sexta-feira, outubro 05, 2012

CINCO DE OUTUBRO - UM DIA DE LIBERDADE E SOBERANIA DOS PORTUGUESES


Comemora-se hoje oficialmente a Implantação da República. Isto porque, como é de sobejo conhecido, foi a 5 de Outubro que a Monarquia caiu em Portugal para que em seu lugar se alçasse uma República. Tratou-se de uma manobra maçónica ou coisa que o valha, mas não deixou de se revelar meritória, apesar de toda a violência e instabilidade que marcou a época. A República é, por princípio, uma instituição mais democrática do que a Monarquia, o que está longe de significar, obviamente, que toda a república seja democrática ou que toda a monarquia seja anti-democrática. Na verdade, o país europeu com mais tradição democrática na Idade Contemporânea, o da velha Albion, é monárquico; enquanto isso, os dois expoentes máximos do totalitarismo no século XX foram as repúblicas comunistas soviéticas e chinesa. Tais factos históricos não ofuscam contudo a essência da diferença entre República e Monarquia - é incontornável que um dos regimes permite a escolha e, mais importante do que isso, a remoção dos líderes, ao passo que no outro tal substituição é notoriamente mais difícil. Acresce que, entrementes, é muito mais democraticamente edificante ser cidadão do que súbdito...

Por mais que as tradições indo-europeias sejam todas originariamente monárquicas, não me sai da cabeça que a República é um modo de governo tipicamente indo-europeu. De facto, surgiu entre Povos indo-europeus, formalmente, como na Grécia e em Roma, ou em esboço, como se observa no seio de certas tribos gaulesas e celtibéricas... Atente-se por exemplo na propaganda de guerra (que frequentemente diz mais sobre a própria mentalidade de quem a faz do que sobre o seu inimigo propriamente dito) helénica aquando das Guerras Médicas: por contraste com os Persas, os Gregos orgulhavam-se de obedecerem, não a um homem, como o «rei dos reis» persa, mas unicamente à Lei... é oportuno lembrar, a propósito, que já foi observada a diferença, na Ibéria pré-romana, entre, por um lado, os reis e príncipes tendencialmente divinizados do sul e oriente, de influência marcadamente mediterrânica, e, por outro, as assembleias e líderes eleitos das áreas centro, norte e ocidente da Ibéria, portanto, da grande zona indo-europeia da Península Hispânica, sendo esta característica tendencialmente «republicana», passe o anacronismo, particularmente visível entre os Lusitanos - todos os seus líderes cujos nomes são actualmente conhecidos, nomeadamente Púnico, Caucainos, Caisaros, Viriato, Tautalos, foram escolhidos pelo seu mérito, não consta que tivessem qualquer estatuto de carácter real.

De resto, um bom nacionalista, isto é, um racialista-etnicista, sabe bem o perigo que as famílias reais europeias andam a representar para a Europa... compostas de gente completamente educada na Igreja e no consenso politicamente correcto das elites, facilmente se moldam pela mentalidade da abertura ao alógeno, como se constata no apreço que o eventual herdeiro da coroa real portuguesa tem por África e especialmente por Timor, pela militante receptividade à imigração e à ligação africana da parte de outro que diz ser seu rival e verdadeiro herdeiro do trono, e também de um príncipe do Mónaco que já tem um filho mulato e ainda do herdeiro da coroa britânica, sempre tão simpatizante do Islão... Imagine-se o que era esta gente ter mais influência na Europa do que tem actualmente, a relativa facilidade, por exemplo, de algum monarca português ou monegasco ser mestiço, o modo como isso poderia ser utilizado para abater de vez toda a resistência «racista» do pobre cidadão ingénuo e psicologicamente indefeso diante dos mestres e propagandistas da retórica anti-racista... era a conversa totalitária do «todo-o-nacional-que-se-preze-tem-que-ser-anti-racista!» duplicada, multiplicada e elevada ao cubo...

