sexta-feira, novembro 12, 2010

LADRÃO ESPANCA POLÍCIA... E JUÍZ LIBERTA-O

O agente da PSP foi avisado pelo segurança do supermercado Pingo Doce de que um jovem de 18 anos estava a tentar roubar dentro do estabelecimento, anteontem ao início da tarde, na rua Ary dos Santos, no Feijó, Almada.
O polícia só não contava, ao abordar o assaltante, que ia ser brutalmente espancado a murro e a pontapé. O agente da Divisão de Almada, de 30 anos, foi atingido no peito e na cabeça – teve de receber tratamento no Hospital Garcia de Orta. Quanto ao agressor, foi ontem presente ao juiz e posto em liberdade.
Ao que o CM apurou junto de fonte policial, a agressão ocorreu pouco depois das 14h00. Após ter agredido, com dois murros no peito, o polícia, que estava em serviço gratificado, o jovem tentou ainda fugir mas foi perseguido pelo mesmo agente – que o conseguiu algemar em plena via pública. Após ter sido chamado reforço policial, o jovem ladrão foi levado para o carro-patrulha mas ainda conseguiu desferir um pontapé no agente. Com a força da pancada, o polícia bateu com a cabeça no vidro de uma janela da viatura.
O CM tentou ontem obter, sem sucesso, uma reacção da gerência do Pingo Doce do Feijó. Refira-se que este ano já foram agredidos mais de 300 polícias em serviço. Segundo um estudo realizado pela Direcção Nacional da PSP, nos últimos cinco anos foram agredidos 1163 agentes da PSP, verificando--se assim uma clara subida da violência entre 2006 e 2009. Das quase 1200 agressões a polícias em serviço, cerca de sete por cento resultaram em ferimentos graves para os agentes.

É mais um exemplo da profunda inversão da ética que domina a elite reinante, que, com exemplos destes, nem sequer se preocupa ao menos com as consequências dos seus actos sobre o estado de espírito da população - pois quem assiste a situações destas, em que um indivíduo é apanhado a roubar e ainda por cima agride a Autoridade e mesmo assim sai em liberdade, quem vê uma destas, com que segurança é que pode andar na rua, e o que fará diante do criminoso ou caso seja vítima de um crime? Perceberá que ou pura e simplesmente mata o seu agressor, e zela para que não haja testemunhas, ou então deixa-se roubar livremente e nem sequer apresenta queixa às autoridades, porque sabe, sabe, já sabe, que não vale a pena.

O mais abjecto é depois ouvir gentalha dessa mesma elite reinante a dizer que a insegurança nas ruas do País é «sobretudo por motivos psicológicos», porque «não há assim tanta criminalidade, as pessoas é que ouvem falar nos assaltos e depois têm medo». Pois pudera, não havia o cidadão de ter medo, com a merda da Justiça que tem...


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ou seja, tenta-se empurrar tudo pra debaixo do tapete e fingir que nada ocorre, pois a culpa é do povo que não quer acreditar que tudo está bem como eles querem que aparente estar..

12 de novembro de 2010 às 12:32:00 WET  

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