DOIS REFERENDOS NA SUÍÇA DIFICULTAM AINDA MAIS A PRESENÇA ALÓGENA

Fonte: http://www.thelocal.ch/1882/20111128/

Realizaram-se na Suíça dois referendos a respeito dos direitos dos alógenos a viver em terra helvética, um em Basel e outro em Lucerne.

Ora em Basel, terceira maior cidade do País, a maior parte da população rejeitou a proposta do SVP, embora os estrangeiros tenham todavia passado a ter de provar às autoridades que têm um conhecimento adequado da língua alemã. Efectivamente, a proposta do SVP era de impôr aos alógenos um teste escrito de Alemão com alto nível de exigência, equivalente ao padrão internacional B2; a população preferiu aprovar a proposta do governo, segundo a qual o teste escrito seria de dificuldade B1/A2, menos elevada do que a de B2.

Enquanto isso, a esmagadora maioria da população de Lucerne rejeitou o direito de voto dos estrangeiros que tinha sido proposto por uma organização de imigrantes de segunda geração, a Secondos Plus: a favor votaram apenas 16.006, contra votaram 83.773 eleitores. A afluência às urnas foi de 39,3%. O parlamento de Lucerne, dominado pela Direita, tinha já de antemão rejeitado a iniciativa e aconselhado os cidadãos a fazer o mesmo.

Na Suíça, os estrangeiros podem votar nas eleições locais de oito cantões - três na parte germanófona e cinco na francófona - aqui, nos cantões de Neuchâtel e Jura, até podem votar  nas eleições cantonais. Só os estrangeiros que tenham vivido doze anos no país podem candidatar-se à naturalização. O Departamento Federal de Migrações examina os candidatos para averiguar se estão devidamente integrados na vivência suíça e correctamente familiarizados com os costumes e tradições dos Suíços, se aceitam as leis suíças e não põem em risco a segurança nacional da Suíça. O exame é baseado em relatórios cantonais e municipais, antes que o processo de naturalização prossiga, em três estádios.

Para melhor compreender os resultados dos referendos acima referidos, interessa saber que em Basel mais de trinta por cento da população é estrangeira, ao passo que em Lucerne a proporção de estrangeiros não chega aos vinte por cento...

De qualquer modo, em ambos os casos a vitória das posições nacionalistas foi, mais uma vez, garantida pela mais genuína forma de democracia, a democracia directa, em que o Povo escolhe sem intermediários e pretensos «intérpretes» do Povo, os quais, na sua esmagadora maioria, obedecem muito mais à agenda das elites que os puseram no cargo e de antemão os educaram do que à autêntica vontade popular. Não admira que a elite continue a ter tanto medo da chamada Extrema-Direita, sabe essa elite que todo o homem comum europeu é um potencial «racista», porque, ao fim ao cabo, a mais natural das legitimidades éticas, a salvaguarda do Nós acima do Outro, não foi varrida pela evangelização da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente...

O trabalho dos nacionalistas do SVP vê-se assim recompensado - claro que a situação ideal nunca será atingida, ou então o ser humano seria perfeito, mas é tendo por meta o ideal que se vão conseguindo vitórias, umas maiores que as outras, uma relativas e pequenas, outras retumbantes, como foi, desta feita, o caso, respectivamente em Basel e em Lucerne.