quarta-feira, junho 20, 2012

CELEBRAÇÃO DO DEUS DO TROVÃO NO SOLSTÍCIO (?)

Saliento a qualidade deste artigo de reconstrucionismo religioso pagão europeu, http://celtocrabion.wordpress.com/noibioi-os-sacros/deuses/deus-do-trovaotempestade/, da autoria de um português que presta culto aos Deuses gauleses, sobre Taranis, Deus do Trovão celta da Gália e da Britânia, quem sabe se também do extremo norte hispânico, onde um ou outro topónimo fazem lembrar o Seu nome. O texto tem especial interesse nesta altura do ano uma vez que associa a celebração do solstício de Verão à supracitada Divindade. Devo dizer que a princípio estou céptico sobre tal ligação, uma vez que nada em Taranis parece solar, mas de qualquer modo não se sabe realmente qual seria o significado do solstício de Verão para os nossos remotos antepassados indo-europeus - glorificação solar ou começo do seu declínio?
Saliento as passagens mais saborosas:
Há um relato (in HATT, 1989:188-9) sobre a morte de São Vicente, que menciona um rito dos Gauleses durante os tempos do Solstício de Verão:
No território antigo (ligado à vila de Agen) na região de Metenses, mais correctamente de Nemetenses ou Vernemetenses, que é uma das mais conhecidas cidades da Gália, a multidão sacrílega dos pagãos tinha o costume de se reunir para celebrar cerimónias não de uma verdadeira religião, mas de uma ilusão sedutora, num santuário consagrado a um dos seus deuses.
Sem dúvida que os demónios que ali habitavam, enganavam, através da suas manobras mentirosas, os olhos e os espíritos da multidão que se encontrava reunida, de tal modo que este povo infeliz acreditava assistir a algum milagre divino, aonde não havia senão artifícios diabólicos. Com efeito, transpondo a porta deste mesmo templo, como se fosse empurrada por uma vontade divina ou, falando mais verdadeiramente, por um demónio que ali morava, uma roda inflamada costumava sair dali e descer o cimo da colina até um riacho que corria para a direita. Em seguida tornava a subir a encosta, até ao templo do santuário, por um movimento inverso, vomitando chamas. Esta ilusão desvaneceu-se quando em oposição a ela foi feito o sinal da cruz. A multidão furiosa dos pagãos levou o santo à morte.”
Porém, este não é um evento isolado.
Olivares Pedreño, no seu “Los Dioses de la Hispania Céltica” menciona um evento semelhante, que decorreu na França e na Alemanha:
O ritual consistia em lançar, durante a noite, uma ou mais rodas feitas de um certo material coberto com palha ou outro material vegetal, desde picos de montanhas até aos vales. (…) Em algumas regiões, como Hesse, acreditava-se que os sítios onde as rodas flamejantes passavam ficavam protegidos de tempestades e granizo.
Numa aldeia do Baixo Konz, era objectivo de alguns jovens guiar as rodas desde o topo da montanha Stromberg até às águas do Moselle. Caso a roda flamejante chegasse à margem sem ficar presa nas vinhas que estavam plantadas à volta deste e as chamas fossem apagadas pelas águas do rio, previa-se que haveria uma colheita abundante de uvas. Se, porém, isto não acontecesse, ambas as colheitas e o gado sofreriam.
(...)
Na Gália, em Narbonne, existe um mosaico que refere o “aniversário” de Iuppiter ser celebrado a 20 de Junho, altura em que os recém-nascidos eram “baptizados”.
(...)
Olivares Pedreño, de novo em “Los Dioses de la Hispania Céltica“, vê uma ligação mitológica entre este rito do meio do verão e a forma como Indra derrota Vṛtrá, um Asura que é descrito como um dragão ou serpente, e postula o seguinte:
“A informação mais reveladora da relação entre o Júpiter indígena e os riachos nas províncias Gaulesas e Germânicas provém maioritariamente, primeiramente, de várias colunas de Júpiter encontradas em tais contextos.
Este monumentos representam vários elementos: na parte inferior, há um plinto com quatro frontes e em cada está a face de uma divindade (Viergotterstein); acima do plinto, está um segundo elemento, frequentemente octogonal, com relevos de divindades planetárias. É no cimo desta estrutura que a coluna propriamente dita está construída, representando um tronco de uma árvore, encimada por uma capital na qual está um Júpiter num trono, ou do último a cavalgar, frequentemente como um guerreiro, sobre um gigante com cauda de peixe. Por vezes, Júpiter carrega a típica roda Celta ou uma representação de um relâmpago. Se houver uma inscrição, geralmente é dedicada a Iuppiter Optimus Maximus, accompanhado por Juno.
