HÁ NO PARLAMENTO EUROPEU QUE ESTEJA QUERER CRIAR «ERASMUS» EURO-MEDITERRÂNICOS...

Circulou durante a passada semana no Parlamento Europeu a Declaração Escrita 15/2011, enviada aos eurodeputados para que estes assinassem o estabelecimento de programas Erasmus e Leonardo da Vinci euro-mediterrânicos.

As Declarações Escritas são textos sobre uma determinada matéria inserida na esfera de actividades da União Europeia (UE). Os eurodeputados podem usar estes documentos para lançar ou relançar um debate a respeito de um assunto dentro do âmbito da UE. Um grupo de cinco ou mais eurodeputados pode criar uma declaração escrita, apresentando o texto aos seus colegas - se um número suficiente de eurodeputados assinar uma declaração escrita, a Comissão Europeia fica então obrigada a produzir propostas para que se alterem as leis.

Esta Declaração Escrita em concreto quer:

 - o estabelecimento de um programa Erasmus euro-mediterrânico para facilitar a mobilidade transnacional dos estudantes de ambos os lados do Mediterrâneo;

 - o estabelecimento de um programa Leonardo da Vinci euro-mediterrânico para facilitar a mobilidade dos jovens que queiram participar em programas de treino vocacionais estrangeiros.

De acordo com os autores do documento, «esta petição vem na sequência das alterações inéditas actualmente experimentadas pela costa sul do Mediterrâneo... a UE tem de apoiar com novas iniciativas!»

Conforme diz o Partido Nacional Britânico, que tem dois eurodeputados, este é mais um passo na criação da Eurábia, «para onde as nossas elites políticas querem arrastar a Europa.» Mais afirma que «agora que os esforços da CIA e de George Soros desestabilizaram o Médio Oriente, a imigração em massa e a integração do Norte de África e da Europa vai prosseguir. A imigração do Norte de África tornar-se-á no próximo estádio do planeado assassínio das nações da Europa e já vimos o início disso à medida que milhares de jovens norte-africanos do sexo masculino estão já a chegar à pequena ilha italiana de Lampedusa, apesar dos melhores esforços dos nacionalistas italianos para defender as praias contra esta invasão. Os programas Erasmus e Leonardo da Vinci são projectados por esta Declaração Escrita para misturar os jovens nas universidades de diferentes países, dar-lhes apoio ao mobilizarem-se "para fora" de modo a "participar em programas de treino vocacionais" e criar a próxima geração de eurófilos.»

Ora o termo «eurófilo» parece-me deveras incorrectamente aplicado, porque, ao fim ao cabo, eurófilos, verdadeiramente eurófilos, são todos os nacionalistas europeus, visto porem a Europa acima de tudo o resto - e, dentro dela, as suas respectivas nações, bem entendido. Quanto à possível intervenção da CIA no Médio Oriente para criar instabilidade, parece-me apontar mais para uma teoria da conspiração anti-ianque do que outra coisa qualquer, sendo muito menos verosímil do que aquilo que há muito se adivinhava - a queda de regimes mais ou menos ocidentalizados e sua substituição por forças islamizantes; não é todavia impossível que a CIA e outros poderes «ocidentais» tenham ajudado à instalação da crise, julgando que assim conseguiriam democratizar a zona. Percebe-se, de qualquer modo, o que o BNP quer atacar quando fala em «CIA», no judeu Soros e em «eurófilos», o que BNP está a condenar sabe-se bem o que é - o mundialismo apátrida que tem por intenção derrubar todas as fronteiras nacionais, étnicas e raciais em nome da abjecção que será o caldeirão de lama da total misturada entre Povos. E, nesse ponto, acerta em cheio. A tais movimentações, à vista de todos, só os Nacionalistas se opõem.