quarta-feira, agosto 10, 2011

POVO DESESPERADO DIANTE DA INJUSTIÇA DA ELITE JURÍDICA PREPARA MILÍCIAS EM POTALEGRE

A onda de furtos de cobre não pára, com prejuízos para centenas de agricultores, os mais afectados por este tipo de criminalidade. Fácil de roubar e muito rentável, dada a valorização do metal, o ladrões têm ainda a seu favor a justiça. Os poucos que foram apanhados pela GNR na posse de fios de cobre e Postos de Transformação (PT) roubados, horas depois estavam em liberdade.
Desesperados com o avolumar dos prejuízos e descontentes com impunidade dos assaltantes, os agricultores já estão a organizar-se em pequenos grupos para vigiar as suas explorações e apanhar os criminosos com as próprias mãos. Muitos levam armas de fogo. "Eu, como muitos agricultores, tenho uma arma na carrinha. Não sei o que poderá acontecer quando aparecer um ladrão pela frente", avisa o presidente da Associação dos Agricultores do distrito de Portalegre, António Bonito, que responsabiliza o sistema judicial pela situação. "A justiça não nos defende. Temos de vigiar os nossos bens ou contratar alguém para o fazer", diz.
Um dos últimos furtos de cobre ocorreu em Julho na herdade do Pico, em Campo Maior, Portalegre. Mas este, que causou um incêndio na casa das bombas de água, com um prejuízo de 60 mil euros, não foi o primeiro. "Já é o quinto. Agora passámos a vigiar as terras. A GNR apanha-os, mas os tribunais soltam os ladrões no mesmo dia", frisou o agricultor João Caldeira, que já contabiliza mais de "100 mil euros de prejuízos".
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