UMA NOVA FACE DO NACIONALISMO EM FRANÇA

Em França, Marion Le Pen, neta de Jean-Marie Le Pen, líder histórico da formação nacionalista Frente Nacional, conseguiu ontem ser eleita para o parlamento francês em representação desta mesma força política - contra tudo e contra todos, como a seguir se lê, em notícia de há uma semana: http://www.alertadigital.com/2012/06/11/marion-le-pen-la-estrella-emergente-de-la-derecha-nacional-francesa/

«Sou candidata a deputada, pelo departamento de Vaucluse, para lavar a honra do meu avô» disse a jovem, antes de ser eleita. Em 1990, militantes próximos da FN foram acusados de profanar um cemitério judeu de Carpentras. Vinte e dois anos mais tarde, a sua neta faz campanha no mercado dessa povoação de Vaucluse, para assim vingar o nome de Le Pen, que foi acusado de estar por trás desse acto, o qual nunca foi policialmente esclarecido.

Marion Le Pen, filha da irmã mais velha de Marine Le Pen, Yann Le Pen, e de Samuel Marechal, outro dirigente histórico da FN, está orgulhosa da sua filiação e da sua representação política e não esquece o que lhe custou essa ascendência demonizada pelo poder dominante: «Quando era criança, sofria o indizível na escola e no instituto. Com frequência fechavam-me nas casas de banho, incontáveis vezes, e os professores faziam vista grossa, sem querer perseguir os autores de tais infâmias».

Sem abandonar os estudos, de Direito, Marion Le Pen fez campanha vários dias por semana, tendo alcançado vinte e sete por cento na primeira volta.

Falando pouco, sorrindo muito, afigura-se como o novo rosto da Direita Nacionalista, cuja missão é pela sua tia, Marine Le Pen, descrita com clareza: «Os nossos deputados e deputadas serão os patriotas que defenderão a França contra o ultra-liberalismo da Esquerda e o ultra-liberalismo da Direita.»