Outra vantagem da República é que os Portugueses até ficaram brilhantemente bem servidos com o Hino «da República», A Portuguesa, cuja letra é simplesmente uma das mais belas coisas que o País tem...

 «A Portuguesa» cantada por Isabel Silvestre e tocada com gaita de foles
«A Portuguesa» cantada pelo povo

O carácter mais positivo do que negativo da queda da Monarquia não deve de qualquer modo permitir que se continue a esquecer outra efeméride que na mesma data se assinala, ou deveria assinalar - a da fundação oficial da independência portuguesa: 5 de Outubro de 1143, assinatura do Tratado de Zamora, em que o reino de Castela e Leão reconheceu o estatuto de reino a Portugal. A celebração deste evento por parte do pessoal monárquico em Coimbra constitui obviamente uma espécie de provocação e bofetada sem mão dada à República, mas o total esquecimento, por parte da República, do feito de 1143, nunca foi bom sinal da sua boa vontade para com a herança histórica da Pátria. Só por espírito de «partidarismo» mesquinho, e ampla parvoíce, é que se pode pensar que há alguma espécie de incompatibilidade entre celebrar a independência nacional e celebrar a mudança da forma de governo. A vitória política de 1143 não foi uma vitória «da monarquia», mas sim da soberania de um Povo, e obviamente que tal vitória teria de se revestir de uma forma monárquica, pois se nessa altura todos os poderes políticos soberanos eram monárquicos... do mesmo modo, a vitória política contra a monarquia em 1143, não foi a vitória sobre todo o passado português, apenas sobre uma forma de governação. Já é mais que tempo de entender que tanto o feito de 1143 como o de 1910 serviram para dignificar a liberdade desta estirpe da faixa ocidental ibérica, como se estivesse no destino da gente lusa não se submeter nem a forças externas nem a donos internos, tendência que Júlio César, agastado pela crónica resistência lusitana, condensou em famosa frase: «Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um Povo muito estranho que não se governa nem se deixa governar»*...

Não deixa entretanto de constituir coincidência valiosa que o dia de hoje fosse, na Antiguidade Romana, religiosamente consagrado ao «Mundus Patet», ou Abertura do Poço do Mundo dos Mortos, para que estes, os Ancestrais, voltassem temporariamente ao contacto com os vivos... e vem à memória a passagem do Hino Nacional que fala em escutar a voz dos Egrégios Avós.
_______

*Claro que, como dizia Platão, a melhor coisa do mundo é a medida, ou, como diz o povo, nem tanto ao mar nem tanto à terra. E toda a Democracia, tanto em Portugal como em qualquer outra parte do mundo e da História, pressupõe o justo equilíbrio da autoridade e da liberdade, até porque, ao fim ao cabo, não há verdadeira liberdade para todos se não houver autoridade...

24 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um Povo muito estranho que não se governa nem se deixa governar»*

Frase que refere-se à resistência notável que os lusitanos ofereceram à tentativa de subjugação romana (uma coisa boa), e que hoje é descontextualizadamente usada para «mostrar» que a nossa incompetência governativa é algo que faz parte da nossa natureza.

6 de outubro de 2012 às 00:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um Povo muito estranho que não se governa nem se deixa governar»*

ISSO É COMUM A TODOS OS POVOS BARBAROS..FOI ASSIM QUE OS TUGAS VIRAM OS TUPIS..COMO OS TUGAS TINHAM SIDO VISTOS PELOS ROMANOS..

6 de outubro de 2012 às 01:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, já leste isto?

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/al-qaeda-e-suspeita-de-fogos-em-portugal

6 de outubro de 2012 às 02:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Tratou-se de uma manobra maçónica ou coisa que o valha, mas não deixou de se revelar meritória, apesar de toda a violência e instabilidade que marcou a época."


meritória?
foda-se, deve ser muito "meritório", matar um rei nas ruas de Lisboa.
só mesmo um facínora pseudo-"democrata", simpatizante da maçonaria e da república parlamentar, é que acha isso bem.




