VI FESTIVAL INTERNACIONAL DA MÁSCARA IBÉRICA, POR TRÁS DA QUAL ESTÁ ESCONDIDA A VERDADEIRA CARA DO EXTREMO OCIDENTE EUROPEU, PRÉ-CRISTÃ...
O Festival Internacional da Máscara Ibérica, que começou esta quinta-feira, pretende levar às principais praças de Lisboa a diversidade das culturas regionais europeias. O evento prolonga-se até ao próximo domingo.
O primeiro momento do certame, a Mostra das Regiões, pode ser visitado, durante os quatro dias, na Praça do Rossio. Diariamente, o evento irá ainda proporcionar concertos, animação de rua, exposições e provas de produtos regionais.
O ponto alto do festival é o desfile de máscaras, marcado para sábado, às 16.30 horas, entre a Praça do Comércio e o Rossio. Por Portugal desfilam os grupos Máscaros de Vila Boa (de Vinhais); Caretos da Lagoa (Mira); Caretos de Varge (Bragança); O Chocalheiro da Bemposta, Os Velhos de Bruçó e O Farandulo de Tó (todos de Mogadouro).
Desfilarão ainda 15 grupos de Espanha, um da Irlanda e um de Itália.
Em entrevista recente à Lusa, na apresentação do programa, Hélder Ferreira sublinhou que a última edição teve "20 vezes mais retorno do que custos", mas o evento continua a ser mais financiado por Espanha do que por Portugal.
Na presente edição, o evento será visitado por observadores da UNESCO (agência das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura), que vão avaliar a possibilidade de candidatar a máscara ibérica a Património da Humanidade.
Quinta feira, 28 de Abril, 14h - Companhia de Teatro Viv´Arte
O trabalho desta companhia consiste numa fusão entre teatro e recriação histórica. Actuam de forma aparentemente desconexa mas organizada, através de actores e figurantes que recriam o nosso tempo histórico e construindo uma dramaturgia global
Sexta – feira, 29 de Abril, 19h - Uaninauei
O álbum de estreia - "Lume de Chão" - foi lançado em Setembro de 2010. Bem recebido pelo público, tem sido uma constante em várias listas de melhor álbum do ano. A banda rock formou-se em Évora no final de 2008, composta por Daniel Catarino (voz e guitarra), Alexandre Tavares (guitarra), José Lopes (guitarra), Yoann Crochet (baixo) e João Palma (bateria).
Sexta – feira, 29 de Abril, 22 h – Kéltiber
Seis jovens músicos vestem canções da tradição oral castelhano-leonesa com sonoridades actuais, contribuindo de forma decisiva para a preservação do folclore da região. Uma combinação de diversos géneros musicais (folk, jazz, flamenco e rock) com instrumentos tradicionais e modernos (percussão tradicional, guitarra eléctrica, bouzouki, acordeão, baixo eléctrico e bateria).
Sábado, 30 de Abril, 22 h - Los Niños de los Ojos Rojos
Considerado um dos grupos espanhóis mais inovadores dos últimos tempos, lançaram recentemente o terceiro trabalho discográfico, ´Lo Veo Todo Claro´. Apresentam uma linha musical independente e vanguardista baseada no folk europeu de origem tradicional com base na Irlanda, Extremadura, Grécia e Balcãs, com ritmos mais modernos como o hip-hop, o disco, o reggae, o ska ou o funk.
Domingo, 1 de Maio, 16h – “Pé na Terra”
Cindo anos de carreira e dois álbuns editados. O mais recente – “13” - cruza temas tradicionais com composições originais. São notórias a paixão pela inovação e a ingerência de outros géneros musicais com o rock. São apontados como uma das faces mais visíveis da feliz renovação da folk criada na cidade do Porto, cujo trabalho já é reconhecido também fora de Portugal.
Domingo, 1 de Maio, 17h30 – Katharsis
Apresentam sons e vibrações dos quatro cantos do mundo, misturando influências desde o country ao celta, do árabe ao flamenco, do reggae ao ska. Afirmam-se seguidores fiéis do sentimento katharsiano (renascido da tragédia grega), e com um sentido de humor único, passam de uma tenda de circo às areias da arábia, cavalgam no faroeste para se perderem num acampamento cigano. A banda de Oeiras presenteia-nos com ritmos que nos soam singulares e genuínos, familiares e ancestrais, numa clara revolta contra o compasso vulgar, comodista e inconsequente.
