O REGIME NÃO RESPEITA O DINHEIRO DOS PORTUGUESES
Num par de dias, vem a público um buraco financeiro nas Contas da Região Autónoma da Madeira, o aumento da dívida de países africanos a Portugal e a absolvição de Oliveira e Costa e Dias Loureiro, no Tribunal de Primeira Instância, no caso sórdido do BPN.
É caso para dizer que este Regime perdulário anda literalmente a brincar com o erário público e com os portugueses, faltando-lhes ao respeito, sobretudo numa altura em que sentem adensar de forma exponencial a angústia de vida e aumentar a preocupação face ao dia-a-dia, sentindo-se cada vez menos esperançados num futuro digno.
Ou seja, os donos do Poder desdobram-se em repetir até à exaustão da necessidade de se fazerem sacrifícios (sempre os mesmos, claro!) para que se dê cumprimento aos planos da Troika, viabilizando assim ajuda externa para socorrer às asneiras que eles mesmos fizeram, e por outro lado, somos diariamente confrontados com situações destas que, no mínimo, para além de injustas, são ofensivas.
Ou seja, o povo português tem que se questionar da real importância da ajuda externa se nada muda nem melhora. Onde estão os cortes no despesismo do Estado? Onde está o investimento na Produção Nacional, no Mar, na Agricultura, permitindo criar emprego e reanimar a economia? Nada se vê, de facto, para além das realidades esmagadoras dos despedimentos e falências.
Não é lícito que se peçam sacrifícios aos portugueses se não se derem sinais claros e inequívocos de mudança de rumo, de esperança num futuro melhor e de respeito e justiça no que toca à gestão do País em todas as suas vertentes. É isto que se passa quando se “descobre” um rombo orçamental na Madeira – como se tal não fosse já do conhecimento de tantos – e face a isso ainda o Presidente da Região, Alberto João Jardim, se dá ao luxo de dizer que agiu em legítima defesa. Imagine-se! Haveria de ser bonito se tal “justificação” fosse apresentada ao fisco por um qualquer cidadão, família ou empresa.
E que dizer de um país que apresenta a dívida externa como a nossa, que ronda o valor do PIB – embora ninguém saiba bem ao certo o montante exacto, entre tanto desnorte e situações escondidas – e que, por outro lado vê aumentar o montante daquilo que lhe devem? É muito grave andar-se a esmagar os portugueses para que estes paguem uma dívida gerada pela irresponsabilidade e roubo dos Governantes, e por outro lado, perdoar-se dívida externa a quem tanto nos deve. Afinal, quanto é o Estado Português já perdoou de dívida aos países africanos desde 1974? Este é um número que os portugueses não iriam gostar de conhecer.
10 Comments:
Caturo, viste a reportagem do telejornal SIC sobre a nova vaga de emigrantes portugueses no Brasil?
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article760905.ece
a reportagem da revista Sábado da ultima semana sobre este mesmo tema
http://blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte/revista-reporta-a-vida-fantastica-dos-portugueses-que-vieram-para-o-brasil-fugindo-a-crise-vivem-bem-e-faturam-milhoes/
http://blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte/a-vida-fantastica-dos-portugueses-que-vieram-para-o-brasil-fugindo-a-crise-da-europa/
Sendo de prever que a dimensão da emigração portuguesa para o Brasil venha a aumentar significativamente, não é dificil perceber que quem sempre esteve certo no que diz respeito ao relacionamento a estabelecer por Portugal com o Brasil, foram os nacionalistas minho timorenses.
E agora? Em que posição fica o PNR anti brasil face aquele que provavelmente vai voltar a ser o destino principal da emigração portuguesa? Cada vez se torna mais obvio o erro crasso que o PNR cometeu ao deixar-se levar pela conversa dos racialistas e assumir-se como partido anti brasil!
Caturo,
o que achas de uma plataforma de Direita que una pessoal do PNR, do CDS/PP ou do PND, para formar um novo partido, na linha de Le Pen, para tentar ter representação na Assembleia da República já nas próximas eleições? Conheço muita gente que está descontente com o CDS, por não ter coragem de pôr um travão nos aumentos de impostos ou por não acabar com a bandalheira dos abortos e dos casamentos «gay».
" Onde estão os cortes no despesismo do Estado? Onde está o investimento na Produção Nacional, no Mar, na Agricultura, permitindo criar emprego e reanimar a economia?"
neste pais,chegando ao governo, só se pensa em criar obras desnecessárias para os amigos da construção civil que financiam campanhas ou então para mostrar obra.
Na Madeira é escandaloso, gastaram-se milhoes num heliporto que so teve 1 vez um helicoptero, no dia da abertura, marina que nunca teve barcos, tuneis desnecessários para servir meia duzia de pessoas que nem precisavam disso (e criar emprego e melhorar a vida para essa gente nada), financiamento de clubes de futebol e ca no continente, foram os estadios desnecessários para o futebol, parte deles ja os queriam deitar abaixo por estarem as moscas (faro, aveiro, leiria e talvez outros).