A maioria destas colunas apareceram perto de riachos no percurso do Reno no território dos Mediomatrici e dos Treveri, ou seja, terras ocupadas por Celtas, enquanto que não existem mais em outros territórios do Império Romano. Curiosamente, os nomes dos dedicadores são sempre de origem Celta.
Isto fez com que muitos investigadores concluam que estas colunas de Júpiter, apesar de cheias de elementos culturais Romanos, são manifestações artísticas de crenças religiosas e mitos Celtas.“
“Para Gricourt e Hollard, esta ligação entre colunas e fontes é perfeitamente compreensível e afirmam que não minimizam a divindade em termos de hierarquia, nem lhe dão atributos relacionados com a saúde.
A chave está, para estes investigadores, nas funções míticas e religiosas que a figura esculpida no topo da coluna tinha. O episódio em que o cavaleiro assimilado a Júpiter cavalga o seu corcel contra um monstro serpentino tem muita semelhança ao mito Védico sobre a confrontação entre o Deus Indra e o demónio Vṛtrá. É dito que o monstro manteve as águas cativas, perturbando assim a ordem do universo; (Vṛtrá) é por vezes representado como sendo extremamente magro e com as costelas bem definidas, visto que é o demónio da seca, más colheitas e, assim sendo, fome na comunidade.
A vitória de Indra teria libertado as águas para estas fluírem novamente como rios.
(…)
Este tipo de mito que opõe um Deus da Tempestade contra um dragão ou serpente anfíbia com características antropomórficas é bastante comum entre Celtas e Indo-Iranianos, mas também em várias religiões de origem Indo-Europeia.“
Infelizmente, os Vedas são ignorados por muitos Reconstrucionistas quando procuram material comparativo. Assim sendo, irei citar um hino do Rig-Veda que fala sobre quando Indra frustrou o plano de Vṛtrá.
“[01-032] Hino XXXII. Indra.
Irei declarar as acções másculas de Indra, a primeira que ele alcançou, o possuidor do Trovão. Ele matou o Dragão, depois libertou as águas e rachou os canais até às torrentes das montanhas. Ele chacinou o Dragão que se deitava na montanha: o seu celestial relâmpago feito por Tvastar. Como gado, o fluxo das águas deslizou até ao oceano. Impetuoso como um touro, escolhou o Soma e em três sagradas taças bebeu os sumos. Maghavan agarrou o trovão como sua arma e atingiu até à morte o primogénito dos dragões. Enquanto que tu, Indra, chacinaste o primogénito do dragão e superaste os feitiços dos encantadores. Então, dando vida ao Sol, à Aurora e ao Céu, não achaste nenhum inimigo que se opusesse a ti. Indra, com o seu próprio e mortal trovão despedaçou Vṛtrá, o pior dos Vṛtrás. Como troncos de árvores, quando o machado os cortou, prostrado no solo está o Dragão. Ele, como um guerreiro forte e louco, desafiou Indra, o impetuoso muito-chacinador Herói. Não quebrou o choque das armas, mas esmagou o inimigo de Indra que derrubou fortes enquanto caía. Sem pés e mãos, ainda assim desafiou Indra, que o atingiu com o seu raio entre os ombros. Emasculado, mas ainda assim reivindicando vigor viril, ficou Vṛtrá com membros espalhados e cortados.
Enquanto mente como um rio que embate nas margens, as águas ganham coragem e fluem acima dele. O Dragão está debaixo dos pés das torrentes que Indra na sua grandeza havia englobado. Humilhada estava a força da mãe de Vṛtrá: Indra tinha lançado o seu raio letal contra ela. A mãe estava acima, o filho estava por baixo e como uma vaca ao lado do seu bezerro, estava Danu. Enrolada nas incessantes correntes que fluíam para sempre em frente. As águas levaram o corpo sem nome de Vṛtrá: o inimigo de Indra afundou-se na escuridão.
Guardadas por Ahi ficaram os escravos de Dasas, as águas ficaram como gado seguro pelo ladrão. Mas ele, quando puniu Vṛtrá, abriu uma caverna onde as cheias ficaram aprisionadas. A cauda de um cavalo era tua quando ele, ó Indra, foi atingido pelo teu raio; tu, Deus sem igual. Tu que ganhaste de volta o gado, ganhaste o Soma; soltaste para que corressem livremente os Sete Rios. Nada o beneficiou, nem relâmpago, nem trovão, saraivada ou névoa que se tinham espalhado à sua volta: quando Indra e o Dragão lutaram em batalha, Maghavan ganhou a vitória para sempre.
(…)
Indra é Rei de tudo o que se mexe e não se mexe, de criaturas mansas e cornudas, é o Possuidor do Trovão. Governa sobre todos os homens como Soberano, contendo todos como raios numa roda.“