Animação de rua
The Mummers, Irlanda
Os Mummers, conhecidos como os “homens de palha”, são originários do noroeste da Irlanda. Mascarados dos pés à cabeça com roupas feitas de palha que representam a ligação com a terra. São conhecidos pelos rituais que incluem fogo estão ligados à natureza e ao poder do sol. Os Mummers contam com uma ampla oferta musical marcada pela tradição e pelo folclore irlandês.
Boes e Merdules, Ottana (Sardenha, Itália)
Representam a pastorícia. O Merdule representa a vida árdua dos pastores, o Boe é um animal que simboliza a fertilidade e carrega chocalhos que chegam a pesar 40 kilos. Trazem-nos sonoridades peculiares, da Sardenha.
Tok’Avakalhar
Uma quadrilha de músicos, jovens, munidos de percussões tradicionais beiroas, pífaro e gaitas de foles. Os músicos vestem cores garridas e cada actuação é um momento único de animação e divertimento.
Bandina das Astúrias
Grupo musical formado em 1996, afirmou-se com repertório de folk acústico, apostando na preservação e criação de músicas e danças folclóricas tradicionais. Têm dois álbuns editados, "Pa Bail.lar" (2001) e “De Romandella” (2005). A partir do segundo trabalho actualizam o registo musical com recurso à utilização de instrumentos tradicionais como o sax soprano, sopros com trombone, bombardino, trompete e baixo eléctrico.
Traslarroza
Apresentam sonoridades ligadas ao folk e à música celta, com recurso a instrumentos de percussão e sopro tradicionais (bombo, tambor e gaitas de foles). São considerados os “embaixadores” musicais da Cantábria e já actuaram em diversos países da Europa, Ásia e América do Norte.
Banda de Gaitas de Viana do Bolo
Gaiteiros da Galiza, região de Ourense.
Desfile Máscara Ibérica (30 de Abril) - Grupos participantes:
Portugal (7)
- Máscaros de Vila Boa, Vinhais
- Caretos da Lagoa, Mira
- O Chocalheiro da Bemposta, Mogadouro
- Os Velhos de Bruçó, Mogadouro
- O Farandulo de Tó, Mogadouro
- Caretos de Varge, Bragança
- Entrudo Tradicional, Góis
- Las Pantallas de Xinzo de Limia, Galiza
- Los Mazcaras y los Lardeiros, Manzaneda, Galiza
- Los Boteiros de Viana do Bolo, Galiza
- Los Toros y los Guirrios de Velilla de La Reina, León
- La Filandorra de Ferreras de Arriba, Zamora
- Los Carnavales de Villanueva de Valrojo, Zamora
- El Pajarico y El Caballico de Villarino Tras la Sierra, Zamora
- Vaca Antrueja de Pereruela de Sayago, Zamora
- La Obisparra de Pobladura de Aliste, Zamora
- Los Carochos de Riofrío de Aliste, Zamora
- La Vaquilla y los Cencerros de Palacios del Pan, Zamora
- El Tafarrón de Pozuelo de Tábara, Zamora
- La Vijanera de Silió, Cantábria
- Los Sidros y la Comedia de Valdesoto, Asturias
- Altsasuko Inauteria, Euskal Herria (País Basco)
Irlanda (1)
- The Mummers, Irlanda
Sardenha (1)
- Boes e Merdules, Ottana (Sardenha)
4 Comments:
"Domingo, 1 de Maio, 17h30 – Katharsis
Apresentam sons e vibrações dos quatro cantos do mundo, misturando influências desde o country ao celta, do árabe ao flamenco, do reggae ao ska. Afirmam-se seguidores fiéis do sentimento katharsiano (renascido da tragédia grega), e com um sentido de humor único, passam de uma tenda de circo às areias da arábia, cavalgam no faroeste para se perderem num acampamento cigano. A banda de Oeiras presenteia-nos com ritmos que nos soam singulares e genuínos, familiares e ancestrais, numa clara revolta contra o compasso vulgar, comodista e inconsequente."
"arabe, areias da arábia", que nojo!
"VI FESTIVAL INTERNACIONAL DA MÁSCARA IBÉRICA, POR TRÁS DA QUAL ESTÁ ESCONDIDA A VERDADEIRA CARA DO EXTREMO OCIDENTE EUROPEU, PRÉ-CRISTÃ..."
As máscaras são só do noroeste de península?
A comparticipação nacional no orçamento deste evento tem vindo a diminuir de ano para ano e este ano está reduzido a 35% sendo o restante espanhol, pelo que está transformado numa grande acção de propaganda turística de nuestros hermanos (fazem eles bem!) Basta ler o programa para vermos que os principais grupos nacionais não estão aqui representados. Enfim...
excelente notícia. será devidamente copiada e divulgada.
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