"Por mais que as tradições indo-europeias sejam todas originalmente monárquicas, não me sai da cabeça que a República é um modo de governo tipicamente indo-europeu. De facto, surgiu entre Povos indo-europeus, formalmente, como na Grécia e em Roma, ou em esboço, como se observa no seio de certas tribos gaulesas e celtibéricas..."


sim, mas com uma diferença. em Roma e em Grécia não havia partidos nem nada dessas merdas.
e a população simplesmente era consultada para decidir directamente os assuntos do país e etc, etc
isso é que é Democracia.
não a pseudo-"democracia" parlamentar surgida na altura da revolução francesa e de inspiração esquerdista.
que alguém não-esquerdista ache que a républica parlamentar corrupta é o melhor que existe, só comprova realmente que a esquerda conseguiu tornar-se no "senso comum" e na "norma", ou seja, impôs a sua medida a todos, independentemente de afiliação e simpatia política.

quanto ao multirracialismo da monarquia, sim é inteiramente verdade, mas é demagógico usar o argumento de que "um bom racialista não apoia a monarquia porque isto e aquilo, bla bla"...isso é profundamente demagógico e desonesto.
eu nem sou monárquico, mas é um argumento sem pés nem cabeça, porque por essa lógica, um "bom racialista" também não apoia a democracia corrupta parlamentar, que tem exactamente o mesmo resultado da monarquia ou até pior.
e minho-timorenses não faltam no PSD ou no CDS, por exemplo. (quem precisa de monarquias?)
...do PS e dos outros mais à esquerda, nem é necessário falar.

ora, a monarquia em si, não obriga a nada disso. tal como a républica em si também não...e, portanto, quem quiser apoiar um sistema ou outro (em si) pode fazê-lo e não deixa de ser bom racialista

6 de outubro de 2012 às 03:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

hey celso, como é mesmo o nome daquela deusa da destruição do rig veda/hinduismo?existe algo comparavel em outras etnos aryas fora vulcano e cia?

6 de outubro de 2012 às 06:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

é vulcano o nome?daquele deus que tiveram de colocar o tempo na periferia de roma ja na divisa com a zona rural?

6 de outubro de 2012 às 06:28:00 WEST  
Anonymous Observador Atento said...

Vou partilhar o que penso sobre os nossos governantes: a pior coisa que pode acontecer a Portugal é ter portugueses em instituições europeias ou mundiais. Como são burros-malvados por natureza, eles ajudam os estrangeiros a empobrecer-nos. Funcionam como uma espécie de "alunos obedientes": sacrificam facilmente o interesse nacional para benefício próprio - bons salários, bons prémios e continuidade do empregos!

6 de outubro de 2012 às 11:50:00 WEST  
Anonymous OA said...

Há alunos universitários a desistir de estudar porque não têm dinheiro para as despesas correntes. Sempre achei um escândalo os alunos andarem todos de automóvel e de telemóvel na mão. Esse tempo de alucinação acabou, pelo menos aparentemente. Aprovo o controlo dos gastos: o que não aceito é o facto de desistirem de estudar por falta de dinheiro. Porém, este assunto é demasiado complexo: é necessário queimar Bolonha e reestruturar o ensino universitário. É um disparate doutorar indivíduos incompetentes e colocá-los logo a ensinar. A preparação deve ser mais longa e implica uma coexistência de assistentes, doutorados e catedráticos...

6 de outubro de 2012 às 13:31:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«a pior coisa que pode acontecer a Portugal é ter portugueses em instituições europeias ou mundiais. Como são burros-malvados por natureza»

Não digas asneiras. Esses de que falas, e na medida em que existam, são no fundo iguais a ti - desprezam o resto do Povo Português e por isso mesmo portam-se dessa maneira. É como pegar em ti e pôr-te num lugar desses - em pouco tempo estarias a borrifar-te para Portugal e irias governar apenas o teu bolso.

