«SLAINE E O DEUS CORNUDO» - FILME FEITO POR UM FÃ...
Não sei se alguma vez chegará ao chamado grande ecrã ou sequer à televisão... mas que se afigura como o trailer de uma grande e poderosa obra épica, disso não tenho dúvidas. Está tão bom ou melhor que a banda desenhada no qual se baseia. Trata-se de um pequeno filme feito por um apreciador da banda desenhada da personagem «Slaine», guerreiro irlandês do tempo do Paganismo. «The Horned God», ou «O Deus Cornudo», é uma das sagas de Slaine e gira em torno de Cernunnos, uma das Divindades célticas mais populares nos dias de hoje, mas de Cujo culto não há provas na Irlanda, apenas na Gália, eventualmente na Britânia, possivelmente na Ibéria. Aqui ficam então estes dois minutos e tal de filme, que eventualmente nunca passarão disto, embora merecessem vôo mais alto:
posted by Caturo at segunda-feira, abril 23, 2012
2 Comments:
Faço minhas as palavras de Heraclito, quando depôs o livro sobre o templo de Artemísia: tendo algumas vozes afirmado que o filósofo o teria escrito de forma intencionalmente obscura a fim de que só os mais capazes se aproximassem dele, disse: " Porque quereis puxar-me por todos os lados, ó iletrados? Não foi para vós que escrevi, mas para quem possa entender-me. Um só vale vale para mim cem mil, e a multidão, nada".
Em suma, será para o lado que se dorme melhor, caso não seja feita nenhuma adaptação para o grande ecrã, quando é mais que sabido que mais de 90% das transposições baseadas em temáticas míticas dão os tristes resultados que têm estado à vista?... Poderá funcionar, esta lógica massificada num contexto de proporcionar um modo de entretenimento saudável, mas pouco exigente, onde o rigor não passa de letra morta, mas falha em toda a linha quando a finalidade for a de apresentar um produto fiável, alicerçado documentalmente e com "pernas para andar"...
Isto, claro, se nos valermos da metodologia menos mázinha do mercado, lol!...
Mas, como uma declaração, supostamente sincera e desinteressada, do sentir ancestral, creio que cumpre bem a sua função, além de que, sem ser mais um lugar-comum, nunca é demais...
Mais vale um produto mediano e sofrível que produto nenhum...
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