O autor do artigo observa ainda a semelhança óbvia entre a roda que costuma acompanhar Taranis nas estatuetas da época (ver acima) e um emblema de Perun, ou Gromoviti Znaci:

Gromoviti Znaci

ambos os símbolos são essencialmente rodas com vários raios, usualmente seis, facto que eu já aqui tinha salientado, neste artigo (e não só): http://gladio.blogspot.pt/2008/02/o-recrudescer-da-religio-nacional-na.html, no qual aparece também uma curiosa imagem medieval de Júpiter em que no escudo da Divindade se encontra uma estilização do Raio que acaba por consistir numa espécie de roda de seis raios:

O que adiciona interesse à especulação é que no dia 20 de Junho os Romanos celebravam em honra de Sumano, Deus do Raio Nocturno, e durante a festa comiam os sumanália, bolos em forma de roda raiada.

21 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Esta malta anda a perder a timidez e ja falam destas coisas a "cara podre"


EU should 'undermine national homogeneity' says UN migration chief

- He told the House of Lords committee migration was a "crucial dynamic for economic growth" in some EU nations "however difficult it may be to explain this to the citizens of those states".

- "It's impossible to consider that the degree of homogeneity which is implied by the other argument can survive because states have to become more open states, in terms of the people who inhabit them. Just as the United Kingdom has demonstrated."

- He told the committee: "The United States, or Australia and New Zealand, are migrant societies and therefore they accommodate more readily those from other backgrounds than we do ourselves, who still nurse a sense of our homogeneity and difference from others.

http://www.bbc.co.uk/news/uk-politics-18519395

21 de junho de 2012 às 15:35:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"The United States, or Australia and New Zealand, are migrant societies and therefore they accommodate more readily those from other backgrounds than we do ourselves, who still nurse a sense of our homogeneity and difference from others."


Os EUA já vão a caminho da cova, agora só falta mesmo destruir a Austrália, a pérola do Hemisfério Sul, e a Nova Zelândia.

21 de junho de 2012 às 16:01:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Vejam o video:

http://www.youtube.com/watch?v=zB79WedHsLA

The Corrs, apresentam o fenótipo dos conhecidos "black" irish, assim apelidados pelos saxões quando chegaram a terra celta das ilhas da Old Albion.
Têm uma estrutura facial bastante encontrada em Portugal, Espanha, França e mesmo norte de Itália.

Não é por acaso nem nada que em semelhanças nos genes os portugueses estão primeiro com os espanhois, franceses, italianos depois com os sul ingleses e os irlandeses (cork).

21 de junho de 2012 às 16:04:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Resposta para ex-ariano:

http://gladio.blogspot.pt/2012/06/semana-vista-pelo-pnr-18-de-junho.html?showComment=1340293644365

21 de junho de 2012 às 16:49:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

teria essa roda algo a ver com a expansão arya pelas charretes pioneiras a tração dos cavalos domesticados?..

21 de junho de 2012 às 19:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Esta malta anda a perder a timidez e ja falam destas coisas a "cara podre"

que eu saiba eles ja fazem merdas há 5 décadas..

21 de junho de 2012 às 19:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

os Estados Unidos, ou a Austrália e a Nova Zelândia, são sociedades migrantes

eles sofismam migração intra-arya com congo e derivados..

