso aos mesmos, acaba por nem sequer os imprimir para os ler noutra altura, sem esquecer que ao preço a que a tinta da impressora está, umas quantas folhas escritas em condições também não ficam baratas ao internauta. Acresce que a pequena obra oferece conhecimentos básicos e essenciais já sistematizados e sumarizados, o que facilita a aprendizagem não apenas aos simples curiosos mas também aos amadores propriamente ditos no bom sentido («os que amam» e aprendem por gosto...), quando não aos próprios estudiosos atafulhados de referências bibliográficas e a conseguir ver utilidade numa espécie de guia de estudo.
2 Comments:
Hoje de madrugada, acabei a leitura de um título que me emocionou muitíssimo: «The Quest For Corvo: An Experiment In Biography», de A. J. A. Symons, sobre o vergonhosamente olvidado escritor, fotógrafo e pintor Frederick Rolfe (pronuncia-se "rofe"), mais conhecido pelo pseudónimo Barão Corvo.
Já escrevi diversas vezes que Rolfe é um dos meus heróis literários - um verdadeiro génio da literatura que morreu sozinho, em Veneza (1913), na mais abjecta miséria. Seja em Veneza ou em outro lado qualquer, os génios, de maneira geral, comem e morrem sozinhos - só os parasitas comem e morrem acompanhados: não é de espantar que essa palavra venha da grega "parásitos", que significa "aquele que come junto de" ou "aquele que come do mesmo prato que". Mas este não é um costume que tenha morrido na Grécia antiga: podem crer que ainda hoje existe quem faça profissão do hábito de comer dos pratos dos outros.
Anónimo que muito provavelmente é o Observador Desatento disse…
«Seja em Veneza ou em outro lado qualquer, os génios, de maneira geral, comem e morrem sozinhos - só os parasitas comem e morrem acompanhados»
A habitual conversa de misantropo ressabiado que racionaliza a sua incompetência social com os seus delírios de grandeza e de superioridade.
Se calhar, muitos desses "génios" que alegadamente morreram sozinhos descuraram a componente social e humana das suas vidas.
E se calhar, muitos desses "génios" não teriam sequer chegado a "génios" se tivessem saído mais vezes de casa e arranjado mais amigos. Ou se tivessem casado e tido filhos.
Às vezes, o preço do "génio" é uma vida de reclusão social. O "génio" é frequentemente o resultado da exclusividade e da privação.
Eu, por mim, prefiro mil vezes ser mediano ou até medíocre mas ser um ser humano razoavelmente feliz, do que ser imortal como o teu estimado Rolfe, e morrer como ele morreu.
Jamais trocaria a emoção daqueles breves segundos em que uma mulher nos olha nos olhos pela primeira vez, por mil anos a ser celebrado pelas elites vindouras. E gente que pensa assim raramente acaba sozinha.
E se isso faz de mim “um parasita”, pois seja. Já sou “racista”, “xenófobo”, “misógino”, “preconceituoso”, “homofóbico”, “islamófobo”, “anti-semita”, “nazi”, etc. Mais um rótulo não me faz mal nenhum, até porque começo a achar-lhes piada. São como os cromos, coleccionam-se! :)
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