MAIORIA DOS CRISTÃOS PRATICANTES SÃO DE ESQUERDA

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2126802/Christians-likely-left-wing-liberal-views-immigration-equality.html

No Reino Unido, um novo estudo, elaborado pelo grupo de intervenção intelectual (ou «thinktank») Demos, indica que, ao contrário do que era comum pensar-se, os cristãos praticantes são, em termos políticos, predominantemente de Esquerda, ou, mais concretamente, de Centro-Esquerda, pelo em temas como a imigração e a igualdade.

Jonathan Birdwell, autor do relatório «Finding Citizens» (Encontrando Cidadãos) escreve: «o relatório apresenta duas descobertas chave. Primeiro, que as pessoas religiosas são cidadãos mais activos - voluntarizam-se mais, fazem mais doações à caridade e são mais atreitos a envolver-se em campanhas políticas. Segundo, e mais contra-intuitivamente, as pessoas religiosas são mais atreitas ao politicamente progressivo. Dão mais valor à igualdade do que os não religiosos, são mais atreitas a acolher bem os imigrantes como vizinhos e quando questionados têm mais tendência a colocarem-se à Esquerda no espectro político.»

Com base nestas conclusões, o relatório recomenda que os políticos passem a trabalhar mais vezes com grupos religiosos em matérias nas quais estes estão envolvidos, como a imigração, os direitos das mulheres, o desenvolvimento internacional, o ambiente e a juventude.

Afirma também que os grupos religiosos serão fundamentais para qualquer futura coligação vencedora de eleições.

Birdwell diz que «muitos britânicos continuam a ver a fé como um refúgio moral diante das democracias capitalistas, nihilistas, dos valores selvagens do consumismo. Os argumentos de Richard Dawkins e de Christopher Hitchens parecem apenas fazer recuar as perspectivas religiosas das pessoas, com muita gente a retrair-se diante da evidente arrogância e dogmatismo do chamado ateísmo militante.»

Em números concretos, o relatório, baseado na análise do Estudo dos Valores Europeus, mostra que cinquenta e cinco por cento dos religiosos se consideram de Esquerda e quarenta por cento destes dizem-se de Direita. E quarenta e um por cento dos religiosos põe a igualdade acima da liberdade, enquanto os não religiosos fazem-no em trinta e seis por cento dos casos.

Que os cristãos mostrem ser predominantemente de Esquerda, particularmente no que à imigração diz respeito, só surpreende quem julgasse que o Cristianismo é «de Direita», o que só terá sentido numa perspectiva limitada, primeiro por superficialidade circunstancialista, e, depois, por imobilismo. Circunstancialista, porque só circunstancialmente, num determinado contexto histórico, ainda que milenar, seja, mas ainda assim circunstancial, só a esse nível é que o Cristianismo pôde ser considerado como uma força «tradicional», de Direita, precisamente porque, para se impôr, a Cristandade optou por uma via parcialmente adaptativa, tendo para isso de adoptar como seus modos de ser e de viver, até de prestar culto, caracteristicamente pagãos, e, portanto, de cunho étnico-nacional e verdadeiramente tradicional. Daí o surgimento da concepção do Cristianismo como «religião da família», quando o próprio Jesus dizia precisamente que vinha para virar os familiares uns contra os outros, para além de ele próprio adoptar para com os seus familiares um comportamento de desprezo.

Sucedeu simplesmente que, por baixo de tamanha capa de «tradicionalismo» e alegada defesa das tradições, o Cristianismo foi, a pouco e pouco, inoculando as «veias» espirituais da Europa, por assim dizer, com o veneno do universalismo, visceralmente oposto a qualquer nacionalismo. Esta influência de séculos e séculos acabou por produzir o universalismo político laico, não raras vezes militantemente violento, visíveis no anti-racismo militante. E é aqui que se observa o imobilismo da perspectiva de quem não entende o carácter evolutivo deste veneno cristão - a História não acaba nos Templários ou na Reconquista da Ibéria, isso foi apenas uma etapa da presença cristã na Europa e de modo nenhum a mais cristalina.

Este estudo só confirma pois o que aqui se tem dito ao longo dos anos - a mentalidade cristã é essencialmente afim da esquerdista internacionalista universalista, constituindo por isso a maior inimiga interna do Ocidente, origem do complexo de culpa ocidental branco e da apologia da iminvasão e da miscigenação como ferramentas para ultrapassar as fronteiras étnico-nacionais e a todos impingir o amor universal, que neste momento ameaça de morte as identidades étnicas europeias. Porque as coisas são como são e seguem o seu indefectível percurso de acordo com a sua própria natureza. A aliança que em tempos parecia sólida entre o Cristianismo e a Direita começa a revelar-se na sua incoerência crucial com tanta nitidez como duas linhas no plano aparentemente paralelas que a pouco e pouco se afastem, ou, pelo contrário, colidam. Concomitantemente, as forças activas da Cristandade, com a´própria Igreja Católica à cabeça, estão cada vez mais de pedra e cal ao lado da Esquerda mais extremista na promoção da imigração em massa do terceiro-mundo pela Europa adentro, precisamente em nome dos valores universalistas que a Esquerda herdou, directa ou indirectamente, da religião do carpinteiro judeu. Entende-se assim porque é que a cristianização foi a maior tragédia que alguma vez se abateu sobre a Europa, representando também, ao mesmo tempo, uma blasfémia insultuosa para com o que de mais sagrado tem a Europa, os seus Deuses Nacionais.