Há muito tempo que constato isto mesmo - os tugas que mais mal falam dos Portugueses são, ironicamente, aqueles que mais defeitos tipicamente tugas têm, a começar pelo desprezo para com a sua própria gente. Mentalidade de escravo subserviente e adorador de estrangeiros.

6 de outubro de 2012 às 19:52:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Caturo, já leste isto?

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/al-qaeda-e-suspeita-de-fogos-em-portugal»

Já, obrigado, e até já publiquei.

6 de outubro de 2012 às 19:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Tratou-se de uma manobra maçónica ou coisa que o valha, mas não deixou de se revelar meritória, apesar de toda a violência e instabilidade que marcou a época."

«meritória?
foda-se, deve ser muito "meritório", matar um rei»

Resposta idiota, como se esperaria, vinda de quem vem. Deixei claro, com o «apesar de toda a violência», que houve aspectos negativos, como de resto existem em todas as revoluções. Mas quem não tem argumentos e quer morder de alguma maneira, embora sem dentes, não tem outro remédio senão tentar distorcer o que diz o interlocutor.

E o que tem mais piada é que isto vem de quem queria atacar as estações de televisão todas à bomba... pois claro - apanhado numa declaração formalmente (e estupidamente) anti-democrática, ainda não descansou enquanto não me apanhar ainda em igual circunstância, para não ser sozinho. O costume...

6 de outubro de 2012 às 19:56:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Por mais que as tradições indo-europeias sejam todas originalmente monárquicas, não me sai da cabeça que a República é um modo de governo tipicamente indo-europeu. De facto, surgiu entre Povos indo-europeus, formalmente, como na Grécia e em Roma, ou em esboço, como se observa no seio de certas tribos gaulesas e celtibéricas..."

«sim, mas com uma diferença. em Roma e em Grécia não havia partidos»

Pois, mas os tempos são diferentes e as adaptações também. De resto, quando houver alguém que tenha uma ideia melhor do que a representação parlamentar partidária, que avance e diga qualquer coisa...



«e a população simplesmente era consultada para decidir directamente os assuntos do país»

Sim, e o referendo também está previsto nas actuais democracias - embora nuns países seja mais frequente que noutros. Na Suíça, por exemplo, há constantes referendos, o que só a beneficia. Mas isso não significa que os partidos sejam só por si contrários à existência de referendos.



«que alguém não-esquerdista ache que a républica parlamentar corrupta é o melhor que existe, só comprova realmente que a esquerda conseguiu»

Que alguém que julga ter algo para dizer mas que se limita a repetir os lugares-comuns que lê, de fugida, numa ou noutra página «nazi», sem ser capaz sequer de explicar o que está a dizer, e propôr uma alternativa concreta (essa parte é sempre omissa, porque será...), só demonstra o que tenho dito - o Nacionalismo como movimento político ainda tem de amadurecer um bocado e livrar-se dos atrasos de vida anti-democráticos, que continuam com mentalidade de gueto, e quanto mais falam com os amigos e conhecidos mais assustam/afastam as pessoas normais, depois, como ninguém os leva a sério, queixam-se de que o povinho está influenciado pelos sionistas e etc..

6 de outubro de 2012 às 20:03:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«quanto ao multirracialismo da monarquia, sim é inteiramente verdade, mas é demagógico usar o argumento de que "um bom racialista não apoia a monarquia porque isto e aquilo,»

Pior que demagógico, é desonesto, além de imbecil, estar a distorcer o que foi dito, porque, de facto, em momento algum ficou aqui escrito que a monarquia em si era contrária ao racialismo. O que ficou escrito, e agora repetido, porque pelos vistos gente de estúpida má fé continua por aí a tentar desconversar, é que as monarquias europeias da actualidade representam um perigo para a identidade racial europeia.




