quarta-feira, julho 20, 2011

O PNR CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DOS CTT - MANIFESTAÇÃO HOJE NOS RESTAURADORES

Os CTT fazem parte de um conjunto de empresas a privatizar pelo governo, em obediência e sintonia com as directivas da Troika, inscrevendo-se esta medida num vasto rol de atentados contra a nossa soberania.
O PNR não se opõe às privatizações em abstracto, mas antes, entende que os sectores vitais para a soberania e economia nacionais não são susceptíveis de passar das mãos do Estado para as do capital apátrida e usurário. Tais sectores vitais, como as energias, transportes e comunicações, são também eles, vitais para a coesão nacional e para o serviço às populações, pelo que, não podem ser alienados dos interesses nacionais e, dessa forma, da tutela do Estado.
As empresas públicas, além de poderem ser muitas delas lucrativas – se forem bem geridas, sem corrupção, gestão danosa ou clientelismo – devem acrescentar uma mais-valia em formação de quadros superiores e de trabalhadores especializados, mas sobretudo, devem fornecer os serviços mínimos de qualidade aos portugueses e garantir, deste modo, qualidade de vida às populações e soberania nacional.
No que respeita aos CTT – na mira das iminentes privatizações – a sua Administração ameaça encerrar várias Estações de Correio colocando em causa um serviço verdadeiramente social e de proximidade, sendo que essa medida é lesiva, atenta contra o interesse público e transtorna a vida das pessoas.
O serviço postal é um dos pilares de soberania de um país, pelo que deve ser claramente assumido pelo Estado!
Além do mais, contrariamente a outras instituições públicas, os CTT não têm tido problemas de fundo ao nível financeiro, apesar de gestões danosas nos últimos anos, com gastos sumptuosos em carros de luxo para a Administração, venda de património e posterior aluguer de instalações com rendas escandalosas, redução de pessoal do quadro e posterior recrutamento de funcionários a empresas de trabalho temporário… E se apresentam prejuízo no último ano, tal não passa de uma manobra de engenharia financeira, justamente para “justificar” uma privatização de conveniência.
A lógica economicista, de privatizações e encerramentos, não se pode sobrepor ao bem-estar social das populações, nem amputar o Estado de tal forma que este fique à mercê do grande capital, sobretudo o apátrida. Além disso ficam ameaçados muitos postos de trabalho, quer pelos encerramentos, quer sobretudo, pela privatização e procura do lucro selvagem.
Lutemos pois, contra o encerramento cego de estações dos CTT e contra a privatização desta instituição nacional secular.








3 Comments:

Blogger Anti-ex-ariano said...

«(…) entende que os sectores vitais para a soberania e economia nacionais não são susceptíveis de passar das mãos do Estado para as do capital apátrida»
(…)
«Tais sectores vitais, como as energias, transportes e comunicações, são também eles, vitais para a coesão nacional e para o serviço às populações, pelo que, não podem ser alienados dos interesses nacionais e, dessa forma, da tutela do Estado.»


Exacto. O estado não tem de ter poder absoluto sobre os meios de produção (como querem os comunistas) mas também não pode abdicar da propriedade daqueles bens e serviços que, pela sua natureza primordial, são essenciais para o bem-estar da população. A saúde também se inclui nessa lista, assim como a educação e alguns recursos naturais, em particular a água que o povo usa em casa.

«A lógica economicista, de privatizações e encerramentos, não se pode sobrepor ao bem-estar social das populações, nem amputar o Estado de tal forma que este fique à mercê do grande capital, sobretudo o apátrida.»

Exactamente o que eu quis dizer. O capitalismo, assim como o socialismo, tem de ter os seus limites. E a fronteira é clara: a iniciativa privada deve terminar onde começam os direitos elementares dos habitantes da Nação.

20 de julho de 2011 às 14:14:00 WEST  
Blogger Anti-ex-ariano said...

Um pequeno aparte acerca da votação do PNR obtida no estrangeiro nas últimas legislativas:

Europa (48 votos)
Alemanha..................2 votos
França.....................36 votos
Suíça........................3 votos
Resto Europa..............7 votos

Fora da Europa (64 votos):
Brasil.......................41 votos
Canadá......................6 votos
EUA..........................3 votos
Ásia/Oceânia.............10 votos
Resto América/África…..4 votos

TOTAL (112 votos)

Curioso, o país estrangeiro onde os nossos emigrantes mais votaram no PNR foi justamente o Brasil, o tal que os minho-timoristas mais gostam. Porque será? Será que a animosidade que os brasileiros sentem em relação aos portugueses explica este fenómeno?

Outro dado relevante é o facto de o número de votos no PNR obtido fora da Europa superar o número de votos obtido na Europa. O resultado na Alemanha, em particular, é uma vergonha.

20 de julho de 2011 às 15:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Curioso, o país estrangeiro onde os nossos emigrantes mais votaram no PNR foi justamente o Brasil, o tal que os minho-timoristas mais gostam. Porque será? Será que a animosidade que os brasileiros sentem em relação aos portugueses explica este fenómeno?"


não. é mesmo pelo facto de haver mais portugueses no Brasil...
não percebemos isso, porque o Brasil é enooorme e eles estão espalhados em vez de concentrados, como na Suiça, França, Alemanha, etc

20 de julho de 2011 às 16:02:00 WEST  

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