E ja nos queriam enfiar aeroporto em lisboa quando nao era preciso, mais TGV com enormes custos de criação e manutenção (quando países mais ricos e maiores nem tem TGV como Suécia, Noruega).
Claro que assim ficamos na merda.
«Caturo, o que achas de uma plataforma de Direita que una pessoal do PNR, do CDS/PP ou do PND, para formar um novo partido,»
De maneira nenhuma. Primeiro, porque precisamos é de fortalecwer o PNR, segundo e mais importante porque é de todo urgente separar bem as águas entre os Nacionalistas étnicos e os minho-timoristas que só andam a emperrar o Movimento e distorcer a Causa.
"Conheço muita gente que está descontente com o CDS, por não ter coragem de pôr um travão nos aumentos de impostos ou por não acabar com a bandalheira dos abortos e dos casamentos «gay»."
eu bem disse que o CDS é um partido liberal que não faz cócegas a ninguém (nem a esquerdistas radicais), mas o Caturo não ligou e prefere ir pelo vocabulário «mainstream» da TV e dos m(r)dia que chama «conservador» ao CDS.
«mas o Caturo não ligou e prefere ir pelo vocabulário «mainstream» da TV»
Não é «da TV», é do próprio partido, que sempre teve no seu seio o conservadorismo. Não é uma questão de opinião, mas de conteúdo formal.
«E agora? Em que posição fica o PNR anti brasil face aquele que provavelmente vai voltar a ser o destino principal da emigração portuguesa?»
Na melhor das posições nacionalistaa - é deixar ir para o Brasil quem com tal país se identificar, o que significa que o País ficará livre ou menos habitado por gente que tanto simpatiza com o terceiro mundo tropical, que é gente que não faz cá falta nenhuma.
Portugal foi durante muito tempo um país de emigração, tal como outros países europeus, devido a vicissitudes de carácter essencialmente económico. Por motivos diversos, essa fase foi sendo ultrapassada e o País tornou-se num espaço receptor de imigrantes, mais uma vez em relativo paralelo com outros Estados Europeus. Nos últimos anos, entretanto, o descalabro económico levou a que Portugal passasse novamente a registar um considerável índice de emigração - voltou a haver notória quantidade de portugueses a ir viver e trabalhar noutros países, onde o futuro pareça mais prometedor. Os Nacionalistas lamentam profundamente esta tendência e lançam vivo apelo a todos os portugueses para que não emigrem - para que dêem o tudo por tudo em solo nacional, que é herança de sangue legada pelos ancestrais da Nação. À luz da mais elementar legitimidade, em nenhum sítio pode o indivíduo ter tanto direitos como no seu próprio lar. E é sempre trágico que alguém se veja forçado a abandonar a terra de que é dono e senhor para ir viver em terras alheias, onde os senhores são outros.
É de lamentar em particular a emigração portuguesa que se dirige para o Brasil e para Angola, movimento migratório de natureza diferente da dos anos sessenta e setenta, uma vez que diz respeito sobretudo a quadros médios e superiores, a mão de obra qualificada, e não apenas às camadas mais desfavorecidas da sociedade, como sucedia há várias décadas. Deste modo é Portugal quem perde capital técnico-profissional. Trata-se sobretudo de uma inversão gritante da legitimidade da cidadania. Se a crise obriga à emigração, então natural seria, numa sociedade saudável, que fossem os estrangeiros os primeiros a sair, regressando ou não ao seu país. Com tantos brasileiros a viver e a ocupar postos de trabalho em Portugal, torna-se aberrante que haja portugueses a terem de sair do que é seu. Constitui este mais um caso no qual se impõem medidas proteccionistas - não é apenas a produção e o comércio nacional que precisam de ser protegidos, mas também os trabalhadores portugueses. Um regime salutar daria aos trabalhadores portugueses primazia sobre os trabalhadores alógenos. Num regime salutar, só existem imigrantes para desempenhar tarefas que por alguma razão não possam ser desempenhadas por trabalhadores nacionais, seja por escassez ou por impreparação destes últimos em certos e determinados casos. De modo nenhum se pode admitir que haja portugueses no desemprego e alógenos igualmente desempregados que em vez de regressarem de imediato ao seu país, por cá fiquem a receber subsídio de desemprego ou que se preparem para ocupar outro posto de trabalho em solo português.
Urge por isso promover uma forte consciencialização de patrões e empregados para que em Portugal trabalhem os portugueses e para que os trabalhadores imigrantes resolvam retornar aos seus países de origem, nomeadamente os brasileiros e angolanos, cujos países em crescimento decerto os aceitariam de volta, ou até mesmo de uns e de outros, dada a particular familiaridade cultural e étnica, e também climática, entre Angola e Brasil.
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