MILHARES DE SÉRVIOS DO KOSOVO PEDEM PUBLICAMENTE A CIDADANIA RUSSA PARA SE LIVRAREM DO GENOCÍDIO

Fonte: http://english.ruvr.ru/2011/11/15/60424921.html

Cerca de vinte e um mil sérvios da região de Metohija, sudoeste do Kosovo, pediram ao Estado Russo para adquirirem a cidadania russa, de modo a impedir os ataques diários por parte dos albaneses kosovares.

Há neste momento duzentos mil sérvios no Kosovo, região que outrora fez parte da Sérvia mas que em 2008 se tornou independente por decisão unilateral dos albaneses que aí vivem, de credo muçulmano, contra a vontade e os vivos protestos da Sérvia, mas com a força dos EUA do seu lado. A Rússia e a China, por seu turno, dois membros permanentes do conselho de segurança da ONU, mantiveram até hoje forte (...) oposição ao sucedido, tal como muitos outros países. Desde então, a população sérvia tem sofrido matanças por parte dos seus «concidadãos» albaneses (muslos...), tudo sob a batatuta indiferente, quando não conivente, das forças da OTAN...

Milhares de sérvios da parte sérvia de Mitrovitsa sairam recentemente à rua em manifestação, ostentando cartazes nos quais se podia ler «Rússia, ajudem-nos». Mitrovitsa, que se situa na fronteira administrativa entre o Kosovo e a Sérvia, assemelha-se a Berlim há vinte anos, antes da queda do muro. Os sérvios do Kosovo esperam que a dupla cidadania, sérvia e russa, constitua para eles uma protecção. Mais de mil sérvios foram mortos desde que  KFOR entrou no Kosovo, em 1999. Os Sérvios que aí vivem continuam a declarar, em tão alta voz quanto podem, que enfrentam a forte possibilidade da aniquilação. O surgimento na própria Sérvia de um partido que defende o reconhecimento da independência do Kosovo aumentou os receios de extermínio dos sérvios da região. Enquanto isso, o apelo maciço pela aquisição da cidadania russa por parte dos sérvios cosovares causou escândalo na Sérvia e afectou seriamente a autoridade da coligação no governo. Velimir Ilich, líder do partido «Nova Sérvia», falando no fim de um encontro com a delegação dos sérvios cosovares que querem cidadania russa, declarou que tal pretensão era uma vergonha, mas reconheceu que as autoridades sérvias são incapazes de chegar a um acordo e muito menos a uma declaração comum sobre o Kosovo. Georgy Engelgardt, do Instituto de Estudos Eslavos, explica o que entretanto se estará a passar nos bastidores da política: «Não haverá nenhuma solução rápida. A questão é altamente delicada para os laços bilaterais, bem como para as relações EUA-Rússia. Mosvovo irá procurar cuidadosamente uma solução, pesando os prós e os contras.»

Do ponto de vista legal, o caso é igualmente espinhoso, segundo diz Andrei Kniazev, advogado: «o procedimento para receber a cidadania russa é complicado. Um indivíduo que procure a cidadania russa tem de viver e trabalhar no país por cinco anos, e, além do mais, tem de conseguir aprovação num exame de língua russa. Parece-me contudo que estes sérvios do Kosovo só querem chamar a atenção para o seu problema.»

Os sérvios do Kosovo querem que Belgrado adopte uma posição mais dura nas negociações com Pristina e com a KFOR.

A este ponto chega já o desespero dos Sérvios, quando os seus oponentes, muçulmanos, têm as costas quentes, não só com o poderio da maior superpotência, como Alexandre del Valle já explicava em «Guerras Contra a Europa», de 2001, mas também com a força da religião que mais depressa ganha terreno no mundo, o Islão... enquanto a Rússia, tradicional aliada e irmã «mais velha», permanece como última esperança de sobrevivência para um pequeno Povo eslavo... e, quem sabe, para o resto da Europa, eslava ou não...