21 de junho de 2012 às 19:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

e, portanto, eles mais facilmente acomodam aqueles de outras origens

totalmente falso..quando os eua absorviam alemães e irlandeses, que foram os majoritarios imigrantes lá é por que estes eram proximos dos anglo-americanos das 13 colonias etnicamente..o proprio lixil ao optar pelos padanicos o fez por que os italianos eram um povo mais proximo do iberico e portanto desejável de ser assimilado..o mesmo ocorreu em outros países de imigração arya que quase deram certo..quase por que deram certo no período em que foram habitados por aryas e já começam a decair ao terceiro mundo habitados pelo lixo tipo detroit e cia..

21 de junho de 2012 às 19:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os EUA já vão a caminho da cova, agora só falta mesmo destruir a Austrália, a pérola do Hemisfério Sul, e a Nova Zelândia.

a nova zelandia só tem bostileiro e australia só tem "asiatico"..as aspas é por que muitos são daqueles ex-asiaticos ja corrompido pelas rotas do sul e se da asia..dentre outros..

21 de junho de 2012 às 19:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

e mesmo norte de Itália.

a migração interna italiana foi muito forte de sul pra norte, então é anacronico dizer isso..e tanto que nas colonias padanicas do lixil se encontra uma proporção maior de loiros justamente por que ali os sicilianos não invadiram em massa..

21 de junho de 2012 às 19:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

um site americano que vi havia uma briga sobre kemp..os sul-italianos falando mal de kemp e não querendo aceitar a realidade..dizendo que a padania tinha dezenas de % de origem do sul..de 25% a 33% dos padanicos tinham origem recente do sul..e que os sul-italianos pós-rotas subsidiados pelo meio germanico dos eua que jamais ergueriam por si sós, muito pelo contrario, destruiram junto com al capone e cia..dizendo que na sicilia e na padania prosperavam..curiosamente não conseguiam fazer o mesmo na propria sicilia sem o subsidio do meio mais evoluido majorico..pelo contrario, apenas levaram os al capones da vida que corromperam os eua e ajudaram os judeus aliens a tomar conta de vez daquilo dali..

21 de junho de 2012 às 19:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"black" irish

é o mesmo daqueles que sofismam morenice e melanismo nos pêlos/íris com morenice e melanismo no resto..que sofisma base genomica e isso com aquilo..

21 de junho de 2012 às 19:30:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

segundo a teoria de kemp, os meds do oeste e sudoeste das ilhas são resquicios dos europoides antigos pre-aryas (provavelmente primos dos bascos, íberos e cia)

21 de junho de 2012 às 19:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.alertadigital.com/2012/06/21/judios-ortodoxos-destruyen-un-mosaico-cristiano-de-hace-1500-anos/

judeus atacam patrimonio historico bizantino com pretexto religioso..

22 de junho de 2012 às 00:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.alertadigital.com/2012/06/21/un-magrebi-mata-a-punaladas-a-su-pareja-espanola-en-reus/

sanoid do pos-rotas mata vadia..

22 de junho de 2012 às 00:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.alertadigital.com/2012/06/21/cerca-de-27-millones-de-personas-viven-en-condiciones-de-esclavitud-la-mayoria-en-paises-islamicos/

niggers, sanoids e gulaguianos lideram a lista

22 de junho de 2012 às 00:34:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://theforbiddentruth.net/attachments/history/500d1296488660-israel-cohen-quote-congressional-record-060757-003-quote.jpg

plano judeu pra destruir o oeste já nas primeiras décadas do xx pre-marxismo cultural..

22 de junho de 2012 às 02:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Israel Cohen, A Racial Program for the Twentieth Century, 1912. Also in the Congressional Record, Vol. 103, p. 8559, June 7, 1957

22 de junho de 2012 às 02:15:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=Do_w2V0-3D0&feature=player_embedded




video anti-racista sobre "previlegio branco"

22 de junho de 2012 às 05:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

*na america (ex-)wasp e na padania prosperavam..

22 de junho de 2012 às 19:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Sobre as rodas solares e a persistência delas no imaginário popular.
.
http://anosahistoria.blogspot.com.br/2009/06/bran-lug-deuses-celtas-nas-terras-do.html

21 de junho de 2013 às 13:12:00 WEST  

Enviar um comentário

<< Home