VESTÍGIOS DE TEMPLO ROMANO COM CULTO CÉLTICO DESCOBERTOS NO GERÊS
Na Veiga de S. João, que se desenvolve a sul do casario, são desde há muito nomeados importantes achados arqueológicos, entre os quais se devem referir os vestígios de um grande edifício romano, talvez um templo, já que desse local procede ainda uma ara votiva dedicada à divindade indígena Ocaere.
notícia de Argote, que segue de perto a de Matos Ferreira, ambas do séc. XVIII, reza o seguinte:
“ Na aria em que esteve antig te a Igra. Matriz de S. João do Campo, tiverão os Romanos hu grandioso Templo, adonde veneravão os seus idolos e satisfazião os votos que lhes prometião. Estava este Templo no sitio da Veiga de S. João, alem do Rio, em distancia de 50 passos, e da aldeia ou lugar do Campo 500 passos; presume-se que este Templo foy arruynado pellos Godos, e depois reedificado, em tempo do Emp. Constantino Magno, e dedicado a S. João Baptista do Campo e dahi a an.s foy pessuido pellos Carvall.os Templarios; extinctos estes, ficou sempre permanecendo athé o anno de 1692, em que por Capp.os de Visita se mandou mudar p.a o lugar do Campo, por a d.a Igr.a estar em sitio ermo e remotta da povoação…”
O sítio arqueológico d´O Sagrado, em São João do Campo, Gerês, situa-se a cerca de 700 metros da localidade actual.
(...)
Ocaere poderá ser a mesma Divindade que Ocelus, que aparece em três inscrições encontradas na Grã-Bretanha, conforme aqui se lê:
http://www.celtnet.org.uk/gods_o/ocelus.html
Ocelus será ou um teónimo ou um epíteto, ou ambos, mas foi seguramente usado no segundo caso em ligação a Marte, Deus da Guerra, mas também do cultivo da terra, na tradição romana.
Ocaere provirá eventualmente de *okitā-, termo proto-céltico reconstruído, cujo significado parece ser «Ancinho».
Na base de uma estátua encontrada em Caerwent, região galesa onde se encontraram as supracitadas inscrições consagradas a Ocelus, observa-se um par de pés humanos e um par de patas de ganso, sendo este animal consagrado aos Deuses da Guerra célticos, como aqui se viu no texto sobre o «São» Martinho, no dia 12 de Novembro.
Deve também recordar-se que epítetos especialmente similares a Ocelus aparecem na Lusitânia aplicados a Arentia e Arentius, como foi igualmente dito no supracitado tópico do Gladius. Pode consultar-se este link http://books.google.pt/books?id=Z5Ewal5syf8C&pg=PA728&lpg=PA728&dq=ARANTIO+OCELUS&source=bl&ots=RVlt9mpFja&sig=WtBgPRq7XI1HYdYrnzAJ5z_Ozg8&hl=pt-PT&ei=r_bBTvefIZG18QO01qWkCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBsQ6AEwAA#v=onepage&q=ARANTIO%20OCELUS&f=false a propósito desta matéria.
Na Grã-Bretanha, Ocelus aparece onde outrora viveu a tribo dos Silures, que o historiador romano Tácito sugeriu terem vindo da Ibéria, mercê do seu aspecto físico de tipo meridional, com pele morena e cabelo encaracolado.
Adenda: mais umas quantas etimologias de Ocaere podem ser lidas aqui http://ifc.dpz.es/recursos/publicaciones/27/28/2.bascuas.pdf
Ocaere poderá ser a mesma Divindade que Ocelus, que aparece em três inscrições encontradas na Grã-Bretanha, conforme aqui se lê:
http://www.celtnet.org.uk/gods_o/ocelus.html
Ocelus será ou um teónimo ou um epíteto, ou ambos, mas foi seguramente usado no segundo caso em ligação a Marte, Deus da Guerra, mas também do cultivo da terra, na tradição romana.
Ocaere provirá eventualmente de *okitā-, termo proto-céltico reconstruído, cujo significado parece ser «Ancinho».
Na base de uma estátua encontrada em Caerwent, região galesa onde se encontraram as supracitadas inscrições consagradas a Ocelus, observa-se um par de pés humanos e um par de patas de ganso, sendo este animal consagrado aos Deuses da Guerra célticos, como aqui se viu no texto sobre o «São» Martinho, no dia 12 de Novembro.
Deve também recordar-se que epítetos especialmente similares a Ocelus aparecem na Lusitânia aplicados a Arentia e Arentius, como foi igualmente dito no supracitado tópico do Gladius. Pode consultar-se este link http://books.google.pt/books?id=Z5Ewal5syf8C&pg=PA728&lpg=PA728&dq=ARANTIO+OCELUS&source=bl&ots=RVlt9mpFja&sig=WtBgPRq7XI1HYdYrnzAJ5z_Ozg8&hl=pt-PT&ei=r_bBTvefIZG18QO01qWkCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBsQ6AEwAA#v=onepage&q=ARANTIO%20OCELUS&f=false a propósito desta matéria.
Na Grã-Bretanha, Ocelus aparece onde outrora viveu a tribo dos Silures, que o historiador romano Tácito sugeriu terem vindo da Ibéria, mercê do seu aspecto físico de tipo meridional, com pele morena e cabelo encaracolado.
Adenda: mais umas quantas etimologias de Ocaere podem ser lidas aqui http://ifc.dpz.es/recursos/publicaciones/27/28/2.bascuas.pdf
5 Comments:
Caturo:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/11/quatro-detidos-em-operacao-antiterrorista-em-birmingham.html
Os deuses pagãos estão tão mortos e
esquecidos quanto essas ruínas que
lhes serviam de culto.
Não, e não adianta estar a jurar falsidades desmentidas pelos factos - o culto aos Deuses pagãos está cada vez mais forte, o que de facto bate certo com a imortalidade dos Deuses. Quem diz que os Deuses estão mortos vai simplesmente morrer enquanto o culto a estas Divindades prospera.
Os deuses pagãos não morreram.
Quem morreu foi um judeu descalço, pendurado num barrote.
Ocare, Nábia, Larouco e outros prevalecem no sangue e nas mentes muralhadas dos Calaicos...
Muito se fala sem nada disserem.
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