GRANDE NOITE DO METAL FOLCLÓRICO PAGÃO EM LISBOA
Valeu bem a pena ir ao concerto de ontem, cuja cabeça de cartaz eram os russos Arkona, praticantes de um bom e de elevado potencial Folk Metal de índole pagã e étnica.
Cheguei com amigos a meio da prestação da primeira banda, os portugueses «The Spektrum», agradável surpresa e prometedora qualidade.
Seguiram-se os húngaros Dalriada (o nome é irlandês e designa o clã que liderava os Escotos que da Irlanda passaram à Escócia entre os séculos V e IX), os ingleses «Darkest Era» e, finalmente, os russos Arkona, cujo nome é o de um antigo santuário pagão eslavo que resistiu à invasão cristã de armas na mão. A banda foi fundada em 2002 por dois membros da Sociedade Eslava Neopagã Dolgoprudny, sendo um deles a vocalista, Maria Arkhipova, mais conhecida como «Masha». A sua voz é surpreendentemente boa ao vivo e a sua presença em palco, juvenil ainda, flui como água fresca e contagia jovialmente a audiência, levando-a rapidamente à roda viva da celebração conjunta. Pena foi que a sala tivesse nessa noite tão pouca gente, que este quarteto eslavo bem merece ter diante de si milhares prontos a ouvi-los. É, sem dúvida, um dos melhores focos difusores do Folk Metal de inspiração marcadamente pagã.
Infelizmente, Arkhipova apareceu em palco com uma pele de animal. Há de qualquer modo uma diferença clara entre o uso de uma determinada pele com um simbolismo específico - o da ancestralidade em ligação ao lupino - que de resto até lhe pode ter sido ofertada, e o uso constante de casacos de peles de animais, o que constitui uma forma de pactuar com uma indústria cruel de luxo. Ainda assim, lamenta-se. Enfim, não há bela sem senão...
2 Comments:
Caturo, já ouviu Krisiun?
Dá-me ideia que sim, mas não me lembro bem.
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