«porque por essa lógica, um "bom racialista" também não apoia a democracia corrupta parlamentar,»

E, como seria de esperar, a conclusão é igualmente idiota e desprovida de sentido - premissa errada, conclusão igualmente errada. Do mesmo modo que não foi dito que a monarquia é contrária ao racialismo, também não tem sentido dizer-se que a democracia parlamentar é contrária ao racialismo (e no fundo era a esta parte que algum desonesto queria chegar, já se sabe...). Que as actuais democracias parlamentares tenham tido um comportamento mortalmente perigoso para o Nacionalismo, tem sido um facto - mas é também um facto que nestas democracias parlamentares existe um forte potencial para a ascensão do Nacionalismo e, em tempo devido, do racialismo. E isso está a acontecer, factualmente, com o crescimento dos partidos nacionalistas por toda a Europa - crescimento precisamente pela via parlamentar.

Ou seja, preto no branco:
- as actuais monarquias não prometem nada de bom para o Nacionalismo;
- as actuais democracias parlamentares prometem, com números, algo de bom para o Nacionalismo.



«minho-timorenses não faltam no PSD ou no CDS, por exemplo. (quem precisa de monarquias?»

Com monarquias, os minho-timoristas teriam significativamente mais poder, uma vez que o chefe de Estado - o rei - que nunca mais poderia ser deposto, é fortemente minho-timorista, a ponto de já ter cidadania timorense. Isto é claro como água, só por crassa parvoíce se pode negar.


6 de outubro de 2012 às 20:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Que alguém que julga ter algo para dizer mas que se limita a repetir os lugares-comuns que lê, de fugida, numa ou noutra página «nazi», sem ser capaz sequer de explicar o que está a dizer, e propôr uma alternativa concreta (essa parte é sempre omissa, porque será...), só demonstra o que tenho dito - o Nacionalismo como movimento político ainda tem de amadurecer um bocado e livrar-se dos atrasos de vida anti-democráticos, que continuam com mentalidade de gueto, e quanto mais falam com os amigos e conhecidos mais assustam/afastam as pessoas normais, depois, como ninguém os leva a sério, queixam-se de que o povinho está influenciado pelos sionistas e etc..




Fosga-se CAturo, tu as vezes parece que das com a cabeça na parede a dizer a mesma coisa.

Ja sabemos que ha na prole nacionalista quem seja anti democratico, mas se a intenção é a mesma, voltar a tornar POrtugal portugues, porque andas sempre com isso???

É mais um joguinho de mente para ti como insultar os catolicos nacionalistas e dizer que eles sao isto e aquilo e mais alguma coisa so porque és pagão???

E a populacia nao entende se disseres isto ou aquilo, ate porque vivemos em ditadura e eles sabem isso,Mudar de uma informal para formal mete medo a menos gente do que pensas.O problema da ditadura é mesmo o regime ou ditador que nos vai calhar na rifa!!!Porque um governo de pulso forte e que faça o bem pelo seu povo nao deve ser discriminado em si pela ideologia governamental.

6 de outubro de 2012 às 20:20:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não entendes que sem liberdade não há dignidade. E saltar de um regime em que ainda podemos dizer qualquer coisa, por pouco que seja, e ir a votos, para um regime em que nem isso possamos fazer, é saltar da frigideira para o fogo. A tua facilidade em querer apostar tudo isto num hipotético regime que se calhar ia ser bom, mas que, se fosse ainda pior, seria ainda mais difícil de derrubar, não é mesmo nada recomendável. Enquanto no Movimento existir demasiada gente com mentalidade de gueto anti-democrático, não se vai longe.

6 de outubro de 2012 às 20:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Enquanto no Movimento existir demasiada gente com mentalidade de gueto anti-democrático, não se vai longe. »

Tretas, os comunistas não são democráticos e estão aí em força.

