POLÍCIA SECRETA DA ALEMANHA COMUNISTA FORTALECEU GRUPOS NS NA ALEMANHA OCIDENTAL

Fonte: http://www.alerta360.org/secciones/articulos/muro.html

Os investigadores que actualmente analisam e classificam os arquivos Gauk, da Stasi (Ministerium für Staatssicherheit ou Ministério para a Segurança do Estado), antiga polícia secreta da República Democrática da Alemanha (RDA), a parte da Alemanha que até à queda do muro em 1990 viveu numa ditadura comunista, revelam agora que este serviço de inteligência do país comunista deu apoio aos novos militantes nacional-socialistas (n.s.) alemães.

Já se sabia que a Stasi tinha criado a Fracção do Exército Vermelho, grupo terrorista alemão mais conhecido como Brigadas Baader-Meinhof, bem como outras forças e militantes comunistas no resto do mundo, tais como Carlos «o Chacal», além de ter impulsionado golpes de Estado socialistas, mas a descoberta de que nos anos setenta e oitenta também fortalecia os grupos n.s. na Alemanha Ocidental, ou RFA, constitui notável surpresa, por óbvio motivo ideológico. Aparentemente, o objectivo de tal actuação prende-se com a intenção de criar um «fantasma nazi» desestabilizador da Alemanha ocidental e ao mesmo tempo difamador desta sociedade capitalista, o que alegadamente serviria para legitimar o radicalismo comunista. Isto, intensificado pela celeuma criada quando se encontrou e levou a julgamento o tenente-coronel Adolf Eichmann, serviu às autoridades da parte comunista da Alemanha como pretexto para a 13 de Agosto de 1961 começarem a construir o chamado Muro de Berlim, que oficialmente tinha o título de «Antifaschistischer Schutzwall» ou «Muro de Protecção Anti-fascista». Oportunamente, tinham sido postos a circular, por parte da Stasi, panfletos dizendo «O julgamento de Eichmann é um intento do inframundo judeu para manchar a nossa honra. Retornámos à luta. Os nossos companheiros já estão a lançar um contra-ataque contra os Judeus.» e «É óbvio que os Judeus não entenderam que devem desaparecer da Alemanha Ocidental.» Quase de imediataram os jornais começaram a receber cartas de cidadãos assustados com o ressurgimento «nazi» e por todo o mundo se ouvia o discurso esquerdista em apoio dos movimentos «populares» socialistas nos países livres.

Outros panfletos, mais genéricos, foram lançados em cidades com grande concentração de trabalhadores imigrantes, recordando o discurso n.s., com dizeres do tipo «Alemães, defendam-se a vocês mesmos.» Surgiram então movimentos que propunham o retorno dos trabalhadores imigrantes aos seus países de origem, nomeadamente a Itália e a Turquia. 

Um dos triunfos desta política foi o discurso do ministro das Relações Externas da Alemanha Ocidental, Gerhard Schroder, a negar que Bona se estivesse a tornar mais próxima do nacional-socialismo, o que em termos políticos levou a que se passasse a ter medo acrescido de criticar os crimes comunistas, com receio de se ser chamado «neo-nazi».

O líder desta campanha de terror comunista anti-nazi veio a ser Markus Wolff, que terá estado activo na formação do grupo para-militar Hoffmann de Combate Desportivo, que, em 1977, contaria com carros de combate, veículos militares articulados, metralhadoras, armas anti-aéreas e numerosos tipos de armas ligeiras. Com a colaboração da Stasi, este grupo n.s. foi treinar no Líbano com a O.L.P. e em 1982 assassinou o editor judeu Schlomo Lewin.