6 de outubro de 2012 às 21:35:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Infelizmente, para pudermos tomar muitas das nossas medidas temos que estar num regime dictatorial pois temos a constituição e os lobbys contra nós.

6 de outubro de 2012 às 22:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Interessante, as figuras publicas com ascendência portuguesa nos EUA, alguns uma surpresa, como o Tom Hanks, etc..

http://en.wikipedia.org/wiki/Portuguese_American

7 de outubro de 2012 às 16:55:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Tretas, os comunistas não são democráticos e estão aí em força.»

Não estão nada em força, isso é a propaganda deles que faz crer isso - e quem os ouvia em 1980 e fosse suficientemente ingénuo para neles acreditar, até ficava com medo de eles ganharem as eleições, porque parecia que isto era tudo deles. Na verdade, nunca em Portugal tiveram mais de quinze por cento dos votos.

Neste momento, estão assim:

«A coligação CDU (PCP/PEV) obteve 10.1% da intenção de voto, mantendo a terceira posição e subindo 3.3 pontos percentuais, relativamente a Setembro de 2011.

O Bloco de Esquerda manteve a quarta posição, com uma intenção de voto de 8.6%, registando a segunda maior subida homóloga: 5.9 pontos percentuais. »

Portanto, trinta e tal anos depois, continuam em baixo. Apesar de toda a desgraça que tem sido esta temporada governamental, o PSD continua com um bocadito mais de percentagem que os dois partidos de Extrema-Esquerda juntos.
Suspeito entretanto que a maioria dos que neles votam dificilmente se diriam anti-democratas...

8 de outubro de 2012 às 00:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Claro que estão em força, tu próprio citaste os resultados das sondagens. Não é o anti-democratismo de uma ideologia que faz o português rejeitá-la.

8 de outubro de 2012 às 13:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Duplamente errado. A verdade é que nenhum dos partidos de Esquerda domninante se diz anti-democrático, antes pelo contrário, andam há trinta anos a guinchar que são democráticos e para o vulgo é isso que conta, a ponto de até a generalidade dos políticos tidos como «de Direita» lhes reconhecerem esse carácter democrático, sem discussão.

Além disso, é claro que os partidos da Extrema-Esquerda não estão de modo algum em força, e os números que eu citei bem o demonstram: apesar de andarem há trinta anos a receberem gordo financiamento, do Estado e não só, e de terem a projecção me(r)diática que têm, apesar dos gritos que dão há décadas, apesar de serem tidos por muitos como os representantes do operariado, apesar de tudo isso, e apesar da situação actual, apesar de PCP e BE parecerem, em grandes parangonas, defenderem todos os desempregados contra o patronato e contra um Estado neo-liberal, apesar de tudo isto somado, a verdade é que os dois partidos da Extrema-Esquerda parlamentar não chegam sequer aos vinte por cento, os dois juntos, menos ainda do que o imensamente mal visto partido do governo. Isto diz o essencial sobre a força da Extrema-Esquerda em Portugal - reduzidíssima.

8 de outubro de 2012 às 16:40:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Duplamente errado. A verdade é que nenhum dos partidos de Esquerda domninante se diz anti-democrático, antes pelo contrário, andam há trinta anos a guinchar que são democráticos e para o vulgo é isso que conta, a ponto de até a generalidade dos políticos tidos como «de Direita» lhes reconhecerem esse carácter democrático, sem discussão.»

Toda a gente sabe que a extrema-esquerda não é democrática. Tanto o vulgo como ainda mais os políticos (dizer que os políticos reconheceram os partidos de extrema-esquerda como democráticos só porque eles se dizem democráticos é absolutamente ridículo).
O «vulgo» sabe muito bem que por exemplo o nacional-socialismo não é democrático, assim como sabe que a Coreia do Norte e Cuba não são democracias e que nos regimes comunistas há opressão e mortes (e isto é ainda mais válido para os jovens eleitores de extrema-esquerda, que são muito mais educados e têm acesso à informação como os seus pais e avós nunca tiveram. Ou acreditas mesmo que um estudante universitário que vota BE não sabe que o BE é extrema-esquerda totalitária?) Em Portugal a rejeição de determinadas ideologias, tanto pelo «vulgo» como pela classe política, nunca se prendeu com o regime político que elas preconizam.

8 de outubro de 2012 às 20:58:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Toda a gente sabe que a extrema-esquerda não é democrática.»

Não é assim. Se se falar às pessoas em «Extrema-Esquerda», é possível que muitas digam que é anti-democrática e etc.. Mas, em termos concretos, poucos dos eleitores do PCP ou do BE pensam nisso quando apoiam estes partidos ou quando votam neles. Muito menos quando saem à rua em manifestações nas quais esses partidos também estão presentes. As pessoas vão simplesmente expressar a sua revolta e o seu mal-estar e se há ao seu lado quem tenha voz mediática e diga muito do que eles pensam, claro que eles gostam. Mas de modo algum lhes passa pela cabeça que por votarem no PCP ou no BE perdem a sua liberdade de expressão ou outra liberdade qualquer.
Por isso, a maior parte do voto no PCP e no BE não é um voto de inspiração anti-democrática.



«Tanto o vulgo como ainda mais os políticos (dizer que os políticos reconheceram os partidos de extrema-esquerda como democráticos só porque eles se dizem democráticos é absolutamente ridículo)»

Seja ridículo o quanto for, é verdade. Até o copinho de leite Manuel Monteiro chegou a dizer que Álvaro Cunhal fez muito pela Liberdade. Aliás, em Portugal só me lembro de ouvir um mediático a dizer algo em sentido contrário a respeito de AC, e foi Pacheco Pereira, o «enfant terrible» do PSD, que diz verdades que praticamente mais ninguém diz, inclusivamente contra o próprio partido se for preciso. Significativamente, é também um dos poucos, senão o único, a dizer que a prisão de Mário Machado é em parte política, como também é o único que «relativiza» o carácter pretensamente diabólico que todos os opinadores são unânimes em atribuir ao ideário de Mário Machado («as ideias dele matam, mas as ideias de Mário Soares também matavam» e outras assim).


9 de outubro de 2012 às 01:55:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«O «vulgo» sabe muito bem que por exemplo o nacional-socialismo não é democrático, assim como sabe que a Coreia do Norte e Cuba não são democracias»

Pois sabe, mas duvido que a maioria dos que votam no PCP e muito menos no BE estejam a querer que Portugal fique como a Coreia do Norte ou mesmo como Cuba. Mais uma vez, as pessoas têm uma mentalidade muito terra-a-terra e concreta quando votam, querem é empregos, segurança e igualdade. O irónico é que embora a cambada analista política goste de isolar o voto nacionalista como «um voto de protesto», a verdade é que o voto na Extrema-Esquerda é realmente um voto de protesto, pelo menos em boa parte dos casos, o voto de quem está sempre a protestar contra a sociedade capitalista. Em certa medida, o voto nacionalista é progressivamente menos um voto de protesto e mais um voto de valores, enquanto o voto na Extrema-Esquerda é progressivamente mais um voto de protesto e menos um voto de valores.


«e que nos regimes comunistas há opressão e mortes (e isto é ainda mais válido para os jovens eleitores de extrema-esquerda,»

Esses são minoria e votam na Esquerda por sensibilidade, por convicção ideológica. Mas o voto deles não faz seja que votação for ser uma «votação em força».



«Ou acreditas mesmo que um estudante universitário que vota BE não sabe que o BE é extrema-esquerda totalitária?)»

Tu acreditas mesmo que a maior parte dos estudantes universitários que votam BE acham que o BE é mesmo totalitário?



9 de outubro de 2012 às 02:05:00 WEST  

Enviar um comentário

<< Home